A hora de parar
Por Tallis Machado
No esporte, o maior momento de dificuldade para qualquer atleta: a aposentadoria. Em muitos casos, o desportista não se prepara para a fase pós carreira e tenta alongar ao máximo o seu período de atividade. Isso se aplica não apenas ao futebol, esporte mais popular no Brasil. Um exemplo vem do vôlei; caso da jogadora Fofão, que aos 44 anos segue em atividade.
A levantadora do Rio de Janeiro, que hoje está com 44 anos, renovou o seu contrato por mais uma temporada e postergou mais uma vez a sua aposentadoria. E esse caso reflete o que acompanhamos em muitos casos no esporte brasileiro: o fato de muitos atletas não respeitarem os seus limites e não saberem a hora de parar. A própria levantadora chegou a cogitar a aposentadoria nesse ano, mas num espaço de um mês voltou atrás e decidiu jogar por mais um ano.
Veja a reportagem publicada pelo UOL sobre a renovação da levantadora com a equipe do Rio de Janeiro
Seria essa decisão meramente profissional ou a jogadora pode não se sentir preparada para a vida pós carreira? Essas são perguntas que quase nunca são respondidas pelos atletas que decidem jogar até uma idade mais avançada. Mas, esse talvez seja o ponto principal a ser refletido: quais motivos levam a um atleta a não se preocupar com o encerramento do ciclo de atleta profissional?
Hélia Souza, a Fofão, ainda em atividade. Foto: Reprodução (http://goo.gl/45KWUW)
Em muitos casos, ex atletas, após alguns anos, começam a passar por dificuldades de todos os gêneros E, na maioria das vezes, esses problemas são gerados pela péssima administração e gestão que eles realizam ao longo de suas carreiras desportivas. Existem alguns casos de atletas que ainda projetam uma vida pós-carreira e conseguem se manter com um bom nível de vida, mesmo após a aposentadoria, mas infelizmente isso não se aplica à maioria
Um outro exemplo que podemos lembrar é o de um atleta local, aqui de Pelotas. Jogando até seus 41 anos, o atacante Sandro Sotilli, encerrou sua carreira após o campeonato gaúcho de 2014. O folclórico atacante, que sempre teve muita identificação com o Esporte Clube Pelotas, após mais de vinte anos de carreira, decidiu pelo encerramento da carreira no seu clube de coração. Mesmo que no fim de carreira não tenha sido o ideal, ele se diz satisfeito com sua trajetória e feliz por poder terminar o seu ciclo como jogador com a camisa do Pelotas.
O atacante Sotili se aposentou com 41 anos. Foto: Reprodução (http://goo.gl/Fs2Mwv)
Esse é um assunto que sempre irá retornar às mesas de bares e nas resenhas dos jornalistas esportivos. Toda vez que algum atleta posterga demais a sua carreira, voltam todos os questionamentos e dúvidas de sempre.
