Espanha vence Argentina e conquista o seu segundo título mundial no basquete masculino
Por Luís Artur Janes Silva
Neste domingo (15), tivemos o encerramento do 18º Campeonato Mundial de Basquete Masculino, que aconteceu na China. Na decisão do Mundial, a Argentina, de Luís Scola, campeã em 1951 e vice no ano de 2002, enfrentou a Espanha, que havia conquistado a competição em 2006. Sem dar chances à seleção sul-americana, os espanhóis venceram pelo placar de 95 a 75, garantindo o segundo prêmio máximo na história do campeonato.
Liderada por Marc Gasol, pivô do Toronto Raptors, atual campeão da National Basketball Association (NBA) e por Ricky Rubio, armador contratado por outra equipe da poderosa Liga dos Estados Unidos, o Phoenix Suns, a seleção da Espanha anulou Scola, o grande destaque da Argentina no Mundial. O domínio ibérico foi tão amplo, que eles acabaram vencendo os quatro quartos da partida. Aliás, Gasol, Scola e Rubio foram escolhidos para a seleção do certame. Além disso, Rubio foi eleito o melhor jogador do campeonato. O francês Fournier e o sérvio Bogdanovic completaram o quinteto ideal da competição.
Na decisão do terceiro lugar, a França superou a Austrália pelo placar de 67 a 59. Vale lembrar que a seleção australiana, do polêmico Bogut, caiu diante da Espanha na semifinal, mas apenas na segunda prorrogação. Se para argentinos, espanhóis, franceses e australianos o campeonato foi positivo, a decepção ficou por conta dos Estados Unidos e da Sérvia. Os sérvios, os principais sucessores da antiga Iugoslávia, dona de cinco títulos mundiais (1970, 1978, 1990, 1998, 2002), e que tinham sido vice-campeões em 2014, ficaram com a quinta posição na China. A queda de patamar foi nítida, pois a seleção sérvia perdeu para a Espanha na segunda fase e para os argentinos nas quartas de final.
Mas, a maior decepção do Mundial foi a Seleção dos Estados Unidos, que mesmo comandada pelos experientes e vencedores técnicos Gregg Popovich e Steve Kerr, sentiu o peso de contar com um time sem as principais estrelas da NBA, e foi derrotada nas quartas de final pelos franceses e, no quadrangular que decidiu de 5º ao 8º lugar, pelos sérvios, na reedição da final do Mundial de 2014. Muito pouco para quem tinha vencido os dois últimos campeonatos e que possui cinco títulos na história da competição. Os estadunidenses, que participaram de todas as edições do certame, ficaram na sétima posição, a pior classificação do tradicional selecionado.
Enquanto isso, o Brasil que também participou de todas as edições do Mundial e que vinha em campanhas ascendentes, desde o vexatório 19º lugar de 2006, acabou desclassificado na segunda fase, ficando entre os dezesseis melhores do planeta. Treinada pelo croata Aleksandar Petrovic e contando com boas atuações de Anderson Varejão, Leandrinho, Alex e Benite, a nossa seleção passou invicta pela primeira fase, derrotando a Nova Zelândia, Montenegro e a Grécia, do melhor jogador da NBA na temporada regular de 2018-2019, Giannis Antetokounmpo. Mas, uma inesperada e dilatada derrotada para a República Tcheca, na abertura da segunda fase, colocou o Brasil na obrigação de vencer os Estados Unidos na rodada final desta etapa, algo que não aconteceu.
O Mundial de Basquete Masculino de 2019, serviu para que sete seleções garantissem vaga nos Jogos Olímpicos de 2020, que serão realizados em Tóquio. Assim, Argentina, Estados Unidos, Espanha, França, Austrália, Nigéria e Irã carimbaram o passaporte para o País do Sol Nascente. O Brasil tentará obter vaga para o Japão através do Pré-Olímpico, que deverá acontecer no início de 2020. Se a seleção brasileira não conseguir disputar os Jogos do ano que vem, a renovação do grupo de jogadores começará imediatamente.