QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO
Por: Graça Vignolo de Siqueira
Sinopse:
“Um cachorro morre e reencarna várias vezes na Terra. Embora encontre novas pessoas e viva muitas aventuras, ele mantém sempre o sonho de reencontrar o seu primeiro dono, Ethan (Bryce Gheisar) seu maior amigo e o grande amor de sua vida.”
Mesmo após ter assistido o polêmico vídeo onde um dos animais da história sofre maltrato, já decidira que veria o filme. E o trailer tinha me feito lacrimejar, então esperava o pior.
Assisti em cópia dublada, à tarde, em uma sala do Cineflix do Shopping Pelotas quase lotada. E acreditem, não chorei.
O diretor sueco, Lasse Hallström, o mesmo de Sempre ao Seu Lado, com Richard Gere, mais uma vez comove a plateia com a história do cãozinho Bailey, que cresce ao lado de seu jovem dono.
Ele não só acompanha sua infância cheia de brincadeiras, como chega à idade adulta com Ethan, seu dono mais querido. Ethan faz de tudo para que seu pai o aceite em casa, tudo narrado pelo próprio cãozinho. O ator, na época com 10 anos, logo será visto em Extraordinário.
Adaptado do best seller A Dog’s Purpose, de W.Bruce Cameron, publicado em 2010, é contado a partir da visão de Bailey, que procura saber o propósito de sua vida. Josh Gad, pela quinta vez empresta sua voz a um animal, sendo ele também o dublador de Olaf, em Frozen.
A primeira parte do filme é muito boa e alegre, até que já mais velho, Bailey fica doente e morre, voltando na pele de Ellie, uma pastora alemã que ajuda a polícia em resgates. A partir daí a história ganha ares de drama mesmo.
Ellie também morre e volta na pele de um cãozinho pequeno muito engraçadinho, mas em nada se compara à Bailey. E mais uma vez ele morre e, já na quarta vida, se transforma no lindo cão Buddy.
A essa altura do tempo, em Sempre ao Seu Lado, eu chorava muito. Mas nesse, com tantas idas e voltas, as lágrimas já não faziam muito sentido. Confesso que a partir do trailer eu esperava mais.
O filme é bem feitinho, os animais muito fofos, as imagens são bonitas, a direção competente, mas parece que o roteiro está atrapalhado. De qualquer forma vale a pena para quem gosta de filmes “sessão da tarde”.
Nota: 9.