Barraca da Saúde contra o bullying

Crianças no combate ao bullying. Foto: Micael Carvalho

Por Jéssica Lopes, Micael Carvalho e Rafaela Dutra

No dia 8 de outubro foi realizada uma atividade da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREC) em parceria com estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e profissionais da área da saúde. A ação que aconteceu na escola agrícola Maria Joaquina, localizada no distrito de Pelotas, Cerrito Alegre, teve como principal objetivo levar até os alunos uma conscientização do bullying, a maneira de lidar com ele, e as formas de combatê-lo.

O bullying se refere à prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada vítima. É comum dentro das escolas de todo o mundo e atinge, geralmente, pessoas mais introvertidas ou consideradas “fora do padrão”.

As atividades foram realizadas com os alunos da pré-escola ao 9° ano do ensino fundamental, no formato de roda de conversa, no qual os acadêmicos e profissionais de Enfermagem falaram com os alunos sobre os perigos do bullying, como ele pode afetar a vida do oprimido ou ser um problema pessoal do opressor. Também conversaram a respeito da identificação de problemas mais graves, como, por exemplo, automutilação e depressão. A professora e coordenadora do projeto Michele Mandagara reafirmou a importância de buscar o auxílio necessário caso o aluno esteja passando por esse tipo de situação: “Existe ajuda para isso, ajuda para dor. A gente não precisa passar por isso sozinho e nem deixar chegar ao ponto de achar que tirar a vida é a única solução”.

Jogos online como o Baleia Azul são um exemplo de perigo virtual, entre seus objetivos estão uma série de desafios, que colocam em risco a vida dos jogadores e que já ocasionou vários casos sérios.

Para a coordenadora educacional da escola, Alessandra Rivaroli debater sobre esse assunto em ambiente escolar é fundamental: “A gente lida no dia a dia na parte de relacionamento entre eles (alunos), a parte emocional está totalmente ligada a aprendizagem também, então a gente precisa que eles estejam bem para poder aprender”.

Palestras foram realizadas para diversas faixas etárias. Foto: Jéssica Lopes

Durante o mês de setembro foi promovido o “Setembro Amarelo”, uma campanha de prevenção ao suicídio, no qual visava-se alertar a sociedade sobre esse mal que nos cerca, mas que muitas vezes passa desapercebido, por falta de informação em identificar sintomas de depressão ou afins. Por isso é válido ressaltar que quanto mais atentos e informados estivermos sobre os danos que o bullying pode causar a uma pessoa, menos famílias iram chorar a perda de entes queridos. A luta continua, e a informação permanece como uma ferramenta poderosa contra qualquer tipo de violência, seja física ou psicológica.

Existe ajuda pra isso, ajuda pra dor. A gente não precisa passar por isso sozinho e nem chegar a se matar por causa disso” – Michele

“A gente tem que estar sempre aberto a ouvir o que o outro esta sentindo e ajudar” – Nathalia

Qual a importância de abordar esse tema dentro da escola?

Alessandra: É fundamental, a gente lida no dia a dia na parte de relacionamento entre eles (alunos), a parte emocional está totalmente ligada a aprendizagem também então a gente precisa que eles estejam bem pra poder aprender. Na verdade, a escola é o segundo lugar que eles se relacionam com as pessoas então também é um aprendizado de relacionamento, as vezes eles não sabem se relacionar muito bem, tu tem que ensinar o que é certo e o que é errado porque as vezes isso não vem da família,  tu dizer, por exemplo, que determinado relacionamento não é legal ou te colocar no lugar do outro.. Essa temática hoje vem bem de encontro a isso, a gente passou o dia inteiro falando dessa temática da importância do respeito, de se colocar no lugar do outro e dos malefícios que isso pode gerar pra quem tá sofrendo com o bullying.

Você considera importante essas atividades que a Universidade traz para dentro das escolas?

Alessandra: Com certeza, na verdade é uma parceria que só vem a agregar. A gente já tinha uma parceria com o posto de saúde que já tinha com as coisas que eles atendem la no posto de saúde, então eles traziam fala pra nos tanto a respeito de bullying quanto a respeito de drogas, mas eu acho que a Universidade ela traz essa parte de pesquisa é uma outra abordagem que só vem complementar na verdade um  trabalho que já vem sendo feito…. completar um pouco mais o trabalho que já vem sendo feito vem mais pra colaborar e agregar mais valor

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