Feiras quilombolas no Campus Anglo
A partir do mês de julho, no prédio do Anglo (proximidades do bar/restaurante), estará ocorrendo uma Feira Quilombola, um dia ao mês. As feiras de artesanato quilombola já vêm acontecendo em espaços da universidade, e também da cidade, desde abril do ano passado, viabilizadas pelo projeto de extensão “Etnodesenvolvimento e Direitos Culturais em Comunidades Quilombolas e Indígenas”, desenvolvido no âmbito do Instituto de Ciências Humanas e coordenado pela Profª. Rosane A. Rubert.
Este projeto de extensão, em vigência desde 2014, vem desenvolvendo várias ações em comunidades quilombolas e de remanescentes indígenas da região, tais como: assessoria organizacional, reconstituição e registro de memórias e saberes, organização de grupos de produção. Uma das atividades diz respeito diretamente à organização de grupos de artesãs nas comunidades de Maçambique (Canguçu), Nicanor da Luz (Piratini) e Vó Elvira (Pelotas), o que comporta mediar a abertura de espaços alternativos de comercialização. Estas atividades artesanais, por meio de técnicas diversas (customização, crochê, fuxico, tear de prego, etc.), buscam valorizar todo um conjunto de saber-fazer destas comunidades, potencializando-o como alternativa de geração de renda. As ações vêm recebendo apoio logístico da Cáritas Arquidiocesana de Pelotas, por meio da aprovação de projetos de financiamento para a compra de matéria-prima.
A Coordenadoria de Patrimônio Cultural e Comunidade, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPEL, tornou-se parceira desta ação do projeto, o que viabilizou a abertura deste espaço do prédio do Anglo para realização da feira nos seguintes dia:
– 05 de julho (quarta-feira), das 9 às 17hs
– 03 de agosto (quinta-feira), das 9 às 17hs
– 06 de setembro (quarta-feira), das 9 às 17hs
– 04 de outubro (quarta-feira), das 9 às 17hs
– 06 de dezembro (quarta-feira), das 9 às 17hs
No mês de novembro, a Feira fará parte da programação do IV Congresso de Extensão e Cultura. A novidade destas feiras, em relação às que vinham acontecendo, será a disponibilidade de produtos hortigranjeiros, não apenas artesanais.
A comunidade acadêmica terá oportunidade, desta forma, de conhecer e interagir, ainda que parcialmente, com a realidade destes grupos que muito contribuíram para a formação sociocultural regional.