O Ministério da Previdência Social (MPS) divulgou em Outubro o AEPS 2012

aeps2012

O Ministério da Previdência Social (MPS) disponibilizou no último mês (Outubro) o seu Anuário Estatístico da Previdência Social 2012 (AEPS 2012). Os dados divulgados no AEPS costumam inspirar reflexões e servir como base para a redação de artigos acadêmico-científicos. Sendo assim, vale à pena dar uma visitada no website do MPS e examinar os dados existentes por lá.

Obtenha as tabelas em Excel (arquivo .zip) do AEPS 2012 clicando AQUI

Para consultar a página completa de estatísticas do MPS clique AQUI

Abaixo segue um texto que exalta melhorias no campo da SST tomando por base o APES 2012. Contudo, as variações dos índices ao comparar o ano de 2012 com anos anteriores não são assim tão significativos e, portanto, o texto revela-se um pouco equivocado quando comemora algo que talvez não seja estatisticamente significativo frente a tantas variáveis que envolvem a saúde e segurança do trabalhador no Brazil. Mesmo assim, sempre vale à pena ler estes materiais para saber o que alguns pensam a respeitos do assunto. Boa leitura!!

O Ministério da Previdência Social (MPS) acaba de divulgar o AEPS 2012 – Anuário Estatístico da Previdência Social com as estatísticas de acidentes de trabalho ocorridas no ano passado. A pesquisa revela dados positivos, como a redução no número de acidentes no ambiente ocupacional em relação a 2010 e 2011. Ao todo, foram registrados 705.239 casos, contra 720.629 em 2011 e 709.474 em 2010. Os óbitos também apresentaram uma pequena redução, com 2.731 em 2012, sendo que em 2010 foram 2.753 e 2.938 em 2011.

O número de acidentes com CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) registrados em 2012 foi de 541.286, seguindo uma média parecida com a de 2011, que contou com 543.889 CATs emitidas. Do total de acidentes, os considerados típicos alcançaram 423.935, enquanto os de trajeto chegaram a 102.396 e os motivados por doenças ocupacionais atingiram 14.955. O número de acidentes de trabalho não registrados por meio da CAT foi menor que nos anos anteriores, ficando em 163.953.

O AEPS ainda traz informações sobre os CIDs (Classificação Internacional de Doenças) mais presentes entre os trabalhadores no ano. Os principais se referem a problemas nas mãos, como ferimento do punho e da mão (69.383), fratura ao nível do punho e da mão (49.284) e traumatismo superficial do punho e da mão (33.908), dorsalgia (35.414) e luxação, entorse e distensão das articulações e ligamentos ao nível do tornozelo e pé (28.802), entre outros. Já as partes do corpo mais atingidas foram dedos (132.735), pé (41.437), mão (40.445), joelho (27.623), além de partes múltiplas (21.590).

A maioria das regiões apresentou queda no índice de acidentes de trabalho em relação a 2011, exceto o Centro-Oeste. Em 2011 a região teve 49.701 subindo para 50.318 em 2012. A região Norte contabilizou 32.273 acidentes de trabalho, a Nordeste 92.257, a Sudeste 395.669 e a Sul 153.652.

Além disso, houve redução no número de óbitos em todas as regiões do País. O Sudeste contou com o maior índice, reduzindo de 1.376 em 2011 para 1.299 acidentes em 2012. As demais regiões atingiram números parecidos com o ano anterior. O Norte teve 200 óbitos, o Nordeste, 384; o Sul, 535 e o Centro-Oeste, 313.

Fonte: Revista Proteção

Desarticulado em Porto Alegre um esquema ilícito envolvendo embargo e interdição de obras

Não cabe julgar primariamente a empresa e envolvidos citado abaixo. Contudo, vale à pena divulgá-la visto que aponta a suspeita de atos ilícitos em áreas de conhecimento que envolvem a vida e a saúde dos trabalhadores. Pelo que consta na notícia apresentada abaixo o esquema foi desarticulado a tempo de não causar consequências ainda mais perversas. Do ponto de vista do aprendizado, este evento é muito útil para que o profissional da área de SST não tenha uma visão demasiadamente romântica ao se deparar com demandas em SST. É sempre útil e recomendável olhar todas as condições de contorno com cuidado antes de dar um parecer equivocado. Boa leitura!

Polícia Federal detalha esquema para liberação de obras embargadas pela fiscalização

A Polícia Federal (PF) desarticulou nesta quinta-feira suposto esquema que teria como objetivo acelerar fim de embargos a obras na Região Metropolitana de Porto Alegre a partir da atuação de fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego.

Três pessoas foram presas preventivamente e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Operação W.

Foram presos um auditor-fiscal e um servidor administrativo da SRTE e o diretor de uma empresa gaúcha especializada em segurança no trabalho. O superintendente regional do trabalho no Estado, Heron Oliveira, é um dos investigados. A PF fez buscas em seu gabinete.

A empresa investigada ofereceria consultoria a construtoras com obras embargadas pelo auditor. Zero Hora apurou que trata-se da Worker Engenharia, com mais de 20 anos de mercado. Seu diretor, Antônio Barata, é um dos presos.

Os alvos do grupo seriam grandes empresas de construção, que, ao terem as obras interditadas, teriam pressa em retomar os trabalhos. Conforme a PF, muitas construtoras gaúchas seriam clientes da consultoria.

— O auditor detectava irregularidades e fazia o embargo. Então, a consultoria se oferecia para vender os serviços, e a obra era liberada em tempo recorde — explica o delegado do PF Aldronei Rodrigues.

A investigação ocorreu após a SRTE comunicar à PF indícios de irregularidades por parte de alguns servidores. O trabalho começou em julho deste ano e deveria ser concluída apenas no início de 2014, mas teve de ser antecipado porque um auditor, que não pertencia ao esquema e embargaria uma obras protegida pela quadrilha, seria alvo de atentado.

Procurada, a Worker não respondeu à reportagem. E os celulares de Heron Oliveira estavam desligados.

Repercussões

Conforme o chefe da seção de fiscalização da SRTE, José Carlos Panatto Cardoso, a PF foi avisava imediatamente após a detecção de indícios de irregularidades por parte de alguns funcionários. A superintendência afirma que os auditores são capacitados para autuarem e embargarem as obras, e todos os pedidos de embargo passam pela análise do superintendente. A SRTE considera o caso isolado e diz que contribuiu com as investigações. Os servidores foram temporariamente afastados.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), Ricardo Sessegolo, afirma que as empresas de construção desconhecem esquemas movidos por consultorias para facilitar a liberação de obras embargadas, e a denúncia pegou os empresários de surpresa. A contratação de consultorias é considerado normal no setor.

Como funcionava o esquema, conforme a PF

— Um auditor-fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), órgão do Ministério do Trabalho, embargaria obras de grandes construtoras em Porto Alegre e na Região Metropolitana.

— Uma empresa de segurança do trabalho seria avisada da interdição por servidores do SRTE e ofereceria solução de problemas para retomar a construção com rapidez. Em alguns casos, engenheiros de construtoras receberiam comissão para indicar a empresa.

— A empresa de consultoria pagaria cerca de 5% do valor do contrato a servidores da SRTE para acelerar a liberação da obra. O auditor também receberia propina.

— Servidores da SRTE acelerariam a liberação da obra e dariam “salvo conduto” à construção, prometendo que não voltaria a ser interditada pelos fiscais do trabalho.

— Um auditor que não participava do esquema estaria se preparando para embargar uma construção em Gravataí, protegida pelo suposto esquema. A empresa teria encomendado um atentado contra esse fiscal.

— Um caminhão seria usado para provocar um acidente com o automóvel do auditor durante o deslocamento entre Porto Alegre e Gravataí, na freeway. Para evitar o suposto atentado, a PF antecipou as prisões, que estariam previstas para março de 2014.

Fonte: Zero Hora (31/10/2013 | 22h27)

Quatro empresas deverão ressarcir R$ 3,4 milhões aos cofres do INSS por quatro acidentes de trabalho em SP

Créditos da imagem: Joheser Pereira/AscomAGU

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Segue mais um caso interessante que mostra o quanto a Saúde e Segurança do trabalhador podem ser um bom investimento! Boa Leitura!

AGU obtém decisões para ressarcir R$ 3,4 milhões aos cofres do INSS por quatro acidentes de trabalho em SP

A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve sentença favorável em quatro ações regressivas acidentárias para ressarcir R$ 3,4 milhões aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os acidentes de trabalho, nos quais foram comprovadas condutas negligentes dos empregadores, ocorreram em três municípios de São Paulo.

A Procuradoria-Seccional Federal (PSF) em São José do Rio Preto ajuizou as ações contra duas usinas de açúcar e álcool e uma montadora de carrocerias de caminhão. Os procuradores que atuaram no caso defenderam a tese de responsabilização das empresas pela ausência de recursos de proteção dos trabalhadores, o que resultou em quatro mortes e na invalidez de um deles.

Os valores dispendidos pelo INSS com o pagamento de pensão por morte aos dependentes dos trabalhadores mortos e com o auxílio previdenciário pelo afastamento do segurado passaram, então, a ser cobrados judicialmente para indenização dos cofres públicos.

Casos

A ação contra a Usina Moema Açúcar e Álcool Ltda., no município de Orindiúva, foi ajuizada em razão do falecimento de um dos funcionários. O corpo foi prensado entre veículos da empresa ao fazer engates de carretas, em terreno com declive e sem qualquer dispositivo de proteção. O pedido de ressarcimento dos valores pagos à viúva do trabalhador com pensão por morte, bem como das parcelas do benefício a vencer, foi calculado em R$ 700 mil. A 4ª Vara Federal em São José do Rio Preto julgou procedente o pedido.

A empresa Açúcar Guarani S/A também foi condenada a indenizar o INSS por não observar as normas de segurança na sua unidade industrial da cidade de Olímpia. O rompimento de um evaporador que continha água fervente e soda cáustica provocou a morte de um trabalhador e sequelas irreversíveis em outro. O acidente teve como causa principal o estado inadequado do equipamento e das instalações do estabelecimento. Com a decisão favorável proferida pela 3ª Vara Federal em São José do Rio Preto, a expectativa de ressarcimento decorrentes da pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-acidente é de R$ 1 milhão.

A empresa também foi considerada culpada por outro acidente de trabalho, na mesma unidade, que causou a morte um funcionário, mais uma vez em razão do estado inadequado do equipamento e das instalações do estabelecimento. A 4ª Vara Federal em São José do Rio Preto julgou procedente, condenando a empresa ao pagamento ao INSS dos valores correspondentes à pensão por morte e as parcelas que ainda vão vencer, num total previsto de R$ 1,150 milhão.

O quarto caso ocorreu na empresa M. Gandolfo ME, onde um trabalhador morreu após cair de uma altura de mais de dois metros, sem a utilização de equipamentos de segurança, e em estado de fatiga devido à excessiva jornada de trabalho. A 3ª Vara Federal em São José do Rio Preto (SP) proferiu sentença assegurando ao INSS o ressarcimento estimado em R$ 560.000,00, relativo ao pagamento de pensão por morte à viúva do funcionário.

A procuradora Paula Cristina de Andrade Lopes Vargas e o procurador Hernane Pereira, que atuaram no encaminhamento das ações regressivas ajuizadas pela PSF/São José do Rio Preto, destacam que as ações regressivas acidentárias possuem dois importantes objetivos. O primeiro é recuperar os gastos suportados pelo INSS com as prestações sociais acidentárias, devido ao pagamento de pensões por morte dos segurados e benefício por incapacidade. Outra função é a prevenção de futuros acidentes do trabalho.

O caráter pedagógico da medida consiste na percepção de empresas e empregadores de que o investimento em ações de prevenção de acidentes do trabalho é muito menos dispendioso do que uma eventual condenação de ressarcimento, levando à criação de uma cultura empresarial preventiva, tendente a evitar danos pessoais aos trabalhadores, preservando, assim, o bem mais precioso, que é a vida dos trabalhadores“, salientou o procurador Hernane Pereira.

A PSF/São José do Rio Preto/SP é unidade da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.

Ref.: Processos nº 0005049-66.2010.4.03.6106; nº 0003348-70.2010.4.03.6106; nº 0006976-67.2010.4.03.6106; nº 0002457-15.2011.4.03.6106 – 3ª e 4ª Varas Federais de São José do Rio Preto/SP.

Fonte: autor: Wilton Castro – AGU

Palestra no âmbito do Projeto Cultura de Segurança desde Criança

Gilmar Dutra - Ecovix

Gilmar Dutra – Ecovix

Ocorreu nesta sexta-fera (11/out) uma palestra proferida pelo Técnico de Segurança do Trabalho Gilmar Dutra, funcionário da Empresa Ecovix, nas dependências da UFPel. A atividade foi realizada no âmbito do projeto Cultura de Segurança desde Criança (Conheça-o AQUI). Esta atividade atende parcialmente a proposta do projeto no que compete à realização de oficinas e fóruns sobre o tema Saúde e Segurança envolvendo discentes da Universidade, onde discute-se elementos a serem considerados ao levar à comunidade atendida pelo projeto os assuntos abrangidos.

Este projeto passou a partir do mês de outubro a contar com a parceria e apoio das empresas Ecovix e Cenci, que já doaram neste primeiro encontro diversos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), os quais serão usados como material didático durante os encontros com as crianças nas escolas.

Gilmar Dutra - Ecovix

Gilmar Dutra – Ecovix

Veja mais fotos do evento clicando AQUI.

Att.,

Prof FRANZ