Arte ocupa espaços públicos

 

Reportagem de Julia Mello dos Santos e Karen Costa Krüger –

Piquenique Cultural e Piquenique ao Luar são chances de curtir a cidade –

Evento cultural é momento de confraternização com várias manifestações culturais

Piquenique ao Luar  confraterniza com várias manifestações culturais

 

No dia 16 de setembro, depois de um ano suspenso devido às obras da Praça Coronel Pedro Osório e em comemoração à chegada da primavera, ocorreu o Piquenique ao Luar, uma variação do já consolidado Piquenique Cultural. O evento ocorre em noites de Lua Cheia com a finalidade de aproximar a comunidade pelotense de seu espaço público à noite.

Idealizado por Aline Maciel e Pedro Silveira, o Piquenique Cultural surgiu em outubro de 2010, após o fechamento da Casa do Joquim, motivado pela necessidade de espaços alternativos em Pelotas, como uma oportunidade de que diversas manifestações artísticas pudessem conviver. Na época, relata Aline, os únicos eventos de rua eram os organizados pela Prefeitura. Surgiu então a ideia de se fazer um evento nas praças, aberto ao público em geral, para aproximar a comunidade da arte, promover a confraternização, bem como valorizar os espaços públicos da cidade.

A primeira edição do Piquenique Cultural ocorreu em 9 de outubro de 2010, na Praça Coronel Pedro Osório. Nas edições posteriores, se fortaleceu a questão de ocupação dos espaços públicos, a medida que o Piquenique passou a circular por outras praças de Pelotas.

A fundadora ressalta que “as pessoas passam a olhar para os espaços públicos de outra forma”. Aline explica: “A nossa ideia é a valorização desses lugares através da arte, da cultura, do compartilhamento de saberes, de fazeres. Queremos que as pessoas possam mostrar produções de uma forma mais livre, menos comercial”. O evento é construído voluntariamente, tanto pela organização, quanto pelos expositores e artistas que ali se apresentam.

As principais finalidades do Piquenique são a valorização do espaço público através da arte, o diálogo e o convívio com as diferenças. A economia criativa e as exposições culturais também são estimuladas. Aline conta que o público do evento é muito diverso, sendo constituído de pessoas com identidades culturais, sociais e econômicas diferentes.

O Piquenique ao Luar se faz ainda mais importante pelo simples fato de que estimula e encoraja a comunidade a aproveitar e valorizar os espaços públicos e históricos da cidade durante a noite. Durante o evento, a Guarda Municipal se faz presente oportunizando uma maior sensação de segurança. Iluminados pela Lua Cheia e pela praça iluminada, pessoas de todas as idades se reúnem para conversar, comer e relaxar: um legítimo piquenique.

As duas edições do Piquenique não possuem datas regulares de realização, mas você pode acompanhar a página do Piquenique Cultural no Facebook para estar sempre por dentro de quando será a próxima edição.

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Dia da Paz é celebrado

Reportagem de Naiara Khastasmókia –

Secretaria de Justiça Social e Segurança promoveu evento –

As escolas municipais prestigiaram o acontecimento cultural 

Pelotas celebrou o Dia Internacional da Paz no dia 21 de setembro. A data oficial foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), e a cidade, para comemorar, convidou atrações culturais para agregar no encontro. A coordenadoria de Ações Inclusivas da Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS), em parceria com o Comitê da Diversidade Religiosa, resolveram realizar o evento na praça Cipriano Barcelos, onde está instalado o Monumento Municipal Cultura da Paz.

A atividade contou com a apresentação do Musical Cerenepe, da banda das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), do Núcleo Habitacional Getúlio Vargas e Frederico Ozanan e do Coral Escola Louis Braille, que foi acompanhado pelo músico Solon Silva.

O secretário da Secretaria de Justiça Social e Segurança, Luiz Eduardo Longaray, afirmou que “a data serve para reflexão sobre as formas que nos ajudam a conviver com mais tolerância e harmonia nas relações humanas”. O representante do Comitê da Diversidade Religiosa, reverendo Ramacés, convocou os interessados para a assembleia geral da categoria, que acontecerá no dia 16 de novembro, às 9h, no auditório da Secretaria de Educação e Desporto (Smed), na Praça 20 de Setembro, 366.

O evento contou com a presença do secretário de Cultura, Giorgio Ronna; do diretor do Foro de Pelotas, Marcelo Malizia Cabral; do secretário da Smed, José Francisco Madruga da Conceição; do presidente do Conselho do Idoso, Jaime Roberto Bendjouya; do representante da UCPel, Roni Quevedo; de servidores municipais e pessoas da comunidade pelotense.

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou em 30 de novembro de 1981 que, a partir daquele ano, o dia 21 de setembro seria celebrado como o Dia Internacional da Paz, uma data de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo. Desde então a ONU tem celebrado este dia, cuja finalidade não é apenas que as pessoas pensem na paz, mas sim que façam ações a seu favor.

Evento que valoriza todos os esforços pela paz ocorreu na praça Cipriano Barcelos no dia 21 de setembro

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Festival premia talentos gaúchos

Reportagem de Manuela Soares – 

Evento contou com artistas de Rio Grande, Canoas, Tramandaí e Porto Alegre –

Festival Mar em Canto reuniu talentos de várias cidades gaúchas

Festival Mar em Canto reuniu talentos de várias cidades gaúchas                   Fotos: Manuela Soares

No dia 24 de setembro, foi realizada a última noite de apresentações e premiação das canções que foram selecionadas para as finais da segunda edição do Festival Mar em Canto de música popular e litorânea na Sociedade Amigos do Cassino (SAC). O festival contou com a participação de artistas das cidades de Rio Grande, Canoas, Tramandaí e Porto Alegre. Teve como propósito estimular a fruição da arte pela comunidade e fomentar talentos locais e regionais.

Para concorrer às finais, foram selecionadas 10 canções: o Catador de Conchas, Rincão das Águas, Maria e o Mar, Por uma Prece, A Última Canoa, Soltando Amarras, Ondas Salgadas da Dor, Estrela do Mar, Cardume de Lixo e Espelho de Sal. Houve prêmios de primeiro, segundo e terceiro lugar e nas categorias: melhor intérprete, melhor letra, melhor arranjo e melhor instrumentista.

A comissão julgadora foi composta pelo instrumentista e produtor musical, Bruno Pires, o instrumentista que faz parte da Banda da Marinha de Rio Grande, Daniel Nascimento, e o músico, compositor e representante da Associação de Músicos de Rio Grande (ASMURG), Leandro Costa. Em meio às apresentações, eles avaliaram as canções nos quesitos Letra, Ritmo, Harmonia, Afinação, Interpretação e Identificação com a temática do Festival.

Após as apresentações das canções finalistas, os jurados se reuniram para escolher os vencedores, enquanto isso, aconteceu a apresentação da Banda Rossini e uma homenagem para a ex-secretária adjunta da Secretaria de Cultura do Rio Grande, Elisa Calveti, cujo falecimento completou um ano.

No momento da premiação, foram anunciadas as seguintes canções e participantes vencedores:

1º lugar e R$ 5 mil – Rincão das Águas (Cristofer Pereira de Pìnho);

2º lugar e R$ 3 mil – canção Ondas Salgadas da Dor (Ricardo Cordeiro/Luana Fernandes);

3º lugar e R$ 1,5 mil – A Última Canoa (Adriano Sperandir/Carlos Roberto Hahn)

Melhor instrumentista e R$ 1 mil – Ângelo Schenke;

Melhor letra e R$ 1 mil – canção Cardume de Lixo (Carlos Eichner Rodrigues);

Melhor interprete e R$ 1 mil – Bruno Acosta (Estrela do Mar);

Melhor arranjo e R$ 1 mil – canção A Última Canoa (Adriano Sperandir/Carlos Roberto Hahn).

Vencedores acompanhados pelo secretário de Cultura de Rio Grande, Ricardo Freitas.

Vencedores acompanhados pelo secretário de Cultura de Rio Grande, Ricardo Freitas

A instrumentista e participante da banda que venceu o terceiro lugar, Charlise Bandeira, comentou: “Estou extremamente feliz com esta vitória, pois sou a única mulher instrumentista que participou do festival e por ter interpretado a canção Última Canoa que foi criada por uma pessoa muito especial para mim”. Salientou que “é importante fomentar a produção de música por artistas locais e incentivar a continuidade deste tipo de festival”. Rio-grandina, que completa 15 anos de carreira, teve seu primeiro contato com a música quando começou a tocar flauta na banda do Colégio Estadual Lemos Junior, de Rio Grande.

Para o tecladista e participante do grupo que venceu o segundo lugar, Marcelo Vaz, “a música não deve ser vista como uma competição, mas como um compartilhamento de experiências com artistas de outras cidades do Estado”. E acrescenta: “Mesmo não acreditando em competições, fico muito contente por, juntamente com meus colegas de Porto Alegre, termos ganhado o segundo lugar”. Marcelo é músico há 21 anos, é graduado em Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pós-graduado em Metodologia do Ensino em Artes pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER) e teve seu primeiro contato com a música na escola em São José do Norte.

ORGANIZAÇÃO

            O evento foi organizado pela Secretaria de Município da Cultura (Secult) de Rio Grande em parceria com a Sociedade Amigos do Cassino (SAC) e a empresa Yara Brasil.

Para o secretário da Cultura de Rio Grande, Ricardo Freitas, “mesmo com problemas de baixa adesão do público e de datas, este trabalho teve o intuito de consolidar o festival no município, pois agrega uma ampla diversidade de gêneros musicais, mostra a relevância da valorização dos artistas locais e incentiva a composição autoral”.

De acordo com a coordenadora de produção da Yara Brasil, Verônica Borges, “para a empresa, é de suma importância estar compartilhando este momento com a Secretaria, no qual prestigia-se grandes apresentações e o enriquecimento da cultura no município”.

RECEPTIVIDADE

Na plateia, a auxiliar de faturamento, Miriam Schroeder, ressaltou: “Gostei muito das apresentações musicais. Acredito que este tipo de manifestação cultural deveria existir também nas escolas da rede, para que desde a infância as crianças aprendam a valorizar a cultura”. No entanto, observou que “o único problema do evento foi a falta de divulgação, o que fez com que este fosse prestigiado por poucas pessoas”.

O eletricista Rubilar de Gouveia comentou: “O evento atingiu minhas expectativas, pois aprecio muito a música tradicionalista e várias canções que passaram para final são de músicos que cantam este gênero musical”.

EDIÇÃO ANTERIOR

A primeira edição do Festival Mar em Canto aconteceu em outubro de 2015, integrada a programação da 16ª Festa do Mar. As apresentações do Festival ocorreram no palco da Corsan e no mesmo formato deste ano, com três noites de apresentações e premiações para o primeiro, segundo e terceiro lugares, para as categorias melhor intérprete, melhor letra, melhor arranjo e melhor instrumentista. A cobertura do evento na edição do ano passado pode ser conferida no site da Secretaria de Município da Cultura de Rio Grande.

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Turnê de Djavan é um sucesso

– Reportagem de Naiara Khastasmókia –

Cantor faz série de apresentações por vários estados brasileiros –

Com a turnê “Vidas pra contar”, o dia 19 de junho no Theatro Guarany, em Pelotas, ficou aquecido com a fervorosa plateia que foi prestigiar o cantor Djavan em sua turnê. As apresentações começaram em fevereiro e já percorreram cidades de todo o País, como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, entre outras.

Cantor apresentou seu vigésimo terceiro álbum Foto de Paola Brum (site Quindim Cultural)

Djavan apresentou seu vigésimo terceiro álbum no Theatro Guarany                                                                                                                                                                                                                                              Foto de Paola Brum (site Quindim Cultural)

Com 40 anos de carreira e ganhador do Grammy Latino de excelência musical em 2015, Djavan tocou as músicas do seu vigésimo terceiro álbum. Incluiu canções como “Boa Noite”, “Não é um Bolero”, “Outono”, “Encontrar-te” e “Eu te Devoro”. O show enlouqueceu a plateia que não pagou barato para prestigiar o artista. Os ingressos mais econômicos custavam 300 reais, e os mais caros eram nos camarotes de primeira ordem do teatro, chegando a custar 900 reais.

Djavan é quem dirige o espetáculo, que conta com os músicos Carlos Bala (bateria), Jessé Sadoc (flugelhorn, trompete e vocal), Marcelo Mariano (baixo e vocal), Marcelo Martins (flauta, saxofone e vocal), Paulo Calasans (teclados e piano) e João Castilho (guitarras, violões e vocal). A iluminação de todos os shows é feita por Binho Schaefer e o figurino por Roberta Stamato.

Suzane Queiroz é a responsável pelo cenário da turnê, que foi todo pensado e desenhado a partir do conceito de que a vida de cada pessoa seria um grande livro em branco. Linha por linha, vai sendo preenchido, página por página a cada alegria, a cada tristeza, a cada conquista, a cada novo amor que chega e que parte, ao longo do tempo da vida de cada pessoa.

A plateia viu logo quando o show iniciou um espaço vazio preto por inteiro, até que um grande livro se abriu ao fundo do palco. Então, foram surgindo as primeiras páginas brancas, preenchidas por luzes coloridas e linhas verticais que pouco a pouco invadiram o cenário, com espirais, círculos, grafismos poligonais e lembrando o estilo art nouveau.

Quem viu o show do cantor pela primeira vez impressionou-se com a voz de um dos maiores compositores da música popular brasileira. Os que prestigiaram o show de Djavan em Pelotas, em 2014, afirmam que o artista sempre se supera em carisma e música de qualidade.

 

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Arraial marca início de julho

– Reportagem de Naiara Khastasmókia –

Alunos de Jornalismo, Design Gráfico e Design Digital organizaram  festa junina – 

. Comidas típicas foram vendidas e apresentações musicais como a da banda Tomate Seco

. Comidas típicas foram vendidas e houve apresentações musicais como a da banda Tomate Seco                                                                                                                                                                   Foto: Naiara Khastasmókia

Com o objetivo de festejar as atividades culturais tradicionais do mês de julho e proporcionar uma oportunidade de integração de alunos com a sociedade em geral para momentos de descontração, o evento foi realizado dia 2 de julho, em um sábado à tarde, na rua Alberto Rosa.

A festa contou com a presença massiva da comunidade acadêmica em geral. A decoração ficou por conta das bandeirinhas de São João que coloriram a rua. Comidas típicas foram vendidas e apresentações musicais como a da banda Tomate Seco preencheram a trilha sonora do Arraial.

Também não faltaram brincadeiras diversas que são sempre sucesso nas festas Juninas como pescaria, prisão e correio do amor.

Mesmo com a alta temperatura fora de época em pleno inverno, o quentão foi muito bem saboreado. Durante a festa, o público compareceu a caráter, de camisa xadrez, chapéu de palha e vestido colorido, caracterizando ainda mais a festa.

Barraquinhas de comidas, como cachorro-quente, paçoca, amendoim doce, pipoca, bolo, pizza e docinhos também não ficaram de fora do arraial.

A festa arrecadou agasalhos e alimentos não perecíveis para doação. Além disso, o lucro será utilizado para viabilizar ciclos de palestras e semanas acadêmicas dos cursos responsáveis.

O arraial foi realmente um sucesso de público, organização e alegria. E que venham outros.

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Beleza do canto empolga

– Reportagem de Rafael Duval Pinto –

Grupo Musical da APUFPel apresenta-se há mais de 20 anos e encanta seu público –

O coral conta com diversos instrumentos musicais que se somam à expressão das vozes

Em meados de junho de 1996, um grupo de associados da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Universidade Federal de Pelotas (APUFPel) reunia-se semanalmente na sua sede para discutir os rumos da entidade. Entre um bate-papo e outro, quando os sócios debatiam situações sobre o seu dia a dia, surgiu a ideia de fazer um coral. Muitos já demonstravam a paixão pela música, alguns já tinham desenvolvido a habilidade de tocar instrumentos e havia vozes preparadas para cantar. Mediante o desejo dos aposentados que gostavam da música e que já haviam vivenciado experiências em outros corais, resolveu-se montar um grupo musical, apenas para tocar e cantar uma vez por semana.  Essa roda de amigos que se reunia para cantar deu certo, e como deu! Após 20 anos, o Grupo Musical da APUFPel  é reconhecido em toda a cidade, com apresentações em igrejas, aniversários, praças públicas e encontro de corais, entre outros  eventos de fora da cidade. Hoje o grupo é formado por 36 pessoas, na maior parte formado por mulheres, que variam entre as idades dos 33 aos 83 anos.

O coro está sob a regência da competente e experiente maestra Vera Vargas, de 57 anos, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Música. Atualmente Vera também rege o coral da Apae, da Escola Luis Braille, e o do Instituto  Nossa Senhora da Conceição.

O coral da APUFPel conta um amplo leque de instrumentistas, reunindo as sonoridades do teclado, violinos, tambor, bombo leguero, flauta, pandeiro e agê, entre outros instrumentos.

No seu repertório, o coral costuma tocar músicas religiosas, sambas e música popular brasileira, entre outros gêneros musicais. O coro tem feito apresentações em diversos bairros de Pelotas e outras cidades gaúchas. No ano de 2013, em São Lourenço,  o Grupo Musical da APUFPel recebeu dois troféus no Festival Canta Sul, o primeiro lugar em Coral Instrumental  e o de Maior Número de Componentes Coral.

O grupo foi premiado no festival de coros de São Lourenço

Grupo foi premiado no festival de coros de São Lourenço em 2013

Para o integrante Jorge Brandão Linhares, de 75 anos, professor aposentado pela UFPel,  “as apresentações e os ensaios nos mantém vivos, com disposição para ver que a vida pode sim, ser simples e bela”

Entre suas apresentações de mais destaque, esteve a da Fenadoce em 2013, ano que lhes proporcionou momento de muita emoção, quando o grupo cantou para uma grande número de pessoas. Brandão Linhares destaca como é emocionante vivenciar tudo isso. “Tocar numa festa como a da Fenadoce é um  prazer muito grande. Subir no palco e tocar para minha mulher, meus filhos e meus netos,  isso não tem preço, é muito gratificante”, destaca Brandão.

O grupo se apresentou recentemente nas cidades de Arroio do Padre, Piratini, Pedro Osório e São Lourenço. Prepara-se para uma das apresentações mais importantes do ano, quando participa da Audição de Corais Pelotenses (Acopel), encontro de corais promovido pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

O coro está sob a regência da competente e experiente maestra Vera Vargas

O coro está sob a regência da competente e experiente maestra Vera Vargas

Para ingressar no grupo é preciso ser sócio da associação e passar pela avaliação da maestria. Para agendar as apresentações do grupo é preciso enviar um oficio para a direção da APUFPel, que será analisado e repassado para o setor social da entidade. Contato e informações podem ser obtidos na rua Gonçalves Chaves 654 e pelos telefones (53) 3227-1958 e (53) 3225-7917.

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Feira completa dois anos

– Reportagem de Michel Corvello Martins –

O Mercado das Pulgas comemorou o aniversário em maio – 

O público da cidade e visitantes desfrutam do clima agradável que ocorre todo o sábado

O público da cidade e visitantes desfrutam do clima agradável que ocorre todo o sábado                                                                                                                                                                                                            Foto: Marcel Ávila

A feira de antiguidades ao ar livre, o Mercado das Pulgas, ocorre semanalmente aos sábados no Largo Edmar Fetter, junto ao Mercado Central de Pelotas. Já comemora dois anos de história e virou tradição na cidade. Também ganhou duas edições em um único final de semana, sábado e domingo passados, devido à programação cultural da Prefeitura em comemoração aos 204 anos do município.

O Mercado das Pulgas, fundado em maio de 2014 em Pelotas, é um museu a céu aberto e apoiado pela Prefeitura de Pelotas desde sua fundação. Ali são comercializadas antiguidades e diversos objetos como talheres, móveis, louças, discos de vinil, moedas, medalhas, esculturas, objetos decorativos, artesanato, roupas e  livros, entre outros.

Quando completou dois anos, dia 28 de maio, a feira também realizou uma edição comemorativa, recebendo uma homenagem da Prefeitura. Os comerciantes foram presenteados com um certificado de reconhecimento pela importância e papel cultural, econômico e social desempenhado no município durante esse tempo existente. Nesse dia, mais de 60 expedidores estavam presentes. O evento também contou com o show musical do Clube do Choro, tocando o melhor do samba de raiz.

O público pelotense lota o espaço do Mercado Central nos sábados de tempo bom, tornando o lugar lúdico. O sucesso do Mercado das Pulgas, que tem várias versões em diversas cidades do mundo, dá-se por um conjunto de combinações, desde os casarões do entorno, o encanto que o próprio local possui e o gosto de seus habitantes pelo consumo de cultura e culinária, assim como eventos ao ar livre.

A Secretaria Municipal de Cultura tem convidado o público para que curta a página do Mercado das Pulgas no Facebook. Também sugere que sejam compartilhadas fotos pessoais e familiares, acrescentando a frase #EucurtooMercadodasPulgasdePelotas.

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Eventos movimentam Rio Grande

– Reportagem de Ananda Danielle de Oliveira Vergara –

Município sedia a 38ª Feira de Artesanato do Rio Grande (Fearg) e a 21ª Feira de Comércio, Indústria e Serviços (Fecis) 

Até o dia 17 de julho ocorrem a 38ª Feira de Artesanato do Rio Grande (Fearg) e a 21ª Feira de Comércio, Indústria e Serviços (Fecis) na cidade de Rio Grande. A programação contará com vários shows. A atração nacional será o cantor Projota, que se apresenta na sexta-feira, dia 15 de julho. Também participam o Grupo do Bola, no sábado, dia 9 de julho,  e o humorístico Guri de Uruguaiana, sábado dia 16 de julho. Grandes atrações são contudo os produtos típicos da região. Neste ano, as feiras  homenageiam a cultura polonesa.

Marília Zuchoski Neves e Gabryel Muniz Bertoldi são o casal de embaixadores

Marília Neves e Gabryel Bertoldi são casal de embaixadores

Os eventos ocorrem no estacionamento do Praça Shopping Rio Grande, no bairro Rural. A coordenadora das feiras, Ivone da Rosa, informou que a diretoria do centro comercial está muito otimista com a inovação. Para a coordenadora, o público terá um conforto maior e segurança no espaço estruturado para a montagem das feiras. A vantagem será unificar o ambiente lojista com a estrutura dos eventos, atraindo um público maior para a visitação.

Participam ao todo 365 expositores. As promoções visam atender públicos diversificados, com a intenção de ofertar diversas mercadorias, como, por exemplo, a venda de eletroeletrônicos, produtos relacionados à atividade física e meios de mobilidade ecológicos e sustentáveis.

As feiras são tradicionais na cidade de Rio Grande e a cada ano destacam uma etnia para a sua representação. Nesse ano, a etnia polonesa será representada na feira pelo casal de embaixadores, descendentes de poloneses, Gabryel Muniz Bertoldi, de 21 anos, e Marília Zuchoski Neves, de 16 anos.

O evento é de grande importância para a cidade porque incentiva expositores pequenos a expor seus produtos numa feira que tem grande circulação de pessoas. Nela são ofertados produtos locais como a Jeropiga da Ilha, produzida nas ilhas dos Marinheiros e na do Leonídio. Rendeiras e indígenas, que costumam vender seus produtos nas praças da cidade, também estarão presentes com seus produtos.

A cultura, através das artes expostas em quadros, produtos artesanais, passeios culturais e shows locais e nacionais motiva o público participante a sair de casa nos dias de inverno no litoral gaúcho. A feira também oferta conhecimento aos jovens e adultos sobre economia, desenvolvimento sustentável e ainda na área da saúde, tudo isso acontece através de estandes culturais. Pinturas a mão, cinema 4D, teatro, shows, apresentações de danças típicas e o parque de diversões são apenas algumas das diversas atrações que a feira proporciona. Os ingressos para os shows são vendidos nas lojas Multisom e pelo site MyTicket.com.br.  Veja a programação completa no Facebook.

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Maestria do ballet russo

– Reportagem de Patrícia Tanaka –

Com mais de três décadas de existência, a companhia apresentou duos e solos – 

O State Russian Ballet trouxe mais uma vez a excelência do ballet russo para o Rio Grande do Sul.   A companhia tem mais de 30 anos de estrada, e conta com bailarinos das mais prestigiadas escolas de dança do país, incluindo a aclamada Bolshoi.

Em sua segunda vez em Pelotas, no dia 10 de junho, o ballet da Rússia trouxe o espetáculo “Stars of Russian Ballet”, com as mais famosas coreografias contemporâneas e clássicas, dando prioridade aos solos e duos. Os bailarinos apresentaram a exuberância do balé clássico em movimentos perfeccionistas.

A bailarina Maria Menshikova abriu o espetáculo com "A Morte do Cisne"

A bailarina Maria Menshikova abriu o espetáculo com “A Morte do Cisne”

Na sua primeira parte, o programa contou com “A morte do cisne” (Maria Menshikova), “Carmen” (Adel Kinzikeev e  Viktoriva Dymovka), “A bela adormecida” (Marta Lutko e Artem Koroshilov), “The lady and the Hooligan” (Ivan Sitnikov e Maria Menshikova), “O Quebra Nozes” (Aleksandr Petrichenko e Idaliya Nazmutdinova) e “Romeu e Julieta” (Adel Kinkikeev e Viktoriva Dymovka).

O segundo ato teve as apresentações de “Sheherazade” (Ivan Sitnikov e Maria Menshikova), “Lago dos Cisnes” (Marta Lutko e Artem Koroshilov), “O corsário” (Aleksandr Petrichenko e Idaliya Nazmutdinova) e “Spartacus” (Adel Kinzikeev e Viktoriva Dymovka). E o “Gran Finale” teve a participação de todos os bailarinos, que foram aplaudidos calorosamente pela plateia.

O diretor da turnê na América Latina, Augusto Stevanovich, trabalha no segmento de produções de grandes espetáculos internacionais há mais de trinta anos. Desde 1996, atua com exclusividade em vários segmentos culturais da Rússia para o Brasil,  trazendo espetáculos de dança, teatro, música e circo.

Desde a criação do grupo BRICS (que estabelece cooperação entre o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil faz parte de uma grande programação. Todos os anos, grandes talentos realizam apresentações em vários estados do País, com apoio do Ministério da Cultura da Rússia.

Já está confirmado a apresentação do espetáculo completo “Quebra nozes” em Pelotas, em 2017. Na internet, há um site voltado para o balé russo. O State Russian Ballet também apresenta imagens dos espetáculos no Instagram (@BalletDaRussia2016) e na sua página do Facebook.

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Vivências no Brasil

– Reportagem de Manuela Soares –

Professora russa fala sobre diferenças culturais entre o Brasil e seu país natal –

Natalya Victorovna Malskaya é russa, tem 40 anos, é graduada no curso russo tradução inglês na National University of Kharkiv, é casada e tem um filho. Há 15 anos, Natalya mora no município de Rio Grande. Atualmente, trabalha como professora de inglês na Top Way English School e é acadêmica do curso de Licenciatura em Matemática na Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

 Ao longo de sua trajetória, Natalya já morou na Rússia, Bulgária, Alemanha, França, Inglaterra, Canadá, Ucrânia, Peru e na Colômbia. Com o acúmulo destas experiências, tornou-se poliglota e fala oito idiomas fluentemente.

Natalya vive há 15 anos no Brasil

Em meio a estas vivências Natalya aprendeu muito sobre a cultura dos diversos países em que morou. Adquiriu novos costumes, aprendeu conhecimentos variados e refletiu sobre o cotidiano em seu país natal, a Rússia. Natalya conta que a realidade brasileira é muito parecida com a que os russos viviam no período em que ela morou no país, em que a Rússia ainda fazia parte da União das Repúblicas Soviéticas Socialistas (URSS). “Analisando o cotidiano, posso dizer que são realidades parecidas, tínhamos rotinas de trabalho similares a dos brasileiros”, salienta.

Relacionando com suas memórias, a professora diz que os problemas de se viver no Brasil são a falta de lugares públicos para aproveitar a natureza e fazer piqueniques com a família. Ela percebe que no Brasil toda terra é particular e há poucos parques. Questiona a falta de lugares para assistir apresentações culturais, tais como teatros e óperas.  Lamenta a supervalorização dada pelos veículos de comunicação do País à cobertura do futebol, utilizando muitas vezes o espaço que deveria ser destinado para a divulgação de informação de utilidade pública. “Futebol é entretenimento, não deveria ser notícia e sabemos que não é, mas, fazer o quê, a mídia serve para manipular e tirar nossa atenção das questões verdadeiramente relevantes”, ressalta.

Em relação às vantagens de morar no Brasil, a entrevistada atribui considerável importância ao “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas, o que pode ser compreendido pelos estrangeiros como um modo menos tenso de lidar com os problemas. Outro ponto salientado pela entrevistada, é a possibilidade que os brasileiros têm de sair e ir a vários lugares para fazer refeições, como indo a restaurantes, pubs e shoppings, fato que quase nunca pode ser realizado pelos russos, devido aos elevados preços destes estabelecimentos no país.

Abordando a questão da cultura gaúcha, Natalya manifesta empatia pela cultura do chimarrão, pois toma a tradicional bebida com erva mate com os amigos na universidade. A entrevistada afirma que “gosta do compartilhamento que é realizado com o chimarrão e a integração que ele proporciona”. Em relação aos Centros Tradicionalistas Gaúchos (CTG), a entrevistada salienta que “as danças e cantos apresentados por estes centros são muito importantes como parte da cultura do Estado”. Natalya incentiva a ideia de que a cultura tradicionalista é algo que tem que ser desenvolvido, pois acredita que devemos agir de forma ufanista em relação ao que foi deixado por nossos ancestrais.

Sobre a temática dos costumes religiosos, Natalya conta que foi ensinada a ser ateísta quando fez o ensino fundamental e médio em escolas russas. A religião foi proibida por 60 anos na URSS e, com isso, as crianças aprendiam que era vergonhoso frequentar igrejas, porque as escolas ensinavam que religião servia para manipular as pessoas e contar mentiras.

Quanto à educação, Natalya aponta diversas semelhanças entre as universidades russas e brasileiras. Segundo a entrevistada, “ambas proporcionam diversas facilidades para os alunos, incentivando a sua escolarização no nível superior”. Na Rússia, as universidades são públicas, o governo proporciona moradia e uma bolsa para que o aluno tenha condições de estudar e se dedicar integralmente aos estudos. No Brasil, os alunos têm muitos direitos, existe a vantagem da prática da negociação entre alunos e professores, o ensino não é rígido demais, o que contribuiria positivamente para a formação dos alunos.

Para finalizar, a professora Natalya comenta como foi o acolhimento pelos brasileiros com ela e com outros imigrantes que conhece. “Nunca me senti tão acolhida nos demais países em que morei”, ressalta. Evidencia a ideia de que os brasileiros não a tratam de forma preconceituosa por ela ser russa e que respeitam as diferenças culturais das diferentes etnias que se estabeleceram no País.

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