Uma história de identidade e paixão no filme “Deserto Particular”

Título brasileiro de 2021 foi brasileiro indicado para concorrer ao Oscar Internacional        

Por Igor Biagioni Rodrigues        

 

Os espectadores vão criando a imagem dos protagonistas ao longo da história passada na tela

 

“Deserto Particular” (2021) é um filme brasileiro realizado através de uma coprodução com Portugal, dirigido por Aly Muritiba. O longa conta a história de Daniel (Antônio Saboia), um policial curitibano que está passando por problemas judiciais após um erro grave que cometeu. O protagonista passa os dias em uma rotina monótona que se resume em cuidar de seu pai (um idoso, ex-militar e que sofre de um processo de demência) e conversar com uma mulher que ele conheceu nas redes sociais e vive na fronteira da Bahia com Pernambuco, a Sara. Em um momento de desespero em que as coisas começaram a dar ainda mais errado em sua vida, Daniel pega uma caminhonete e corta o país do Sul ao Nordeste em busca de Sara. A partir dessa premissa, a película levanta temas importantíssimos e atuais, como violência policial, relações nas redes, paixão e desejo, religião e identidade. Foi o filme brasileiro indicado para concorrer ao Oscar de melhor filme internacional em 2022, embora não tenha sido um dos títulos selecionados para a cerimônia de premiação. Está disponível no Amazon Prime Video e HBO Max.

Com um primeiro ato inteligentemente longo, o filme nos apresenta Daniel. Porém, não o conhecemos por completo; através de diálogos, momentos e, até mesmo, pelo cenário, o espectador vai construindo uma imagem/ideia de quem é o protagonista. E, na segunda metade do longa, nos é contada a história de Sara, personificada por Robson (Pedro Fasanaro), integrando com a de Daniel. E só então começamos a ter uma visão mais completa daquela trama.

Um aspecto a se destacar é a dicotomia que o filme trabalha. Tal dualidade se apresenta não só nos personagens e suas personalidades, mas também na fotografia do longa. Curitiba possui um tom mais azulado, algo que remete à frieza, sendo o oposto de Daniel, que é uma pessoa passional demais. Já em Sobradinho, a paleta de cores muda para tons mais quentes, não só por conta do clima da cidade, mas pelas emoções que ali são e serão vivenciadas.

Tecnicamente falando, o filme utiliza o plano aberto, plano geral como ambientação, mas também como contemplação em um clima de muita brasilidade que remete ao sertão, e por si só alude ao título do longa e a jornada de Daniel. E utiliza também, com constância, o primeiro plano para que o foco seja nos personagens.

A trilha sonora vem de maneira diegética, ou seja, ela está acontecendo no plano ficcional da obra. As músicas aparecem sendo tocadas em bares, carros e ambientes presentes na história, sendo parte efetiva da ação. As escolhas musicais são muito assertivas, não só pela ambientação que elas trazem, mas por funcionarem como uma descrição dos sentimentos presentes em cena, principalmente a música “Total Eclipse Of The Heart”, que é uma síntese da relação e das emoções dos personagens principais.

Através da construção de seus personagens, e, principalmente, a partir do momento em que eles se encontram, a película discute como o meio em que crescemos nos molda e como certas amarras sociais nos prendem, e de maneira muito simbólica mostra como os personagens respondem a isso, seja saindo daquele lugar que é uma âncora em sua vida, mudando o fluxo do rio em que navegam ou quebrando o gesso que os encasula.

Em suma, “Deserto Particular” é um belíssimo filme que traz à tona diversos subtemas extremamente relevantes para a sociedade e faz isso utilizando um dos tropos mais convencionais das histórias, a busca pela amada, e, por isso, ele é tão inteligente.

Ficha Técnica:

Título Original: Deserto Particular

País de Origem: Brasil e Portugal

Roteiro: Aly Muritiba e Henrique dos Santos

Direção: Aly Muritiba

Classificação: 14 Anos

Duração: 120 minutos

Elenco:

Antônio Saboia como Daniel

Pedro Fasanaro como Robson

Laila Garin como Juliana

Thomas Aquino como Fernando

Zezita Matos como Tereza

Luthero Almeida como Everaldo

Sandro Guerra como Pastor Ailton

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

CaVG/IFSul comemora 100 anos com apresentações e exposições

Música, dança e poesia fizeram parte da programação que celebra um século desde a fundação     

Por Vanessa Centeno Ferreira     

 

Exposição do NEPEC no Câmpus resgata objetos que simbolizam mudanças ao longo do tempo    Fotos: Vanessa Ferreira

 

Para comemorar um século de história, completado no dia 12 de outubro de 2023, o evento Arte nos 100 Anos CaVG está sendo realizado pelo Núcleo de Arte e Cultura (NAC) e o Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação, Memória e Cultura (NEPEC) do Câmpus Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense (CaVG/IFSul). Esta realização teve atrações culturais em que os estudantes apresentaram seus talentos com a Banda CaVG e o Grupo de Dança do CaVG. Houve espaço para a poesia e a exposição “Vestígios e Presenças: a Palavra no Tempo”, do NEPEC, trouxe um pouco da história do Câmpus, com seu acervo de objetos antigos.

A Galeria Cultural do IFSul (rua Gonçalves Chaves, 3218, no Centro de Pelotas) inaugurou, no dia 4 de dezembro, outra exposição, “Um Olhar para o CaVG no Século XXI”.  Sob a curadoria de Aline Maria Rodrigues Machado, traz uma coleção de desenhos da Oficina de Desenho do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) formada por estudantes do Câmpus. A mostra pode ser visitada até o dia 21 de dezembro, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

 

O CaVG teve a sua fundação no dia 12 de outubro de 1923

 

 

História do Câmpus

O CaVG é um dos centros de educação mais antigos na região de Pelotas. A Escola foi fundada em 1923, como Patronato Agrícola Visconde da Graça com o apoio do então ministro da Agricultura, o pelotense Ildefonso Simões Lopes, ficando subordinada ao Ministério da Agricultura.

O nome Visconde da Graça foi em homenagem ao senhor João Simões Lopes Filho, falecido em 1893 e que detinha o título de Visconde da Graça. Era dono da antiga Estância da Graça, cujos terrenos foram doados pela família Simões Lopes ao Ministério da Agricultura.

O CaVG esteve 38 anos vinculado ao Ministério da Agricultura, oito anos diretamente ao Ministério da Educação, 40 anos à Universidade Federal de Pelotas e, recentemente, 13 anos ao IFSul.                  

Em 2008, foram criados os institutos federais de educação, e, em 2009, a comunidade do CaVG decidiu, por voto, por sua inserção ao IFSul, o que foi efetivado em 2010. E passou, então, a ser o Câmpus Visconde da Graça. O CaVG é uma escola que está nos corações de jovens e adolescentes, adultos e idosos. Todos têm boas lembranças da instituição.

 

O Grupo de Dança é um dos projetos artísticos do Câmpus Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense

 

Apresentações da Banda CaVG

E, em comemoração ao Centenário houve apresentações culturais no Mini Auditório 1 Pulga. Vale recordar que o apelido engraçado, “Pulga”, vem dos tempos em que o mesmo local funcionava como um alojamento e os estudantes o apelidaram de “Pulgão”. E um dos participantes das apresentações comemorativas dos 100 anos foi a Banda CaVG, que começou seus ensaios e apresentações em março deste ano.

A Banda CaVG é um projeto de música coordenado pelo Professor Vinicius Carvalho Beck que também atua como professor de Matemática no Câmpus. O grupo é formado por professores e estudantes do IFSul CaVG, que cantam ou tocam algum instrumento. Eles ensaiam e apresentam esporadicamente músicas populares brasileiras e clássicos do rock. É um projeto derivado de outro mais antigo chamado CaVG Rock, que consistia na gravação de músicas famosas para o Youtube no período da pandemia. Com o fim das restrições e a possibilidade de ensaios e apresentações ao vivo, vários estudantes começaram a participar e a interagir com a equipe.

 

Luíza Wardelmann Lima e Diego Jesus Borges Machado são vocalistas do grupo

 

Quando as aulas voltaram a ser presenciais e o projeto CaVG Rock já estava encerrando, através de uma casualidade, o professor Vinicius Carvalho Beck e o ex-integrante da Banda CaVG Rock Miguel Jorge Weber encontraram uma aluna que perguntou se tinha algum projeto de música em que pudesse participar como cantora. Então, o professor decidiu continuar o projeto de uma forma diferente. Ele e Miguel passaram nas salas de aula e convidaram os jovens que gostavam de tocar algum instrumento musical ou de cantar. Através desta chamada, os jovens começaram a aparecer para se envolver e participar do projeto.

Os ensaios e apresentações ao vivo começaram ainda em março deste ano e a banda já se apresentou algumas vezes no Câmpus do CaVG e também nas 49ª Feira do Livro de Pelotas. Confira as gravações no Youtube.

 

Professor Vinicius Beck coordena Banda

 

O professor Vinicius relatou que são em torno de 10 alunos que se apresentam. Ele gosta de ver a interação com o público quando a banda começa a fazer seus shows. Há sempre muitas expectativas por parte de todo o grupo, preocupado em trazer um bom trabalho para a plateia. Os alunos gostam muito de participar. Embora o professor já tenha pensado em cancelar o projeto por causa da rotina diária, que também envolve estudos e provas, os estudantes pediram a continuidade e reafirmaram seu interesse.

O repertório musical é escolhido pelos alunos, que demonstram predileção pela MPB e rock. Alguns instrumentos musicais são disponibilizados pelo CaVG, como piano e de percussão.  Mas a grande maioria é trazida pelos próprios integrantes. O professor traz a sua guitarra, e os ensaios são três vezes por semana, com somente alguns integrantes de cada vez. Todos se encontram nos ensaios gerais.

 

Professor Ederson Oliveira Duarte elogia interesse e envolvimento dos estudantes

 

E quem cuida para manter a galera com a voz aquecida, com o timbre ideal e aquecimentos vocais, é o professor Ederson Oliveira Duarte, também pianista e auxiliar do professor Vinicius. Lembra que participa desses projetos desde o início da pandemia, quando os vídeos eram feitos à distância. Cada integrante da banda fazia uma função. Foram produzidos muitos vídeos em que um integrante colocava a base instrumental e outro a voz. Para Duarte, os alunos são muito focados no projeto. Sempre o procuram para fazer aquecimento vocal. Dão ideias de repertório e se sentem motivados.

 

Projeto anterior apresenta vários vídeos no Youtube produzidos durante a pandemia    Imagem: Reprodução/Youtube

 

A Banda CAVG é formada por 15 pessoas. Fazem parte o professor de Matemática e coordenador do projeto, Vinicius Carvalho Beck, professor de Física e diretor Marcos André Betemps Vaz da Silva,  professor de Física Cristiano da Siva Buss, professor de Química Matheus Zorzoli Krolow, professor de Música e pianista Éderson Oliveira Duarte, professor Fernando Augusto Treptow Brod, e os estudantes Sabrina Lessa da Silva Lima, Manuela Oriente de Souza Martins, Sabrina de Lima da Fonseca, Luíza Wardelmann Lima, Eduarda Kabke Baptista, Gabrieli Goulart Sozinho, Maria Clara da Rosa Bruno, Miguel Jorge Weber e Diego Jesus Borges Machado.

O projeto anterior CaVG Rock também foi coordenado pelo professor Vinicius Carvalho Beck. Nos links a seguir, você confere essa realização, que teve duas edições, nos anos de 2020 e de 2021, quando estava ocorrendo a pandemia.

 

Miguel Jorge Weber participa tocando violão e cantando  música popular brasileira e rock

 

Paixão pela música

Natural de Cerrito, Miguel Jorge Weber é formado no CaVG no curso Técnico em Meio Ambiente e estuda Licenciatura em Matemática na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ele já fazia parte do projeto anterior, tendo como destaque quando cantou uma música dos Beatles no YouTube. E voltou para tocar violão e ser vocalista. Para ele a apresentação na 49ª Feira do Livro de Pelotas foi uma experiência única. 

Miguel também canta na noite e se apresenta em bares. Para ele é um hobby.  Conciliar sua rotina acadêmica com o projeto exige um sacrifício, pois ele tem aulas em certos dias nos três turnos: manhã, tarde e noite. Quando isso acontece, ele ensaia no intervalo das 12h às 14h. Mas, para ele, essa entrega é gratificante e sua família sempre o incentivou. Ele, sorrindo, diz que saiu do CaVG, mas o CaVG não saiu dele.

 

Luiza e Diego veem o canto como uma forma de realização

 

Alguns Integrantes da Banda

Luíza Wardelmann Lima tem 17 anos.  Vocalista da banda, cursa Técnico em Alimentos. Entrou no grupo em março logo no início do projeto. Ela diz que a música ajuda a tornar a rotina acadêmica dela mais leve e tranquila, pois o grupo ajuda a conhecer outras pessoas e criar outros vínculos. Luíza gosta de cantar desde criança. Comenta que as músicas do repertório já faziam parte da sua vida com letras que todo mundo conhece, “nem que seja só um trecho”.                                                                               

Outro vocalista é Diego Jesus Borges Machado, de 17 anos, que cursa Técnico em Alimentos. Ele mora na Ilha de Torotama, no município de Rio Grande, e canta desde seus oito anos na igreja junto com seus familiares. Desde criança, ele sempre esteve envolvido com música e dança.

Para Diego, as apresentações da banda são um sentimento único.  Para ele, o projeto é uma oportunidade que não se deve deixar passar. É sempre uma nova experiência. Toda vez que eles cantam, fica o desejo de voltar a ensaiar e se apresentar novamente. Segundo ele, a Feira do Livro foi uma experiência muito boa. Apesar de eles terem ficado nervosos antes da apresentação, deu tudo certo. Diego diz para os jovens não desistirem dos seus sonhos, não terem vergonha e não ficarem se privando em função de palpites negativos.

Luiza conta que sempre gostou de cantar desde criança, mas tinha muita insegurança devido às opiniões alheias, mas ela conseguiu mudar isto através dos ensaios. Comenta que uma amiga a incentivou a entrar no grupo e foi uma das melhores escolhas que ela fez. Fez o teste junto com sua amiga porque tinha muita vergonha. Hoje, ela incentiva outros jovens a terem coragem e participar

A aluna Gabrieli Goulart Sozinho, de 17 anos, que faz o curso de Vestuário, relatou que fazia parte da Banda CaVG, mas hoje integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), voltado para a preservação da cultura afro-brasileira. O projeto iniciou com a primeira Semana da Consciência Negra, na qual ela foi mestre de cerimônias.

Eduarda Kabke Baptista, de 16 anos, fazia parte do projeto como cantora, mas distanciou-se devido a outras atividades em que estava envolvida. Afastou-se, mas pretende voltar, já está com saudades,  pois gosta muito de cantar.

O coordenador do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), Marcio Paim Mariot, falou que há várias atividades culturais além da Banda CaVG, como o Projeto de Dança, a Oficina de Desenho da professora Aline Machado, com a exposição na Galeria Cultural do IFSul, até o dia 21 de dezembro; e o projeto Conversa Literária da Biblioteca do CaVG. Ele antecipa que o grupo de dança pretende se apresentar em um festival de dança ano que vem. Os projetos são voltados para dentro e fora do Câmpus, levando alegria a todos que prestigiam.

Para mais informações sobre a Banda para eventos e apresentações é com o professor Vinicius Carvalho Beck pelo e-mail <viniciusbeck@ifsul.edu.br>.

 

Professora Débora Vendano coordena projeto voltado à participação de todos integrantes do CaVG

 

Grupo de Dança no Arte 100

O Grupo de Dança do CaVG é coordenado pela professora de Educação Física Débora Vendano de Vasconcelos Sinotti. Neste ano, ela iniciou a proposta de um grupo de dança na modalidade Jazz. Desde março, o grupo começou os ensaios e, na Arte dos 100, a professora trouxe uma amostra do que o grupo fez até agora. São 16 integrantes e os ensaios acontecem uma vez na semana, aberto à participação de todos os alunos e funcionários do CaVG. Os ensaios acontecem nas segundas-feiras ao meio dia. Os interessados devem procurar a professora na secretaria do CaVG.

 

Everton Luís Xavier Cardoso trabalha para a valorização da arte poética

 

Poesia

Apesar de já escrever as suas próprias poesias, o estudante Everton Luís Xavier Cardoso, de 29 anos, que cursa Meio Ambiente, apresentou duas poesias do livro “Poesia com Rapadura”, de Braulio Bessa, para as pessoas refletirem sobre a rotina da vida diária.

Para o professor de Física e diretor do CaVG, Marcos André Betemps Vaz da Silva, os projetos culturais desenvolvidos são uma parte fundamental para a formação dos estudantes, mesmo quando eles estão em carreiras técnicas. Para o professor, os cidadãos se constituem como seres humanos e como parte da sociedade e, por isso, a importância da arte como um ponto desta formação. Uma perspectiva mais ampla leva a enxergar a cultura como constituinte das nossas vidas no dia a dia.

Através dos seguintes links você acompanha a Banda CaVG no Youtube e  os projetos do CaVG:

CaVG Rock – Dezembro de 2020

CaVG Rock – 2021

Instagram da Banda CaVG

Instagram do Núcleo de Arte e Cultura (NAC)

Instagram do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação, Memória e Cultura (NEPEC)

 

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

Arte nos corredores da UFPel: conheça uma das artistas

Descubra a pessoa por trás do “Clube do Morcego de Fruta” e outras obras     

Por Khadija Bakkar e Giovana de Sá        

Se você já andou pelos corredores do Anglo, ou do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com certeza já se deparou com o trabalho de Clara Fragoso, aluna do terceiro semestre de Bacharelado em Artes Visuais. Autora dos panfletos do “Clube do Morcego de Fruta” e, mais recentemente, do “Peixe Vidente”, Clara é dona do perfil @inset0_/ no Instagram, em que também compartilha suas obras.

 

Bilhete colado no painel do Campus Anglo da UFPel

 

Clara espalha misteriosos e absurdos bilhetes nos corredores dos prédios da Universidade. Ela busca explorar a autoridade que damos para avisos, símbolos e panfletos. “Eu queria brincar com a realidade que alguém entenderia ao ler uma mensagem que, pelo jeito que se dispõe, deveria ser séria, mas que acaba sendo algo fantasioso”, explica.

 

Esse é um panfleto com informação fantasiosa sobre restaurante universitário

 

Sobre o processo criativo, Clara esclarece que, como os panfletos são algo que ela faz por diversão, ela busca não forçar as ideias a surgirem. “O que acontece geralmente é que tenho vários pensamentos soltos durante o dia sobre coisas do meu cotidiano, e eu escolho um deles para extrapolar/explorar o máximo possível”, descreve.

Quanto ao significado específico de cada um dos bilhetes ou se o público fica a cargo de interpretá-los, a estudante contextualiza: “No meio artístico, falamos muito sobre o que acontece depois que você coloca o seu trabalho no mundo. Ele deixa de ser sobre o que você quer que as pessoas entendam e passa a ser sobre o que o observador vai interpretar”. Em relação aos seus panfletos, Clara acha que, se ela desse uma explicação definitiva sobre o que queria dizer, eles perderiam um pouco da mágica e do seu poder de sugestão.

 

Outra obra de Clara exposta no corredor  e com o título  “Cuidado”

 

Em geral, as suas criações são no formato bidimensional. Além de impressos, a artista também trabalha com pintura e desenho, sempre utilizando o humor, a ironia, o absurdo, o texto e a imagem. “Mas sempre gosto de testar uma coisa nova de vez em quando”, diz. Além dos panfletos, Clara também cria produtos com suas ilustrações, como adesivos e tote bags, os quais divulga no Instagram e vende pessoalmente no Centro de Artes.

 

Aviso chamou atenção e professora pensou que era alguma rebelião de estudantes 

 

Sobre o seu relacionamento com a arte, Clara lembra que falava que queria ser artista desde sempre e a sua família sempre a apoiou.  E finaliza: “Só comecei a desenvolver uma linguagem própria quando entrei na faculdade; quebrei um pouco as minhas convicções de antes sobre o que pode ser categorizado como arte e comecei a me deixar fazer o tipo de coisa que é mais a minha cara”.

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

Recital de Piano para Amigas e Amigos

A professora e pianista Virgínia Mello Alves apresenta um repertório com músicas clássicas e populares nesta quinta-feira em Pelotas

Em apresentação especial para convidados, a pianista Virgínia Mello Alves apresenta o Recital para Amigas e Amigos, nesta quinta-feira, dia 30 de novembro, às 20h, no Conservatório de Música da UFPel. A professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) intensificou durante a pandemia a sua dedicação ao piano. Neste período, em que todos sofreram dificuldades, começou o envio de vídeos para amigos que estavam passando por depressões ou mal-estar em função do confinamento e, até mesmo, como presente de aniversário na época do isolamento.

Passou a tocar diariamente. E os vídeos deram lugar a lives, com a sua prática em transmissões ao vivo. Havia ali uma troca: as pessoas gostando de ouvir suas apresentações musicais, e, ao mesmo tempo, estimulavam o seu aprimoramento. E, assim. se manteve após a pandemia. Várias amigas e amigos vêm acompanhando as suas lives e podem perceber a sua evolução. Então, agora, Virginia sentiu que está pronta para oferecer uma versão presencial, com apoio da Reitoria da UFPel, do Centro de Artes e também do Theatro Sete de Abril.

O repertório do recital traz, no seu primeiro bloco, músicas clássicas e populares. São “Le Lac de Côme “ (Giselle Galos), “Sonata ao Luar” (Beethoven), “First Gymnopedie”, “3e Gnossienne” (ambas de Erik Satie), “2me Nocturne” (Frédéric Chopin),  “A Thousand Years” (Valerie), “Song For Guy” (Elton John),  “Somewhere In Time” (John Barry) e “Bohemian Rapsody” (Freddy Mercury).

A segunda parte será dedicada especialmente às músicas compostas pelo pianista italiano Ludovico Einaudi: “I Giorni”, “Fairytale”, “Primavera Nightbook”, “High Heels”, “Divenire”, “Love is a Mystery” e “Nuvole Bianche”.

 

Virgínia reencontra público das lives, da época da pandemia, agora presencialmente no Conservatório de Música da UFPel     Foto: Divulgação

 

Trajetória

Suprindo os sonhos da sua mãe, Virginia e seus quatro irmãos estudaram piano. Tiveram aulas no Instituto Musical Americano de Porto Alegre, com a professora Erica Rosado Gobbato. A pianista frequentou essa escola dos quatro aos onze anos de idade. Também estudou teoria musical na Escolinha da OSPA e, mais tarde, no Coral da UFRGS. Na juventude, antes de ingressar na universidade, cantou no grupo de música popular Tua Voz. Participou, nos anos 1970, no festival Musipuc, tocando como pianista acompanhada de outro grupo de música popular, com a música “Chuva Fria”, que ficou em terceiro lugar em uma das edições.

Depois de um longo tempo afastada da música, voltou a tocar piano com um equipamento digital. “Foi uma experiência incrível pois, ao tocar as partituras que tinha guardado, a execução voltou como acontece quando se volta a andar de bicicleta. Gosto de usar essa analogia. Quando nos mudamos para uma casa onde o piano pôde ter o seu lugar, passei a tocar mais regularmente”, lembra.

Para a escolha do repertório, ela contou com o auxílio do ex-aluno Eugênio Bassi. Dedicou todo o segundo bloco para executar uma seleção de músicas do compositor Ludovico Einaudi, que conheceu por sugestão de um aluno da universidade. “Simplesmente amei as suas composições, me emocionam e passaram a me acompanhar mesmo sem eu executá-las”, comenta. “Sou muito grata ao apoio institucional, ao apoio das amigas e dos amigos e espero que o evento seja muito especial para todos”, conclui a professora e pianista.

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

Festival de Cinema da Fronteira abre segunda-feira em Livramento e segue em Bagé

Evento gratuito começa com a Mostra Animação e a Sessão Entre Fronteras e segue com 12 filmes longas em competição, sessões especiais e dezena de curtas-metragens, além de apresentações musicais

 

 

O 14º Festival Internacional de Cinema da Fronteira inicia nesta segunda-feira, dia 27 de novembro, na cidade de Livramento, na região da campanha gaúcha. A atração, com entrada franca, recomeça quarta-feira, dia 29 de novembro, em Bagé, e prossegue até o dia 3 de dezembro.

O programa é composto por 12 longas em competição, quatro filmes em sessões especiais e 59 curtas-metragens, contando ainda com várias apresentações musicais.

As apresentações de filmes começam em Livramento na segunda, às 19h, com a Mostra Animação e a Sessão Entre Fronteras, com a apresentação de curta-metragens, no Auditório da Unipampa (Rua Barão do Triunfo, 1048).

Em Bagé, a partir de quarta-feira, os longas em competição passam no Cine7 (Avenida Sete de Setembro, 1062) às 10h, 14h30min e 17h. Os curtas internacionais serão exibidos antes de cada um dos longas principais. Já os demais títulos serão projetados no Centro Histórico Vila de Santa Thereza (Avenida Visconde Ribeiro de Magalhães). Este local também será palco das apresentações musicais, homenagens, longas fora de competição e curtas regionais.

No domingo, as homenagens deste ano serão dedicadas à atriz gaúcha Leona Cavalli e a produtora audiovisual Carla Esmeralda. Além de títulos nacionais, a seleção de longas reúne produções da Argentina, Cuba, EUA, México, Peru, Suíça e Uruguai, vários deles inéditos.  Bagé também recebe o II Mercado Sur Frontera WIP LAB, voltado para profissionais da área audiovisual.

 

                          No sábado será apresentado o filme mexicano “El Actor Principal”, de Paula Markovitch, ainda inédito no Brasil           Foto: Divulgacão

         

A seleção aposta na produção nacional e na expressão de países ibero-americanos. “Nesta edição, com expressiva participação latina, estamos interessados em pensar e apresentar o Brasil de dentro, por isso, o tema ‘Profundo Brasil Profundo’ “, resume Zeca Brito, diretor artístico do evento. “Esse recorte de imersão e olhar para as identidades também passa pelos 12 longas em competição, maior número até hoje no festival”, ressalta.

O Festival da Fronteira tem patrocínio da marca Claro. Conforme o diretor regional da empresa, Marcelo Repetto, esta organização “entende a importância desta mostra competitiva, que faz os holofotes se voltarem para a região gaúcha, firmando o Rio Grande do Sul como polo da cultura e do setor audiovisual brasileiro”.

 

        A atriz Leona Cavalli será homenageada no Festival da Fronteira            Foto: Jonathan Giuliani

Natural de Rosário do Sul, na faixa de fronteira, Leona Cavalli vem a Bagé para receber o troféu São Sebastião. Ela atua no momento na novela “Terra e Paixão”, na Rede Globo. O evento também homenageia Carla Esmeralda, co-criadora do RioContentMarket (hoje Rio2C), maior mercado de conteúdo audiovisual da América Latina, que recebe o troféu em nome do Sur Frontera.

O II Mercado Sur Frontera WIP LAB é voltado para filmes em produção e traz grandes nomes da produção brasileira, entre os quais Jana Wolff (Berlinale), Mario Durrieu (FIDBA) e Walter Tiepelmann (Festival de Málaga). Dos noventa projetos inscritos, dez talentos foram selecionados.

 

Agenda de eventos

 

A animação “Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão, está na tela quinta em Bagé Imagem: Divulgação

 

A programação começa em Livramento na segunda, 27 de novembro, às 19h com Mostra Animação, seguida da Sessão Entre Fronteras, com curtas realizados entre o Brasil e Argentina, no Auditório da Unipampa (Rua Barão do Triunfo, 1048).

Na quarta (29), às 9h, em Bagé, acontece o lançamento do festival na Casa de Cultura Pedro Wayne (Rua General Neto, 16). Às 10h, será exibido o primeiro longa em competição, “O Dia que te Conheci”, de André Novais. À tarde, a partir das 14h30min, é a vez de “Estranho Caminho”, de Guto Parente. Às 17h, será projetado “Anhangabaú”, de Lufe Bollini. Às 19h, haverá a Sessão Memória Longa com o histórico “Pára, Pedro!”, de Pereira Dias, de 1969. Às 20h, começa a cerimônia de abertura no Centro Histórico Vila de Santa Thereza, seguida da primeira parte da Mostra Competitiva Regional, e show musical do grupo Os 4 Irmãos, às 21h.

 

O filme Anhangabaú de Lufe Bollini será apresentado na quarta-feira à tarde   Foto: Divulgacão

 

No dia 30, quinta-feira, às 10h, a seleção de filmes traz “El Cine Ha Muerto”, de Juan Benitez Allassia. Às 14h30min, o longa “Rumo”, de Bruno Victor e Marcos Azevedo. Às 17h, passa “El Nadador”, de Gabriela Guillermo. Na sexta, dia 1º de dezembro, as sessões começam às 10h, com o longa “Sucesso e o Abstrato”, de Virgínia Simone e Matheus Walter. Na tarde, às 14h30min, tem a animação “Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão, seguido de “Baracoa”, de Pablo Briones, às 17h. À noite, no Centro Histórico, haverá o show de Lucifer Kabra às 19h30min, seguido da segunda parte da Mostra Competitiva Regional, às 20h.

 

Baracoa, de Pablo Briones, é uma co-produção de Cuba, Suica e Estados Unidos Foto: Benjamin-Poumey

 

No sábado (dia 2), às 10h, é a vez de Céu Aberto”, de Elisa Pessoa. Às 14h30min, será exibido “El Filo de las Tijeras”, de David Marcial Valverdi. A programação prossegue às 17h com “El Actor Principal”, de Paula Markovitch. O filme “Cafundó”, de Paulo Betti e Clovis Bueno, estrelado por Leona Cavalli, será exibido às 19h. Às 20h30min, o público poderá conferir a última parte de curtas regionais. A noite termina às 22h30min com o show do Zava MC e de Kika Simone.

 

O filme brasileiro “Céu Aberto”, de Elisa Pessoa, abre as sessões de sábado     Foto: Divulgação

 

O último dia abre para o público às 18h com “El Canto del Tiempo”, de Mana García. Também fora de competição, às 19h30min, será apresentado  “Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues, quando encerra o programa de longas. Às 21h, começa a cerimônia de premiação e homenagens, seguida de show de Rita ZartRafael Silva e Lulu do Acordeon.

 

Domingo é dia de ver o filme argentino “El Canto del Tiempo”,  de Mana Garcia      Foto: Divulgacão

 

A programação completa pode ser conferida no site festivaldafronteira.com.

O XIV Festival Internacional de Cinema da Fronteira tem o patrocínio master da Claro, através da Secretaria de Estado da Cultura, Sistema Pró Cultura RS/LIC, e patrocínio do Conselho Nacional do Sesi. A produção é de Maristela Ribeiro Produções e a realização da Associação Pró Santa Thereza e Anti Filmes, promoção da Prefeitura Municipal de Bagé através da Secretaria Municipal de Cultura, com apoio institucional da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) e Instituto Federal Sul Rio-grandense (IFSul).

 

Co-produção argentina e peruana “El Cine Ha Muerto”, de Juan Benitez Allassia, é um dos títulos da competição Foto: Divulgação

 

Festival Internacional de Cinema da Fronteira

Entrada franca

Livramento (RS): 27 de novembro de 2023

Bagé (RS): 29 de novembro a 3 de dezembro de 2023

Instagram: @festivaldafronteira

 

O Uruguai concorre com a produção “El Nadador”, de Gabriela Guillermo

 

Longas-metragens em competição:

“Anhangabaú”, de Lufe Bollini (Brasil)

“Baracoa”, de Pablo Briones (Cuba/Suíça/EUA)

“Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão (Brasil)

“Céu Aberto”, de Elisa Pessoa (Brasil)

“El Actor Principal”, de Paula Markovitch (México)

“El Cine Ha Muerto”, de Juan Benitez Allassia (Argentina/Peru)

“El Filo de Las Tijeras”, de David Marcial Valverdi (Argentina)

“El Nadador”, de Gabriela Guillermo (Uruguai)

“Estranho Caminho”, de Guto Parente (Brasil)

“O Dia que te Conheci”, de André Novais (Brasil)

“O Sucesso e o Abstrato”, de Virgínia Simone e Matheus Walter (Brasil)

“Rumo”, de Bruno Victor e Marcos Azevedo (Brasil)

 

O Argentino “El Filo de Las Tijeras”, de David Marcial Valverdi, soma para formar um mosaico do atual cine latino-americano Foto: Divulgação

 

Fora de competição:

“Cafundó”, de Paulo Betti e Clovis Bueno (Brasil)

“El Canto del Tiempo”, de Mana García (Argentina)

“Pára, Pedro!”, de Pereira Dias (Brasil)

“Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues (Brasil)

 

“Sobreviventes do Pampa”, de Rogerio Rodrigues, trata da devastação do bioma nativo através das vozes historicamente silenciadas, dos povos e comunidades remanescentes          Foto: Divulgação

 

Programação

Livramento: DIA 0 (27/11) – segunda

19h –  Mostra Animação

20h – Sessão Entre Fronteras: curta-metragens 

“O Dia que te conheci”,  de Andre Novais, abre as apresentações em Bagé    Foto: Divulgação

 

 

Bagé: DIA 1 (29/11) – quarta

9h – Lançamento do Festival na Casa de Cultura Pedro Wayne

10h – CURTA “Dependências” | LONGA “O Dia que te Conheci” (Cine7)

14h30min – CURTA “Messi” | LONGA – “Estranho Caminho” (Cine7)

17h – CURTA “Uma Mulher Pensando” | LONGA “Anhangabaú” (Cine7)

19h – Sessão Memória Longa – “Pára, Pedro!” (Santa Thereza)

20h – Cerimônia De Abertura – Mostra Competitiva Regional 1/3 (Santa Thereza)

21h – show musical do grupo Os 4 Irmãos (Santa Thereza)

Bagé: DIA 2 (30/11) – quinta

10h – CURTA “Night Ride from LA” | LONGA “El Cine Ha Muerto” (Cine7)

14h30min – CURTA “O Tempo” | LONGA – Rumo” (Cine7)

17h – CURTAS – NAU e “El Principe Ribamar” | LONGA “El Nadador” (Cine7)

Bagé: DIA 3 (01/12) – sexta

10h – CURTA – “Adore” | LONGA – “Sucesso e o Abstrato” (Cine7)

14h30min – CURTA “Strangers All Over Again” | LONGA “Bizarros Peixes das Fossas Abissais” (Cine7)

17h – CURTA “Restaurante” | LONGA “Baracoa” (Cine7)

19h30min – Show Lucifer Kabra (Santa Thereza)

20h – Mostra Competitiva Regional 2/3 (Santa Thereza)

Bagé: DIA 4 (02/12) – sábado

10h – CURTA “Home” | LONGA – “Céu Aberto” (Cine7)

14h30min – CURTA “Dildotectónica” | LONGA – El Filo de las Tijeras” (Cine7)

17h – CURTAS – “Cama Vazia” e “Quasi Perfetto” | LONGA – “El Actor Principal” (Cine7)

19h  – Longa Homenageada: “Cafundó” (Santa Thereza)

20h30min – Mostra Competitiva Regional 3/3 (Santa Thereza)

22h30min – Show Zava MC e Show Kika Simone (Santa Thereza)

DIA 5 (03/12) – domingo

18h – LONGA “El Canto del Tiempo” (Santa Thereza)

19h30min – Filme de Encerramento – “Sobreviventes do Pampa” (Santa Thereza)

21h – Cerimônia de Premiação (show Rita Zart, Rafael Silva e Lulu do Acordeon) (Santa Thereza)

Curtas-metragens internacionais:

“Adore”, de Beth Warrian (Canadá), “Cama Vazia”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (Brasil), “Dependências”, de Luisa Arraes (Brasil), “Dildotectónica”, de Tomás Paula Marques (Portugal), “El Principe Ribamar de la Beira Fresca”, de Murilo Cesca (Uruguai), “Home”, de Bárbara Bárcia (Brasil/Inglaterra), “Messi”, de Henrique Lahude e Camila Acosta (Brasil/Argentina), “NAU”, de Renata de Lélis (Brasil), “Night Ride from LA”, de Martin Gerigk (Alemanha), “O Tempo”, de Ellen Corrêa (Brasil), “Quasi Perfetto”, de Federico Frefel (Itália), “Restaurante”, de Leonardo Da Rosa (Brasil), “Strangers All Over Again”, de Mariana Boger (EUA) e “Thuë pihi kuuwi / Uma Mulher Pensando”, de Aida Harika Yanomami (Brasil).

Mostra de Curtas-metragens de Animação:

“A Mina de Quimera”, de Thiago Calcagno Martins, Cadu Zimmermann e Gabriel Dias dos Santos (Pelotas/Brasil), “Ana Morphose”, de João Rodrigues (Guimarães/Portugal), “Carcinização”, de Denis Souza (Pelotas/Brasil), “Coaxo”, de Cecilia Martinez (Pelotas/Brasil), “Desejo Expõe Suas Obras”, de Salmo Pagão (Brasília/Brasil), “Livre”, de Claudio Luiz Marques (Rio Grande/Brasil), “Lótus”, de Sara Pinheiro e Larissa Moreira (Florianópolis/Brasil), “Minha Primeira Memória”, de Lara Salsa (Recife/Brasil) e “Tardes no Escarafuncha”, de Fernando Ferreira Garróz (Franca/Brasil).

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

6° edição do Festquilombola de Canguçu começa na próxima sexta

Evento com a participação da comunidade estudantil celebra a contribuição cultural do povo negro      

Por Yasser Hassan e Yan Cavallin     

Evento ocorre desde 2014 e dá lugar para as tradições e várias manifestações culturais    Fotos: Divulgação

 

A 6ª edição do Festival Estudantil Quilombola de Canguçu promete ser um evento vibrante e diversificado, celebrando a rica cultura quilombola ao longo de dois dias de atividades. Realizado pela Secretaria Municipal de Educação e Esportes, o evento busca suprir a falta de representação negra em eventos escolares no município, buscando o reconhecimento e visibilidade da história do povo negro na região.

Na sexta-feira (dia 17 de novembro), o Cine Teatro Municipal Antônio Joaquim Bento (Praça Dr. Jaime de Faria, 749 – bairro Centro) será palco das competições de cantigas de roda, a partir das 13h30min, destacando o talento dos estudantes nessa manifestação artística.

Já, no sábado (dia 18), as festividades se deslocarão para o Ginásio Municipal de Esportes Conrado Ernani Bento (Rua Teófilo de Souza Matos, na Vila Izabel). Neste dia, a programação começará às 8h30min, com o desfile dos casais Abayomi e Dayo, seguido pela apresentação de trabalhos manuais, poesia, instrumental e desenhos a mão livre. À tarde, haverá apresentação de danças, encerrando assim um fim de semana dedicado à celebração e reconhecimento da cultura quilombola através do talento dos jovens participantes.

O festival, que teve sua primeira edição em 2014, promove competições entre os alunos nas seguintes manifestações artísticas: poesia; trabalhos manuais; música instrumental; desenho; cantigas de roda e grupos de dança.

 

Repetindo a última edição realizada, estudantes participam das atividades que ocorrem nesta sexta e sábado

 

Confira a programação completa:

Sexta-feira (17 de novembro):
8h30min: Teste cultural dos casais Abayomi e Dayo.
13h30min: Cantigas de Roda.

Sábado (18 de novembro):
8h30min: Desfile dos casais Abayomi e Dayo; Chamada para os Trabalhos Manuais; de Poesia; e Música Instrumental.
13h30min: Chamada para o Desenho à Mão Livre e apresentações de Dança.

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

 

Debates e apresentações musicais nesta quinta e sexta-feira

Acorde Brasileiro – Encontro Nacional das Músicas Regionais reúne pensadores e artistas para refletir sobre música brasileira hoje

A diversidade sonora do Brasil será a atração principal do evento Acorde Brasileiro – Encontro Nacional das Músicas Regionais, que acontece na quinta-feira, dia 16, e na sexta-feira, dia 17 de novembro. As apresentações e debates serão no Auditorio II do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), na rua Álvaro Chaves, 65, Bloco 2. A entrada é franca.

Na quinta-feira, às 14h, haverá um debate sobre o momento atual da música brasileira com Juarez Fonseca (crítico de música do jornal porto-alegrense Zero Hora), Nilson Chaves (instrumentista, cantor e compositor paraense), e Ruy Godinho (produtor multimídia, pesquisador, radialista, ator, diretor, escritor e divulgador de MPB do Distrito Federal).  A mediação será feita por Martim César (poeta, escritor e letrista de Jaguarão).

Também na quinta, às 19h, ocorrem as apresentações musicais de Maria da Conceição (RS). Alberan Moraes (AC), Sovaco de Cobra Trio (RS) e Juju Ferreirah (RJ).

Na sexta-feira. às 14h, será a vez da Roda de conversa “Processos criativos da Música Brasileira”, com Ruy Godinho (DF), Chico Lobo (Violeiro, compositor e cantador de ritmos que evocam as raízes populares, vindo de Minas Gerais) e a cantora carioca Juju Ferreirah, com mediação do professor de música da UFPel, Leandro Maia. Às 19h, acontecem as apresentações musicais da dupla Martim César e Maurício Barcellos, Leandro Maia, Chico Lobo e Nilson Chaves.

O gênero musical chorinho fica por conta do Sovaco de Cobra Trio                                  Foto: Divulgação

 

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

 

 

Feira do Livro traz autores de destaque nacional a Pelotas

A 49ª edição abre nesta quinta-feira, dia 26 de outubro, e terá a pedagoga e professora da UFPel Cristina Maria Rosa como patrona        

Por Stéfane Costa 

       

       Presidente da Câmara Pelotense do Livro, Elisabete Lovatel, e a produtora cultural Theia Bender anunciam detalhes da Feira       Fotos: Stéfane Costa

 

Em cerimônia realizada no dia 10 de outubro, foi oficialmente lançada a 49ª edição da Feira do Livro de Pelotas. Com o tema “O Palco da Literatura”, o evento ocorre na Praça Coronel Pedro Osório de 26 de outubro a 15 de novembro e tem como principal missão incentivar a leitura desde a primeira infância.

Foi pensando nisso que o evento trouxe como patrona a escritora Cristina Maria Rosa, também pedagoga e professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ela conta que seu primeiro contato com o mundo dos livros ocorreu aos cinco anos de idade e, desde então, o hábito nunca teve fim. “Esta relação com a literatura é expressar publicamente a paixão pelos livros em todos os seus modos de existir, sem preconceito com autores, autoras, modos de escrita”, disse. A professora agradeceu ainda o reconhecimento e comprometimento com o trabalho que realizará durante a Feira. Nesta edição, Cristina reedita a sua principal obra “Onde está Meu ABC de Erico Verissimo?: notas sobre um livro desaparecido”.

 

A patrona Cristina Maria Rosa, pedagoga e professora da UFPel celebra a diversidade das expressões literárias

 

A organização da Feira também apresentou o orador da 49ª edição, o escritor, artista visual, roteirista e diretor de cinema Manoel Soares Magalhães. Durante a apresentação, Magalhães falou sobre sua relação com a leitura que, assim como no caso de Cristina, surgiu durante a infância. “As pessoas que não têm contato com os livros desde a primeira idade, cinco, seis, sete anos, não terão um contato futuro com a literatura, porque a capacidade de imaginar vai ficar reduzida em função de não haver dialogado com os escritores”, relatou.

 

O orador da 49ª Feira do Livro Manoel Soares Magalhães destaca a importância da leitura na infância

 

Neste ano, o Feira do Livro de Pelotas trará grandes nomes da literatura nacional, como Martha Medeiros, Aline Bei, autora dos livros “O peso do pássaro morto” e “Pequena coreografia do adeus” e Eduardo Spohr, autor de “A Batalha do Apocalipse” e da trilogia “Filhos do Éden”. Também estarão incluídos na  programação Kiusam Oliveira, Bruno Ribeiro,   J. J. Camargo, Alexandre Brito, Rosane Castro, Juremir Machado da Silva e Lilian Rocha.

A estrutura montada no Centro da cidade contará com espaços especiais como a Alameda das Crianças: Gigantes da Leitura, local onde serão realizadas atividades como oficinas de educação financeira, entrega de brindes e outras ações educativas realizadas por instituições parceiras.

Ao fim da apresentação da edição, Elisabete Lovatel, presidente da Câmara Pelotense do Livro e a produtora cultural Theia Bender revelaram antecipadamente que a edição de número 50, a ser realizada no próximo ano, já está confirmada e recebeu aprovação da Lei Rouanet.

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

Quatro décadas valorizando a cultura da imigração germânica  

Grupo de Danças Folclóricas Alemãs Sonnenschein festeja 40 anos de atividades e promove até o dia 15 de outubro a 34ª Südoktoberfest       

Stéfane Costa 

     

Grupo Sonnenschein em apresentação na “festa de outubro” do ano passado    Fotos: Rafael Grigoletti

 

O Grupo de Danças Folclóricas Alemãs Sonnenschein completou em agosto 40 anos de história ressaltando a cultura germânica e pomerana em São Lourenço do Sul e região.

Fundado em 1983, o grupo foi criado por conta da comemoração do centenário do município e, o que começou com a apresentação de 12 componentes, hoje figura entre os maiores grupos de dança do País.

Ao longo dos anos, não foram só os componentes e apresentações que aumentaram. O Sonnenschein também acabou responsável por aquela que é conhecida como a maior festa da cultura alemã da Zona Sul do Estado, a Südoktoberfest, que começou no dia 8 de outubro e vai até o dia 15.

Cinco anos após o início do grupo, jovens integrantes decidiram dar ainda mais força para a preservação da cultura alemã/pomerana. De 1988 até 2023, 33 edições da “Festa de outubro no Sul” já marcaram passagem na terra lourenciana, que vivencia mais um grande evento. Com o lema “A cidade vira festa”, a Südoktoberfest chega à 34ª edição com dezenas de atrações, comida típica e, claro, muita cultura. 

Para Fabiano Bosenbecker, coordenador da festa e integrante do Sonnenschein, a iniciativa busca manter viva a tradição germânica e levá-la para as novas gerações. “O grupo de danças é voluntário, nós fazemos esse trabalho em prol da cultura, fazendo com que seja uma fagulha de incentivo a uma cultura tão rica que é a alemã e pomerana, que, em São Lourenço, são miscigenadas”, reflete.

Bosenbecker explica ainda que o grupo é um dos maiores em atuação ininterrupta no Brasil, sendo dividido em oito categorias, com 190 integrantes. Mas seu papel vai muito além do trabalho artístico, como ressalta ao falar da importância social da participação dos pequenos dançarinos. “O grupo de dança tem como base o companheirismo. A criança (da categoria mirim) aprende a respeitar o outro, a ter horários, a cuidar do seu traje, a respeitar regras. Isso, para esse momento que nós estamos enfrentando, de transição junto ao advento da internet, é muito salutar, fomentado o coleguismo entre as nossas crianças”, garante.

Ainda, conforme ele, a Südoktoberfest atua como a consolidação do trabalho cultural do grupo. “A festa traz todas as peculiaridades dessa tradição, como a gastronomia, canto, dança e os jogos que eram jogados pelos nossos antepassados, que são levados ao povo”, relata.

 

Abertura oficial foi realizada no domingo (dia 8 de outubro), com a presença de autoridades e da corte da festa

 

Início da Südoktoberfest

Com abertura oficial realizada no domingo (dia 8 de outubro) com a abertura do parque e as falas das autoridades, o evento se estenderá ao longo da semana, encerrando-se no próximo domingo (dia 15).

Além de trazer atividades já conhecidas das festas germânicas, como a competição de chopp a metro e jogos trazidos por imigrantes, a Südoktoberfest também ressalta a gastronomia alemã através do seu petisco mais pedido, o rievelsback, bolinho de batata alemão. Nesta edição, esta iguaria da culinária ganha um cantinho especial na Praça de Alimentação.

A programação também inclui danças, apresentações musicais e desfiles festivos.

O valor dos ingressos para o parque na  Associação Cultural Sete de Setembro varia entre R$ 20,00 e R$ 50,00 a depender do dia e horário.  

Programação

10 de outubro

19h – 3º Encontro de Músicos

– Reunião festiva com participantes do Desfile de Rua

*Entradas gratuitas

11 de outubro

20h – Abertura do parque

– Banda Bier’s Band

20h30 – Jantar típico alemão/pomerano (Pavilhão)

22h30 – Apresentações do Sonnenschein

– Abertura do salão social

23h – Baile com Banda Sul Brass (Salão Social)

– Baile com Orquestra La Montanara (Pavilhão)

3h – Baile com Banda Sul Brass (Pavilhão)

5h – Encerramento

*Entrada bailes – R$ 40

12 de outubro

14h – Abertura do parque

– Abertura dos jogos germânicos

– Abertura do espaço kinder

– Abertura da praça de alimentação

– Abertura da Bier Haus

– 8º Encontro Nacional de Jogadores de Schafskopf com torneio

– Baile com Banda Estrela (Pavilhão)

15h – Banda Recordando o Passado (Recepção)

15h às 20h – Café Colonial

16h30 – Apresentações do Sonnenschein e grupos convidados (Pavilhão)

18h – Concurso da corte da 35ª Südoktoberfest (Pavilhão)

18h – Baile com Banda Novo Horizonte (Salão Social)

19h – Baile com Banda Estrela (Pavilhão)

20h – Show Baile com Os Atuais (Pavilhão)

24h – Encerramento

*Eliminatórias do Chopp a Metro às 20h e às 22h

*Entrada das 14h às 15h – Um litro de leite para Santa Casa

Das 15 às às 18h – R$ 20

Entrada após às 18h – R$ 40

13 de outubro

19h – Abertura do parque

– Abertura da praça de alimentação

– Abertura da Bier Haus

20h – Baile com Banda Rota Luminosa (Pavilhão)

23h – Apresentações do Sonnenschein

– DJ Massaro

23h30 – Baile com Banda Barbarella (Pavilhão)

3h – Encerramento

*Eliminatória do Chopp a Metro às 23h

*Entrada – R$ 40

14 de outubro

8h – 7ª Tischfusball Pukal Sponhein (Copa Sponhein de Futebol de Mesa no Grêmio Esportivo Lourenciano)

14h – Abertura do parque

– Abertura dos jogos germânicos

– Abertura do espaço kinder

– Abertura da praça de alimentação

– Abertura da Bier Haus

– Baile da Terceira Idade com Banda Cyclo’s (Pavilhão)

– 10º Encontro de Corais (Salão Social)

15h às 20h – Café Colonial

17h – Baile com Banda Imigrantes (Salão Social)

– 13º Deutsche Tanzkollektion – Mostra de Dança Alemã (Pavilhão)

– Banda Metais & Cia (Recepção)

21h – Baile com Banda Sul Brass (Pavilhão)

1h – Baile com Super Musical Monte Carlo (Pavilhão)

5h – Encerramento

*Eliminatórias do Chopp a Metro às 20h30 e 1h

*Entrada até às 18h – R$ 20

Entrada após às 18h – R$ 50

15 de outubro

13h30 – Desfile de Rua (Av. Nonô Centeno até a praça Dedê Serpa)

– Desfile Ciclístico e 1º Encontro de Bicicletas Antigas da Südoktoberfest

14h – Abertura do parque

– Abertura dos jogos germânicos

– Abertura do espaço kinder

– Abertura da praça de alimentação

– Abertura da Bier Haus

– Banda Metais & Cia (Recepção)

15h às 20h – Café Colonial

15h – Baile com Banda Cyclo’s (Salão Social)

15h30 – Apresentações do Sonnenschein (Pavilhão)

16h – Baile com Super Musical Monte Carlo (Pavilhão)

20h – Coroação da corte da 35ª Südoktoberfest (Pavilhão)

21h – Baile com Banda Sul Brass (Pavilhão)

1h – Encerramento

*Final do Chopp a Metro às 21h

*Entrada até às 18h – R$ 20

Entrada após às 18h – R$ 40

Evento conta com desfile festivo na avenida Nonô Centeno

 

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS

Agimos: destacando e valorizando o cenário musical pelotense

O prêmio de produção musical da UFPel finaliza as inscrições dia 24 de setembro e primeiros resultados saem a partir de 1º de outubro    

   Por Rafaela Stark e Sarah Oliveira    

Prêmio AGIMOS de Produção Musical lança a sua primeira edição este ano com o objetivo de exaltar a arte pelotense 

 

Desde o dia 15 de agosto, a agência Agimos – projeto da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) – está com as inscrições abertas para a 1ª Edição do Prêmio Agimos de Produção Musical. A premiação foi criada com o intuito de destacar e valorizar os artistas locais e da região sul do Estado. Os primeiros resultados dos 16 ganhadores estão previstos para sair a partir do dia 1º de outubro.

O que é a Agimos?

A Agência de Indústria Criativa e Mobilização Social (Agimos) é um projeto da UFPel que procura visibilizar os talentos regionais, através da criação de premiações e outros tipos de eventos. Uma dessas iniciativas é o “Mapa Cultural Agimos”, que objetiva a estruturação de produções culturais e de políticas públicas para o crescimento da área na região.

Entre outras iniciativas, o Mapa convida artistas locais a participar, integrando assim a agência e colaborando com outros artistas, eventos, espaços e contatos do ramo em geral. O coordenador da Agimos, Leandro Maia, quando perguntado sobre a criação do Mapa e da premiação afirmou: “A ideia da premiação veio de uma necessidade de a gente destacar trajetórias e produções musicais na cidade de Pelotas”.

 

            Jurados da primeira edição do Prêmio AGIMOS: Kleiton Ramil, Pedrinho Figueiredo, Zudzilla, Anaadi e Marcos Abreu           Foto: Divulgação/Emílio Pedroso/Filipa Aurélio/André Ávila/Aquivo RBS/UCPel

 

Prêmio quer dar visibilidade à produção musical de Pelotas

“A premiação tem o objetivo de proporcionar um Mapa do território musical de Pelotas. Ela é uma ação contemplada pelo RS Criativo, que é um programa da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, num edital chamado Territórios Criativos”, explica Maia.

Visando construir uma premiação e um mapa musical inclusivo, a agência Agimos implementou uma medida que contempla a diversidade de gênero e de manifestações musicais da região sul, dentro de quatro categorias: Carnaval, Música Instrumental e Eletrônica, Canção Popular e Manifestações Tradicionais e Hip Hop. Além dessas categorias, o Prêmio possui ações afirmativas que visam assegurar cerca de 50 por cento de vagas para mulheres, indígenas, quilombolas, pessoas pretas e pardas, pessoas trans e pessoas com deficiência (PCD).

No momento em que as inscrições forem encerradas, uma bancada formada pelos artistas Marcos Abreu, Zudizilla, Anaadi, Kleiton Ramil e Pedrinho Figueiredo irá escolher os 16 finalistas e ganhadores da premiação com base na avaliação do material enviado pelo inscrito, das realizações artísticas e do tempo de atuação musical.

O Mapa Cultural Agimos é uma plataforma que permite a realização de interações do campo da cultura, logo, cadastra agentes culturais, espaços culturais, eventos e oportunidades. Leandro Maia conta que a ação é uma maneira de abarcar toda a cadeia produtiva da cultura de Pelotas. “Nós não temos hoje uma agenda cultural em formato de calendário em Pelotas, em que a pessoa possa procurar e produzir e fazer divulgação do seu material.” Então, o Mapa Cultural vem não só como um projeto universitário, mas como uma maneira de impactar o turismo cultural na cidade, através de uma agenda cultural e da possibilidade de encontrar agentes de todos os campos artísticos.

Como participar?

Para se inscrever é preciso entrar no site do Mapa Cultural e cadastrar-se na plataforma. Após essa etapa, há um edital para ser preenchido, assim como o envio de um esboço musical do projeto. Esse esboço deve estar em formato de arquivo de áudio em mp3 de até 10MB, devidamente identificado ou ser enviado por um link com acesso liberado. Também deve ser remetido um relato da trajetória musical – que consiste em currículo, portfólio, documentos, registros, links ou informações sobre a vida musical em um PDF de até 10MB – , e conjuntamente a aceitação dos termos e condições do Prêmio. Se o inscrito tiver alguma dúvida em relação ao processo, basta enviar um e-mail para o endereço: <agimos.ufpel@gmail.com>, com os dados de contato.

Como é a seletiva?

O processo de escolha dos artistas premiados será iniciado por meio de uma triagem primária da documentação e habilitação dos finalistas. Após essa etapa, haverá uma seleção prévia feita por cada curador da bancada para posteriormente ser elaborada uma listagem final por todos os curadores em conjunto. Com todo o processo finalizado, os artistas remanescentes serão anunciados a partir do dia 1º de outubro nos canais oficiais da Agimos.

Os 16 vencedores irão receber R$ 3 mil reais cada e farão parte da lista dos artistas prioritários do Estúdio UFPel de Produção Musical. Poderão gravar no estúdio durante os anos de 2023 e 2024. Além do prêmio em dinheiro e da oportunidade de gravação, os selecionados serão contemplados com materiais, cursos, participações em podcasts e irão fazer parte de um álbum virtual distribuído pela Editora da UFPel.

Para encontrar mais informações e detalhes sobre o projeto, acesse o site oficial do Prêmio Agimos de Produção Musical clicando aqui.

PRIMEIRA PÁGINA

COMENTÁRIOS