Laboratório Multilinguagens
Coordenação: Prof.a Rita Ramos
Coordenação Adjunta: Prof.a Rose Miranda
Bolsista de Extensão: Hynaiara Vieira Botelho
O projeto Laboratório Multilinguagens – LAM é subprojeto do Programa de Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores – LIFE, presente na UFPel desde 2012.
De cunho interdisciplinar, oferta oficinas didáticas para professores e estudantes da Educação Básica, com vistas a promover diferentes práticas de ensino para uma aprendizagem de qualidade, envolvendo estudantes da Universidade na criação e promoção destas oficinas, tanto na modalidade presencial quanto a distância.
Além das oficinas, os participantes do projeto estudam e criam e adaptam materiais didáticos disponibilizados à comunidade por meio de vídeos produzidos pelo LAM, os quais fazem parte do repositório do portal do Youtube: Laboratório Virtual Multilinguagens, acessível em https://www.youtube.com/channel/UCA-z969VXnk9gQqVbN7llcg.
Pensando na criação de conceitos a partir do enfrentamento de situações, o LAM apresenta por meio do diálogo Escola-Universidade-Comunidade a constante busca por soluções aos problemas apresentados pela comunidade escolar, principalmente no que concerne às dificuldades de aprendizagem nas disciplinas escolares.
O Laboratórios Multilinguagens da UFPel visa promover a aprendizagem dos alunos que deste usufruem, bem como difundir e divulgar as pesquisas realizadas na Universidade para a Comunidade Escolar. Tem como objetivos específicos: – Atuar na formação de professores das redes públicas e privada na sua formação inicial e em serviço; – Apoiar os usuários dos Laboratórios Multilinguagens através de projetos de extensão; – Propiciar espaço e materiais para o desenvolvimento de estágios curriculares através de oficinas; – Servir de espaço de implementação e desenvolvimento de pesquisas educacionais.
A aprendizagem, segundo Vergnaud (2009) se dá mediante o enfrentamento de situações para as quais os sujeitos necessitem criar mecanismos de resolução, ampliando assim seu repertório de esquemas e possibilitando a organização de novos conhecimentos. A aprendizagem não se dá pelo conhecimento de materiais didáticos, mas pode evoluir pelos questionamentos e inferências que o uso dos materiais como suporte proporcionam.
A experimentação pode ser um auxílio para tais construções, no sentido de propiciar situações para as quais os participantes do projeto ponham em ação seus conhecimentos. Para além da manipulação de materiais, o diálogo com outros participantes é parte essencial da construção das práticas pedagógicas.
Outrossim, o projeto se justifica pela necessidade de dialogar com a Escola, trazer para a Universidade as questões pertinentes aos professores e a partir daí criar soluções com vistas a ampliar o acesso dos estudantes a diferentes conhecimentos.
O LAM, por meio de oficinas didáticas, constitui-se como canal de escuta aos professores e estudantes da Educação Básica, também de criação e divulgação de soluções didáticas. Tanto os estudantes e professores dos diversos cursos que compõem o projeto, em suas ações interdisciplinares, quanto os participantes do projeto consolidam o tripé universitário, no sentido de trazer a demanda para o LAM, que por meio de pesquisa visa atender aos objetivos trazidos pela comunidade escolar e assim divulgar o conhecimento em vídeos didáticos, oficinas pedagógicas e publicações dos resultados.
Referência da justificativa: VERGNAUD, G. A criança, a matemática e a realidade. Curitiba: UFPR, 2009.
Para as ações presentes no LAM, se usam as seguintes etapas:
– Estudos teóricos referentes às demandas apresentadas pelos professores;
– Produção de material didático: apostilas, materiais manipulativos, jogos, vídeos e demais materiais;
– Implementação de oficinas didáticas;
– Reorganização das oficinas e dos estudos de acordo com os resultados apresentados pelos participantes.
Espera-se que o LAM oportunize aos participantes do projeto a reflexão sobre a própria docência, a construção de práticas pedagógicas pertinentes às necessidades enfrentadas nas escolas e a divulgação das ações.
Vitrine Matemática IFM/UFPel
Coordenação: Prof.a Patrícia Fantinel
Coordenação Adjunta: Prof.a Rita Ramos
O projeto de extensão “Vitrine Matemática IFM/UFPel” objetiva dar visibilidade aos três Cursos de Licenciatura em Matemática, do Instituto de Física e Matemática (IFM), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), cuja formação gratuita e de qualidade pode ser realizada em período integral, noturno ou na modalidade a distância. Em consequência, espera-se obter um acréscimo no número de inscritos nos cursos e a promoção da divulgação científica na área. Para isso, será realizado estudo da matemática recreativa, a fim de se realizar a confecção de jogos e outros recursos interativos e lúdicos, tanto físicos quanto virtuais, pertinentes para socialização e divulgação de saberes matemáticos em Mostras de Cursos da UFPel, eventos em escolas e no site do projeto. Além disso, haverá a organização e confecção de flyers com as informações principais dos Cursos e suas formas de ingresso, elaboração e fixação de uma linha do tempo que apresente os principais fatos da área da matemática e da educação matemática para revitalização do espaço físico dos cursos, no Campus Capão do Leão e no Campus Anglo e elaboração e aplicação de questionários de satisfação voltados à avaliação dos recursos produzidos. Como a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento social e econômico de qualquer região, a disponibilidade de professores qualificados na área de matemática desempenha um papel crucial nesse processo, assim a implementação desse projeto irá propiciar um canal de comunicação entre a universidade e estudantes que concluíram ou concluirão o ensino médio, o que poderá auxiliar na redução da distorção do vínculo dos ingressantes na graduação procedentes do ensino médio público, bem como no déficit de professores de matemática na educação básica do RS. Além, de permitir aos discentes de graduação participantes uma nova visão do próprio Curso e de sua profissão.
Divulgar os Cursos de Licenciatura em Matemática, do Instituto de Matemática e Estatística, da Universidade Federal de Pelotas, em espaços como Mostras da Universidade, em escolas de Ensino Médio de Pelotas e no site do projeto, utilizando a matemática recreativa para confecção de jogos e outros recursos interativos e lúdicos tanto físicos quanto virtuais, com intuito de aumentar o número de inscritos e promover a divulgação científica na área matemática.
Segundo Censo da Educação Superior 2022 a rede privada garante uma participação de 78% do sistema de educação superior e continua crescendo, tendo em 2022 o aumento de 6,6%. Já a rede pública, depois da expressiva queda observada em 2020, retornou ao patamar pré-pandemia.
Embora grande parte dos ingressantes na graduação são procedentes do ensino médio público, a grande maioria vincula-se a Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. Essa inversão pode ter alguns fatores como: perfil de oferta, falta de informação sobre a gratuidade e as formas de ingresso nas IES públicas. É observado que o perfil de oferta entre as IES privadas e públicas difere em termos de modalidade e turno, sendo maior concentração de cursos a distância e cursos presenciais noturnos em instituições privadas.
Ainda nessa avaliação aponta-se o aumento substancial nos últimos anos do número de ingressos em cursos de graduação a distância. O número de ingressantes em cursos presenciais vem diminuindo desde 2014. Em 2021, foi registrado o menor valor dos últimos 10 anos. Em 2022, foi registrado uma quebra dessa tendência e o número de ingressantes em cursos presenciais voltou a subir.
Como já apontado, segundo a categoria administrativa, as matrículas de graduação presenciais, em geral, são noturnas (54,0%). Também são noturnas as categorias: privada com fins lucrativos (67,5%), municipal (62,9%) e privada sem fins lucrativos (62,2%). Contudo, as categorias federal e estadual apresentam uma concentração no turno diurno, de 69,7% e 58,6%, respectivamente.
No que se refere ao grau acadêmico, as licenciaturas continuam com o índice de menor escolha dos ingressantes (16,6%) em relação aos bacharelados (53,7%) e tecnológicos (29,1%). Essa distribuição permanece inalterada considerando-se a modalidade presencial ou a distância.
Dentre os cursos de licenciatura, prevalece o curso de Pedagogia com quase a metade dos alunos matriculados (49,2%), mesmo o curso de Matemática tendo a terceira colocação, em 2022, o número de matriculados corresponde a apenas 5,6%.
O estudo do Observatório SESI da Educação 2021 estimou a demanda futura de professores para a educação básica no estado do Rio Grande do Sul (RS), sendo observado que o número de professores diminui 4 vezes mais do que a redução do número de estudantes da educação básica. Assim, estima-se um déficit de 10.000 professores na educação básica no RS em 2040.
Nesse estudo são apontados alguns fatores que corroboram com o déficit de professores, como a “escassez oculta”, que não se trata apenas de uma falta de professores em números absolutos, mas a falta de professores com as qualificações adequadas para atuar em determinadas áreas do conhecimento ou atender a determinados requisitos pedagógicos. No caso de nosso estado, a escassez oculta se manifesta em todas as etapas de ensino, em particular na matemática temos uma inadequação de docentes atuando na área do componente na faixa de 25% no Ensino Fundamental. Além disso, as taxas de evasão dos cursos de licenciatura
em matemática, de 2018 a 2021, foi de 68%, a taxa de conclusão de 30% e a taxa de permanência de 2%.
Esses dados corroboram para realização desse projeto que visa dar visibilidade aos três cursos de licenciatura em matemática, do Instituto de Física e Matemática (IFM), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) a fim de aumentar o número de matriculados nos mesmos. O que consequentemente poderá auxiliar na redução da distorção do vínculo dos ingressantes na graduação procedentes do ensino médio público, bem como no déficit de professores de matemática na educação básica do RS.
Como a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento social e econômico de qualquer região, a disponibilidade de professores qualificados na área de matemática desempenha um papel crucial nesse processo, assim a implementação desse projeto irá propiciar um canal de comunicação entre a universidade e estudantes que concluiram ou concluirão o ensino médio, através da participação da equipe nas Mostras de Cursos da UFPel, de divulgação em escolas parceiras, pela divulgação dos resursos virtuais construídos e disponibilizados na página do projeto.
Todo recurso produzido, seja físico ou virtual, estará vinculado a matemática recreativa, a fim de dar visibilidade ao conhecimento matemático numa perspectiva motivadora, criativa, de experimentação e que promova um sentimento positivo sobre a matemática.
Inicialmente a equipe realizará o estudo, adaptação e construção de recursos da matemática recreativa pertinentes para socialização e divulgação de saberes matemáticos em mostras de cursos da UFPel e eventos em escolas.
Será solicitado website na plataforma institucional para posteriormente, se definir a melhor adaptação dos recursos produzidos para experiências interativas e atividades lúdicas virtuais a serem divulgadas no site criado.
Para distribuição aos estudantes concluintes ou em fase de conclusão do ensino médio serão organizados e confeccionados flyers com as informações principais dos cursos de licenciatura em matemática IFM/UFPel e as formas de ingresso nos mesmos.
A equipe auxiliará na revitalização do espaço físico dos cursos de Licenciatura em Matemática, no Campus Capão do Leão e no Campus Anglo, com a elaboração e fixação de uma linha do tempo que apresente os principais fatos da área da matemática e da educação matemática.
A equipe se colocará a disposição das coordenações dos cursos e escolas parceiras para mediar a exploração, dos estudantes que concluíram ou concluirão o ensino médio, de elementos da matemática recreativa mediante a realização de experiências interativas e atividades lúdicas.
Haverá atualização de recursos virtuais no site ao longo do projeto, visando sempre a construção de materiais mais interativos.
Será elaborado e aplicado questionários de satisfação voltados à avaliação dos recursos produzidos.
Espera-se com o projeto propiciar:
* um canal de comunicação entre a universidade e estudantes que concluiram ou estão concluindo o ensino médio, a partir da interação com recursos elaborados para divulgação científica da matemática e dos cursos de licenciatura em matemática do IFM/UFPel;
* o aumento na inscrição de acesso aos cursos de licenciatura em matemática do IFM/UFPel, seja pelo PAVE, SISU ou outros processos seletivos adotados pela Universidade;
* a partir das atividades de matemática recreativa mostrar aos estudantes que a Matemática pode ser uma experiência divertida e prazerosa e
* aos discentes de graduação participantes uma nova visão do próprio Curso e de sua profissão.