Marcela e Gábi apresentam “Botecagem Incidental”

Reportagem de Larissa Medeiros

e Lorran Dolácio – 

As artistas locais Marcela Mescalina e Gábi Mesquita vêm apresentando em Pelotas seu projeto “Botecagem Incidental”. Com um repertório variado, elas mesclam covers de artistas nacionais e internacionais, releituras de clássicos do MPB e do rock clássico, sem deixar de lado os trabalhos autorais com a parceria de compositores locais.

Em uma conversa informal após um show, Marcela e Gábi contaram um pouco de como é essa fusão musical que já dura cinco anos. Marcela Mescalina é natural de Arroio Grande e Gábi Mesquita de Santa Vitória. Depois de mudarem para Pelotas, foram apresentadas por um amigo em comum, que indicou que ambas compartilhassem o palco. Apesar disso, só vieram a se conhecer em meio às gravações de uma coletânea de artistas locais na casa do irmão de Gábi, que é produtor musical. E ali mesmo surgiu a primeira música conjunta.

Apesar do tempo de experiência musical, nenhuma das duas dedica-se exclusivamente à música. Há cinco anos, Gábi cursava psicologia e Marcela, jornalismo, o que tornava o ensaio uma coisa muito rara para ambas. Atualmente, Gábi começou a dedicar seus estudos voltados à musicalidade e Marcela trabalha com jornalismo na Rádio Universidade. A falta de tempo para dedicação exclusiva ao projeto musical faz com que os ensaios sejam as próprias apresentações, com muito improviso e o repertório escolhido através das conversas trocadas pelo telefone celular. Foi o que inspirou o nome do projeto, “Incidental”. Grande parte das músicas covers surge ao tocarem no show, por pedido de quem está assistindo ou por uma ideia que surge na hora, no “acidente”. O que funciona entra no repertório pra próxima apresentação.

Em relação ao trabalho autoral, Marcela começou uma parceria com Marilia Floor, musicalizando os poemas publicados em seu blog. E desta união, em 2013, a música “Bestas” ganhou premiações no Festival Canguçu da Canção Popular (Fecanpop), de melhor intérprete para Marcela e de melhor letra para Marilia Floor. Outra parceria surgiu com Dudu Borba. A dupla musicaliza as letras do cotidiano pelotense escritas pelo compositor. Para as composições próprias e releituras musicais, o gosto que influencia indiretamente vai desde Mercedes Sosa até Sidney Magal, além de muito “rock’n’roll”, que propõe um pouco mais de psicodelismo para as noites pelotenses.

Marcela canta e toca violão enquanto Gábi usa a percussão para criar uma musicalidade psicodélica. Embalam os versos que vão de Pink Floyd, Nei Lisboa, Chico Buarque até Fagner

 

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Samba anima público no Mercado Central

Reportagem de Carolina Ávila

Grupo Renascença é atração de 15 em 15 dias no Centro de Pelotas

e Letícia Eloi Pinto – 

O samba é nativo do Brasil,  ou seja, trata-se de um gênero musical original do País. Surgiu a partir da mistura das culturas africana e brasileira. Proporcionando diversão e alegria, sempre foi atrativo para a população e, ao longo dos anos, tomou grande proporção, além de ser uma peculiaridade do Carnaval. Hoje, o interior do Mercado Público de Pelotas é palco desse ritmo musical quinzenalmente. A ideia surgiu a partir da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sdet), para buscar alternativas para ocupação das bancas no local. Em abril, a iniciativa completou um ano e desde então vem sendo atrativo para a população pelotense. Através  destas características e pela preocupação de trazer um pouco mais de felicidade às pessoas, o grupo Renascença tornou-se o articulador do projeto do Samba no Mercado Central.

Para os comerciantes a proposta é uma alternativa para o aumento do consumo, além de ser um acréscimo na cultura da população. “É sempre ótimo o sambão para nós comerciários, pela maior lucratividade, mas também pela valorização do patrimônio da cidade e da música local. A música é boa, o ambiente é bem familiar e tranquilo”, destaca a comerciante Vera Venzke. O sambão no Mercado Central recebe o público de diferentes faixas etárias e faz sucesso nos sábados quinzenais. “Sempre que posso, eu venho prestigiar este samba, a música é boa, a turma é animada e é um momento oportuno para reunir os amigos em um ambiente familiar”, relata o estudante Rafael Farias.

O grupo Renascença é  responsável por contagiar o público que prestigia quinzenalmente o Mercado Central de Pelotas. Fundado há aproximadamente dois anos, o grupo é montado por amigos, que teriam inicialmente se unido para participar de um concurso. Estão juntos desde então. Além de levar música ao ponto turístico da cidade, o grupo Renascença presta solidariedade, participando de inúmeras ações sociais. “É uma alegria fazer o que gostamos e poder passar isso para o público, quando se faz o que se gosta, tudo é alegre”, afirma Vinicius Teixeira, componente do grupo Renascença.

A roda de samba acontece quinzenalmente no Mercado Central de Pelotas, iniciando pontualmente às 18h. Além da boa música, as pessoas podem desfrutar de uma vasta culinária, além do tradicional chopp. A entrada é gratuita e todos são bem vindos.

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Exposição pensa os novos tempos

Reportagem de Brunna Vitoria

e Manoela Duarte    –                 

Como será o tempo que há de vir? Provavelmente você já se fez essa pergunta. A exposição Future Perfect: a arte contemporânea da Alemanha, que está ocorrendo simultaneamente no Museu de Arte Leopoldo Gottuzzo (MALG) e na Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas (SeCult), desde do dia 11 de setembro, traz a visão de 16 artistas alemães de como os novos dias poderão ser.

Entre diversos trabalhos, como filmes, fotografias, esculturas, objetos, pinturas e colagens, os artistas utilizam o passado como referência para descrever como seria a nova era. No MALG, estão as pinturas, fotografias, os desenhos e as colagens; no Casarão 6 (SeCult) estão as esculturas, os objetos, as projeções e as instalações.

De acordo com Juliana Angeli, diretora do MALG, a exposição teve uma grande receptividade do público nos dois locais. “Em 15 dias de exposição, já temos o registro de quase 300 visitantes, entre eles acadêmicos das universidades de Pelotas e região, alunos de escolas de ensino médio e fundamental, assim como do público em geral, interessado em ver a mostra internacional”, complementa.

O projeto é idealizado pelo Instituto de Relações Exteriores Alemanha (IFA) e tem como parceiros em Pelotas o Instituto Goethe de Porto Alegre, a Secretaria Municipal da Cultura, a Prefeitura Municipal de Pelotas, a Universidade Federal de Pelotas, juntamente com o Centro de Artes e o MALG.

O público prestigia a exposição internacional que tem entrada franca

E essa parceria, como destaca Juliana, coloca “Pelotas novamente no cenário internacional de arte e traz para o público uma grande mostra com a produção de artistas expressivos atuantes na Alemanha e no mundo”.

“Vale muito a pena conferir a exposição que está passando por diversos locais do mundo e teve a cidade de Pelotas como uma das escolhidas para apresentá-la. É uma oportunidade ímpar”, convida.

A exposição estará em Pelotas até o dia 15 de novembro de 2015. A entrada é franca em ambos locais. O MALG está aberto de terça a domingo, das 10:00 às 19:00 horas.

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A energia hardcore da banda Freak Brotherz

Reportagem de Roberta Kegles Chiesa

e Priscila Machado –

Uma das bandas de rock mais duradouras da cidade de Pelotas, a Freak Brotherz, traz a energia hardcore para os palcos desde 1998. Formada inicialmente pelos irmãos Danilo e Solano Ferreira, na voz e baixo, conta também com o gás de Ricardo Pantanal, na guitarra, e Marcelo Chrochemore, na bateria. Essa sintonia, de cara, já premiou no mesmo ano o baixista Solano como o melhor no instrumento do festival Skol Rock, ocorrido em Curitiba.

A caminhada teve vários obstáculos, uma “guerra invisível”, como descreve Danilo. Mas foi a parceria entre o quarteto que fez com que a banda aprendesse desde cedo a organizar suas apresentações e a produzir as suas músicas. E foi com essa competência no palco que a Freak participou de grandes festivais no país e dividiu espaço nos palcos com grandes bandas do Rio Grande do Sul e do mundo, como Iron Maiden, Raimundos, Charlie Brown Jr., Engenheiros do Hawaii, Wander Wildner, Nei Lisboa, Frank Jorge, Comunidade Nin-Jitsu, acústicos e Valvulados, Ultramen, Cachorro Grande, Da Guedes, Dead Fish, Replicantes e Barão Vermelho.

A banda esteve presente em grandes festivais como Skol Rock, em 1998; Projeto 277, no Theatro Sete de Abril, em 2001; Roda Som, em Porto Alegre; Fórum Social Mundial, nos anos de 2003, também na capital gaúcha; e no Festirock II, em 2004, no estado de Rondônia.

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Atual formação: Igo Santos (guitarra), Clovis Motta (bateria), Danilo e Solano Ferreira (voz e baixo)

Eles abriram os shows do Marky Ramone e da banda Tequila Baby, em 2004, na cidade de Rio Grande. Também participaram do 1° Acampamento Binacional do Fórum Social Mundial, no ano de 2006, na Barra del Chuy, no Uruguai, e do Projeto Fora do Eixo, em Porto Alegre, no ano de 2009. Fizeram apresentações no Bar Opinião, nos anos de 2012 e 2013. Sem falar de vários anos do Projeto Sete ao Entardecer em Pelotas.

Houve uma reformulação do grupo em 2006, com o guitarrista Igo Santos e, em 2008, com o baterista Clovis Motta. A Freak Broterz continuou apresentando músicas de bandas famosas no rock e no punk rock, como Red Hot Chilli Peppers e Rage Against the Machine, além  de emplacar composições próprias.

O primeiro CD Dentro da Ideia foi gravado em 2007, e no momento está em andamento o segundo CD autoral, no estúdio A Vapor, produzido pela Esmute e com a participação de Tonho Crocco, da banda Ultramen, entre outros artistas.

O nome do grupo faz uma referência à revista em quadrinhos dos anos 70, com personagens e histórias que ridicularizavam a ordem econômica, social, política e ideológica gaúcha. Por isso, a banda foge dos padrões comuns, com letras talentosas, combinadas com a boa performance dos integrantes no palco.

Quem quiser conhecer mais sobre a banda pode acessar as páginas oficiais no Facebook, no PalcoMP3 e também vídeos no YouTube.

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