X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
Sinopse:
“Mutantes são caçados pelos Sentinelas no futuro. Robôs gigantes criados por Bolívar Trask (Peter Dinklage) que tanto podem matar bandidos quanto mutantes. O professor Charles Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen), Tempestade (Halle Berry), Kitty Pryde (Ellen Page) e Wolverine (Hugh Jackman) vivem em fuga na busca de como evitar que os mutantes sejam destruídos. A única maneira é enviar a consciência de Wolverine ao passado, nos anos 70. Lá ele poderá encontrar os jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) para juntos impedirem o futuro trágico.”
Querem saber? Gostei muito! Gostei do roteiro, gostei dos efeitos especiais, dos atores em cena, gostei até do 3D. Dirigido muito bem e mais uma vez por Bryan Singer, de X-Men e X-Men 2, começa num futuro ameaçador para os mutantes. Todos estão sendo perseguidos até a morte por gigantescos robôs meio parentes de Transformers e O Exterminador do Futuro.
Esses robôs foram construídos a partir do gene de Mística (Jennifer Lawrence) e são usados com autorização do governo. Trask os criou provando ao governo que são necessários na exterminação dos mutantes, o que leva Mística a matá-lo por tudo o que já fez contra eles. Acontece que matando Trask ela também prova ao governo que os mutantes podem ser perigosos.
Xavier e Magneto resolvem usar os poderes de Kitty Pride para que Wolverine volte ao passado, entre em contato com os dois na juventude e os convença a procurar por Raven evitando o mal do futuro. Só assim todos poderão conviver pacificamente e sem perseguições. O retorno não será fácil, convencer os dois jovens malucos e problemáticos também não será fácil e conversar com Mística será mais difícil ainda. Ela está certa que é o melhor a fazer.
Todos os personagens estão ótimos. Magneto e Xavier juntos quando jovens, também estão perfeitos. Tempestade (Halle Berry), que na época das filmagens estava grávida, está de volta e o principal é que estando por dentro ou não da série, o roteiro faz questão de manter uma história coerente sustentando o interesse constante no desenrolar da trama. Além disso, os efeitos especiais estão eficientes e até o 3D a que tenho me referido com desdém nos últimos comentários está inserido no contexto.
Há uma tensão entre o passado e o futuro que não se esgota e faz crescer o suspense. Mas o melhor é que o humor está presente ainda assim, sem prejudicar a trama. Uma das cenas que une tensão e humor é quando Xavier, Magneto, Wolverine e Mercúrio são surpreendidos pelos guardas do Pentágono e Mercúrio consegue desarmá-los, colocá-los em situações trocadas e desviar as balas dos amigos com o poder de sua rapidez. Ele brinca com isso e não há como não achar graça.
Um parágrafo à parte para falar de Raven/Mística/Jennifer Lawrence: essa garota vai longe! Mesmo que em princípio tenha sido escolhida por motivos de marketing tem um ótimo desempenho. Séria, ameaçadora, ao mesmo tempo doce e enigmática, Mística é a heroína perfeita, pois um de seus poderes é o de se transformar em quem quiser, além de lutar muito bem. Seu personagem é decisivo na história.
Hugh Jackman, que já provou ser um ótimo ator em Os Suspeitos, é o Wolverine em pessoa. Não tem para mais ninguém. Na primeira cena no passado arrancou suspiros da plateia feminina. Sua excelente forma física, aos 45 anos, dispensa maiores comentários. Além disso, é quase o mais alto em cena.
O final é ótimo, deixa aberto para qualquer outra continuação, que com certeza virá, e agrada a todos. Nota 10.