Brasil não consegue vencer o Santa Cruz e se complica na Série B

Marlon teve grande atuação e fez o gol do Xavante. Foto: Carlos Inssauriaga/GEB.

Por Luis Artur Janes Silva

No último sábado, dia 21 de outubro, o Brasil de Pelotas voltou a campo pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O jogo aconteceu no estádio Bento Freitas e o adversário foi o Santa Cruz, 18º lugar na tabela de classificação e seriamente ameaçado de rebaixamento.

O Brasil vinha de um empate diante do América Mineiro, vice-líder da competição, e entrou em campo na 12ª colocação do campeonato. Ou seja, uma vitória seria muito importante para que o rubro negro melhorasse sua posição no certame e continuasse relativamente tranquilo na sua briga contra o descenso. Segundo palavras do goleiro Marcelo Pitol, antes do início da partida, era preciso pensar jogo a jogo, agora contra o Santa Cruz, seria uma decisão.

Mas o Brasil decepcionou a sua torcida e apenas empatou contra a equipe pernambucana, 1×1. Resultado que complicou a situação do rubro negro na Série B nacional e obrigará os comandados de Clemer a pontuar nos dois próximos compromissos fora de casa, diante de Oeste e Figueirense.

Na primeira etapa da partida praticamente não tivemos chances de lado a lado. O Santa Cruz adotou uma postura defensiva, com duas linhas de quatro quando não tinha a posse de bola. Enquanto isso, o Brasil teve o domínio territorial do jogo, mas não converteu este domínio em oportunidades claras de gol. Bolas alçadas na área e chutes de média e longa distância foram o máximo que o Xavante conseguiu.

Sem criatividade no meio campo, o Brasil foi castigado aos 30 minutos do primeiro tempo, quando o rubro negro não aproveitou um lance oriundo de uma cobrança de escanteio e permitiu que o rápido atacante Ricardo Bueno atravessasse todo o campo, fosse à linha de fundo e cruzasse na medida para João Ananias, que deslocado no lado esquerdo da área do Brasil concluiu com precisão, de pé direito.

No segundo tempo com a entrada de Rafinha e Misael nos lugares dos apagados Calyson e Elias, o Brasil melhorou e teve dez minutos primorosos de futebol. Capitaneado por Rafinha, que formou uma veloz dupla com Marcinho, o rubro negro amassou o Santa Cruz, criando duas chances claras de gol, aos 5 e 6 minutos da etapa final.

Após este início avassalador o Brasil perdeu parte do ímpeto e o Santa Cruz voltou a controlar a movimentação defensiva da partida. O Xavante passou a ameaçar de forma esporádica, sobretudo com as subidas do lateral esquerdo Marlon, o melhor jogador rubro negro, que durante a semana falou da necessidade de o Brasil se impor ao time de Pernambuco, para que pudesse desenvolver seu futebol, fazer gols e conseguir o resultado positivo. E, esta boa atuação foi recompensada aos 28 minutos da segunda etapa, quando Marlon converteu o pênalti duvidoso marcado pelo juiz e “cavado” por Juninho.

Todos passaram a imaginar que o Xavante partiria definitivamente para cima dos pernambucanos e viraria o placar, mas o que se viu foi justamente o contrário. O técnico Marcelo Martellote adiantou suas linhas de jogadores, colocou três atletas de meio e frente descansados e fez com que o Santa Cruz passasse a dominar o jogo e rondasse a meta xavante.

O desespero tomou conta da torcida do Brasil aos 42 minutos da etapa complementar, quando William Barbio saiu da ponta para o meio em velocidade e concluiu para defesa parcial de Marcelo Pitol. No rebote a bola foi cruzada rasteira para o meio da área do rubro negro e passou por toda a extensão do gol.

O apito final revelou-se um momento de emoções diversas, mesclando o alívio pelo empate conseguido após o Xavante ter saído atrás no marcador e também por não ter sofrido o gol na pressão final dos pernambucanos. Mas também foram ouvidas vaias dos torcedores, insatisfeitos com o segundo empate consecutivo em casa, com a fraca atuação e com a perspectiva de aproximação dos times da Zona de Rebaixamento.

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