O moderno versus o tradicional

Por Fernanda Botelho

Entender como vem ocorrendo nos últimos anos, entre os brasileiros e no mundo, o processo de popularização do celular e porque o telefone fixo virou artigo em extinção hoje em dia serão assuntos abordados neste post. A grande transformação de conceitos vem ocorrendo porque as pessoas optam por ter a telefonia móvel ao invés da tradicional já que a primeira é mais barata e apresenta a vantagem da mobilidade.

Foto: Reprodução (http://bit.ly/1urY4mc)

Foto: Reprodução (http://bit.ly/1urY4mc)

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgadas no dia 18 de Setembro, cerca de 1,8 milhões (2,7% do total) de residências possuem telefone fixo no ano de 2013. Na pesquisa anterior, referente ao ano de 2012, em 1,9 milhões (3,0% do total) de domicílios existia esse meio de comunicação.

Não é de hoje que o telefone celular vem ganhando força não só no Brasil, mas no resto mundo também. No PNAD do ano de 2011, 26,6% dos domicílios só comunicavam-se pelo aparelho móvel. E hoje, no PNAD de 2013, há 53,1% de celulares circulando pelo país a fora.

Esse número sobre a telefonia fixa pode ser explicado pelo fato das pessoas da terceira idade estarem migrando para o celular e, assim deixam as empresas e órgãos tradicionais com o número residencial. A chegada das redes sociais também indica esse aumento, pois a mobilidade e praticidade de se comunicar com mensagens de textos ou aplicativos potentes atraem mais usuários a esses meios e repelem aos telefones fixos.

As novas práticas sociais através de dispositivos digitais, por um número cada vez mais representativo de cidadãos, alteraram a dinâmica das relações e se constituiu uma alternativa para as relações cotidianas, formando um novo ser social. Os meios tradicionais de comunicação sofreram um rápido processo de transformação e reformularam as interações da sociedade contemporânea.

Índices Regionais

Apuramos esses números na cidade de Pelotas. Entrevistamos 104 pessoas de diferentes idades e sexos.

Mais da metade dos entrevistados (62 pessoas) utilizam o celular na cidade. A maioria dos entrevistados que utilizam o serviço móvel tem entre 15 e 30 anos.

Em conversa com um idoso no centro da cidade, ele comentou: ”O telefone [fixo] lá em casa serve só para enfeite”. Isso deu-se em 28 cidadãos pelotenses, que tem telefone fixo, porém o principal meio para comunicar-se é o celular.

Os menores números ficaram entre aqueles que utilizam somente o telefone fixo (10 pessoas). E aqueles que não utilizam nenhum desses meios (4 pessoas) utilizam orelhões ou telefones de vizinhos para recados.

O telefone fixo torna a vida sem mobilidade e eficácia. Já o celular permite fluência e agilidade. Para as pessoas que vivem “correndo” para fazer suas atividades diárias o telefone móvel torna-se seu “melhor amigo”.

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