HISALES apresenta a mostra “Vidas de Professoras”
Até o dia 31 de outubro, no Centro de memória e de pesquisa HISALES – História da Alfabetização, Leitura, Escrita e dos Livros Escolares, você pode conferir a mostra “Vidas de Professoras”, que apresenta um conjunto de materiais representativos da trajetória profissional de professoras.
A mostra foi feita em parceria com o colóquio “Pedagogia do Imaginário – Matrizes Oníricas de uma Escola Viva!”, que aconteceu no mês de agosto na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), organizado pelo grupo de pesquisa GEPIEM, coordenado pela Profa. Dra. Lúcia Peres, da Faculdade de Educação (FaE) da UFPel.
A professora Chris Ramil, coordenadora do Centro, ao lado das docentes Eliane Peres e Vania Thies, explica que a ideia da mostra é revelar a quem a visita um pouco do dia a dia das professoras, o processo de formação profissional, os métodos e matérias didáticos produzidos por elas que as auxiliavam no trabalho realizado em sala de aula. “Mostrar alguns registros que servem de memória e de referência para valorizar esse trabalho, que às vezes acaba passando despercebido”, complementa a professora.
A exposição conta com uma variedade de itens de diferentes épocas. Nas mesas da mostra encontramos livros didáticos produzidos por professoras gaúchas entre as décadas de 40 e 80, livros de memórias, biografias de docentes brasileiros e estrangeiros, estatutos de magistério, documentos profissionais, materiais didático-pedagógicos, cadernos de planejamentos, diários de classe, cartilhas de alfabetização, reportagens, fotografias, entre outros objetos.
Uma das mesas destaca a Escola Normal, instituição existente no Brasil desde o século XIX. Até 1971, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) foi implementada, as Escolas Normais eram as principais responsáveis pela formação dos professores de ensino primário do país.
Uma das atrações da mostra que está sendo sucesso entre as pessoas que a visitam é o hectógrafo, precursor do mimeógrafo e das máquinas copiadoras atuais. A professora Chris Ramil conta que os suportes eram feitas pelas próprias professoras em suas casas utilizando gelatina, glicerina, açúcar e vinagre. O trabalho com o hectógrafo é totalmente manual, no qual cada cópia precisa ser feita individualmente. “As professoras tinham que fazer isso [o processo de impressão] 30, 40, 50 vezes, cada cópia era para um aluno. A gente vê nesses processos o quanto elas usavam o seu tempo para esse trabalho que às vezes não aparece e que as pessoas não valorizam. [O trabalho era mais do que] estar em sala de aula”, acrescenta Ramil.
Aproveite sua visita para conhecer os acervos do Centro, que contam uma parte da história da educação brasileira, e a exposição permanente do centro que remonta uma sala de aula.
O HISALES está localizado na sala 101H (pátio) do Campus II da UFPel (Rua Almirante Barroso, 1202, Pelotas). O Horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h30. Para grupos com mais de cinco pessoas é solicitado agendamento, que pode ser realizado através do e-mail grupohisales@gmail.com.
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