Tim Maia: Não há nada igual
Por Natália Redu
Em novembro chegou nas salas de cinema de Pelotas a cinebiografia do Tim Maia, e resolvi assistir. Não sou uma fã fervorosa do artista e nunca acompanhei a carreira do músico. Conheço algumas músicas e a fama de atraso/não comparecimento aos shows. No entanto, sabendo que é um dos grandes nomes da música brasileira, a opção parecia interessante.
De pronto, a película se destaca pelos atores escolhidos. Babu Santana, que fez o papel de Tim Maia adulto, representou com perfeição os gestos e bordões clássicos do cantor. George Sauma, que atuou como o Roberto Carlos, estava impecável: a fala, o figurino e os cabelos estavam muito semelhantes aos do Rei.
O filme é bastante divertido, arrancando gargalhadas da plateia. Tim Maia é representado com toda sua irreverência: desbocado, egocêntrico e teimoso, ao mesmo tempo em que é afável e carinhoso, principalmente com a mãe.
A película mostra toda sua trajetória: da infância humilde na Tijuca, onde entregava viandas, até o auge, com reconhecimento como compositor e cantor. Sua criatividade para compor e sua habilidade para criar melodias dançantes com funk e soul encantaram vários artistas, inclusive o ex-colega de grupo vocal, Roberto Carlos.
Com algumas adaptações, o filme é bem fiel ao livro que o inspirou. Ao menos é o que dizem alguns amigos que já leram o livro. O diretor Mauro Lima foi extremamente feliz ao montar a cena final do filme, retratando um dos grandes sucessos de Tim, “Você”. A cena é emocionante.
Segundo o site AdoroCinema, o filme está em cartaz em 139 cinemas brasileiros. Se você ainda não viu, não perca!