Palestra sobre o desarmamento nuclear e o Prêmio Nobel da Paz 2017
No início deste mês de novembro foi anunciado que a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN, sigla em inglês) é a vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2017. A ICAN reúne ONGs em mais de 100 países que lutam pela erradicação das armas nucleares em todo o mundo. O trabalho da Campanha iniciou em 2007, em Viena e hoje funciona em um escritório em Genebra.
A razão do prêmio foi o trabalho desenvolvido pela ICAN nas negociações que terminaram com a criação do Tratado Global para Proibir as Armas Nucleares, adotado por 122 países, em julho, na Organização das Nações Unidas (ONU). Não assinaram o tratado as nove potências nucleares, das quais, cinco são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).
A ação da ICAN é feita por um Comitê Gestor formado por representantes dos países signatários da Campanha. Desse comitê faz parte o brasileiro Cristian Wittmann, professor do Campus Santana do Livramento da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Wittmann coordena o projeto de extensão Grupo de Práticas em Direitos Humanos e Direito Internacional e desenvolve o trabalhos sobre desarmamento. Wittmann participou da cerimônia das assinaturas do Tratado de Proibição das Armas Nucleares, que teve lugar na ONU, em Nova Iorque, Estados Unidos. O Tratado faz com que as armas nucleares sejam definitivamente consideradas ilegais no cenário internacional.
No dia 24 de novembro, Cristian estará palestrando na III Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão, apresentando o trabalho do seu Grupo e a inserção desse no ICAN e, sobretudo, desenvolvendo o tema do desarmamento nuclear. O tema é atual e diz respeito à sobrevivência da vida no planeta, aos conflitos internacionais e ao domínio das grandes potências em temas que transcendem os limites das nações. Diz respeito, sobretudo, ao direito à paz.