Brasil empata a segunda partida consecutiva no Bento Freitas e permanece na Zona de Rebaixamento no Brasileirão da Série B

Brasil não passa pelo Paysandu. Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB

Por Luís Artur Janes Silva

Nesta terça-feira, dia 21 de agosto, o Brasil voltou a campo em jogo válido pela terceira rodada do returno do Campeonato Brasileiro da Série B. O adversário da vez foi o Paysandu, que estava com um ponto de vantagem sobre o Xavante, ou seja, uma vitória tiraria o rubro-negro pelotense da Zona de Rebaixamento da competição. Mas o empate sem gols acabou “premiando” a atuação dos dois times, que justificaram plenamente o porquê de ocuparem posições ruins na tabela de classificação do Nacional, pois apresentaram um futebol muito fraco.

O JOGO

O início da partida foi de equilíbrio entre as duas equipes, embora o Brasil tivesse maior posse de bola, um bem fechado Paysandu, organizado no 3-4-3, impediu que o pouco criativo meio campo do Xavante acionasse o improdutivo ataque. Este fato concentrou as ações entre as intermediárias e serviu de aperitivo sobre o que seria o panorama da partida, ruim na sua parte técnica.

O Brasil passou a ser mais efetivo depois dos vinte minutos iniciais, quando conseguiu penetrar no sistema defensivo do Paysandu. O rubro-negro passou a contar com as boas atuações de Lourency, Tiago Cametá e Itaqui, que aproveitaram-se da má atuação do vacilante lateral-direito Maicon Silva e fizeram um certo carnaval pelo lado esquerdo de ataque do rubro-negro. Assim, até o final do primeiro tempo, o Brasil chegou com algum perigo em cinco oportunidades à meta da equipe paraense.

Mas chances reais aconteceram com Lourency, que pegou a bola no bico esquerdo da pequena área, mas perdeu o gol pois o goleiro do Papão desviou para escanteio, e com Toty, que recebeu a pelota de Luiz Eduardo, mas concluiu alto por cima da meta, apesar de estar de frente para o arqueiro da equipe do norte do país.

As parcas chances de gols criadas foram os melhores momentos do Brasil na partida e escancaram dois defeitos graves do Xavante, qual seja, a falta de criatividade no meio campo e o desperdício do ataque quando tem estas raras possibilidades de matar o jogo. Diego Miranda, responsável pela substituição do suspenso Pereira, não deu o esmero técnico que a torcida esperava do time.

Na segunda etapa, o que já era ruim ficou ainda pior, pois o jogo caiu de qualidade em relação ao tempo inicial, que já havia sido sofrível. O Brasil voltou sem a mesma atitude da segunda metade do primeiro tempo e o Paysandu, mesmo que de forma tímida, adiantou suas linhas e passou a comandar a partida, situação que aconteceu até os 30 minutos do tempo final, criando uma chance clara de gol com o centroavante Hugo Almeida, que de frente para a meta bateu forte e obrigou Pitol a espalmar para o lado.

Na parte final do jogo, um Brasil modificado pelo técnico Gilmar Dal Pozzo, ainda tentou pressionar o Paysandu, que ficou mais consistente na defesa após a saída do lateral Maicon Silva. Mas a pressão do Brasil resumiu-se as bolas alçadas na área de qualquer lugar do campo, neutralizadas sem dificuldades pelos defensores adversários. Mesmo Lourency, destaque na primeira etapa, caiu de produção deslocado para o lado direito de ataque. O desespero do rubro-negro era tão grande, que o lateral esquerdo Tiago Cametá, bom apoiador, foi deslocado para o meio para tentar fazer com que o Brasil fosse mais ofensivo.

Com o apito final, a torcida mostrou seu descontentamento com o resultado e a atuação ruins, mas conscientes de que poderia ter sido pior, caso o juiz tivesse marcado pênalti num desvio de bola feito com o braço pelo atacante Luiz Eduardo, ainda na primeira etapa. Após o término do jogo, o centroavante que não marca gols desde janeiro, foi muito feliz ao declarar que o time do Brasil está precisando se concentrar mais na parte ofensiva, onde continua falhando.

Após a partida contra o Paysandu, o Brasil continua na Zona de Rebaixamento da Série B, mas caiu uma posição, ocupando o décimo oitavo posto na tabela de classificação, com 24 pontos, um a menos que CRB, Paysandu (o último time fora da Zona de Rebaixamento) e São Bento, que abre a zona da degola. O próximo compromisso do Xavante acontece na sexta-feira, dia 24 de agosto, quando o rubro-negro enfrenta o Figueirense, na capital do estado de Santa Catarina, em jogo que iniciará às 19:15 horas.

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