domingo, 28 de abril
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Cientistas brasileiros criam supercapacitor flexível e maleável

Um grupo de pesquisadores brasileiros, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), em parceria com pesquisadores da University of Surrey, na Inglaterra, desenvolveram um dispositivo chamado de supercapacitor, uma espécie de superbateria, flexível e maleável, com capacidade de armazenamento de energia muito mais rápida que as baterias convencionais.

Raphael Balboni, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFPEL, é bolsista CAPES PrInt e fez Doutorado-Sanduíche no Reino Unido (Foto: Arquivo pessoal)

Foto 1: Raphael Balboni, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFPel, bolsista CAPES PrInt/ UFPel)

O trabalho se iniciou a partir da pesquisa de doutorado de Raphael Balboni, que incluiu um período no Reino Unido. O bolsista da CAPES foi aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFPel. O dispositivo poderá ser integrado em aparelhos, em tecidos eletrônicos e no próprio vestuário das pessoas. Feito com nanomateriais à base de carbono, o supercapacitor tem um processo de fabricação rápido e de baixo custo, sendo possível ser industrializado de maneira simples.

Professor Neftali Carreño, coordenador do grupo de pesquisa, da UFPEL (Foto: Arquivo pessoal)

Foto 2: Professor Neftali Carreño, coordenador do grupo de pesquisa, da UFPel

“O grande diferencial deste supercapacitor é que ele poderá ser utilizado nas vestimentas das pessoas, como se fosse um acessório”, explica o professor Neftali Carreño, coordenador da pesquisa no Brasil. Ele nota que “o dispositivo tem poder de armazenar grande quantidade de energia” e, além disso, é “superleve, fácil de transportar, dobrável e, inclusive, flexível”.

Professor José Henrique Alano, do Curso de Engenharia Mecânica da FURG (Foto: Arquivo pessoal)

Foto 3: Professor José Henrique Alano, do Curso de Engenharia Mecânica da Furg

Os benefícios para a sociedade são inúmeros. “A área de supercapacitores pode colaborar para a demanda de energia no mundo, hoje e no futuro. Todos os países estão buscando, de um modo ou outro, substituir fontes de energia não renováveis por fontes renováveis e todo o nosso futuro passará pelo desenvolvimento de aparelhos com capacidade de armazenamento e distribuição limpa de energia”, frisa José Henrique Alano, professor do Curso de Engenharia Mecânica da Furg.

“A importância do CAPES PrInt vai além do material que foi possível produzir. Eu tive uma experiência única, aprendi novas formas de trabalhar, criei conexões e muitos outros trabalhos estão sendo desenvolvidos a partir da parceria que foi firmada entre Brasil e Inglaterra”, conclui Balboni.

A matéria completa foi divulgada na data de hoje no site da CAPES e está disponível aqui.

(Fonte: Redação CCS/CAPES)