Emergência climática: cenário de destruição em Pelotas

 Na segunda-feira (13), o trapiche do Laranjal caiu e seus pedaços foram encontrados no dique de contenção. Repórter fotográfica do Em Pauta acompanhou equipe da prefeitura e Corpo de Bombeiros

Maria Eduarda Lopes / Em Pauta

Na segunda-feira (13), as águas da Lagoa dos Patos e do canal São Gonçalo recuaram devido ao clima um pouco mais favorável aqui na região sul do estado. Em uma das zonas mais afetadas pelas enchentes, no Laranjal, o trapiche, que é um dos ícones turísticos da cidade e que havia sido reformado apenas há alguns meses, cedeu à pressão das águas que engolem a estrutura há dias. Os pedaços foram carregados até o dique de contenção de areias, feito com o intuito de desacelerar o avanço.

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No Laranjal, a Lagoa recuou o suficiente para que as ruas da orla ficassem visíveis novamente. As ruas residenciais continuam alagadas. Mesmo assim, os moradores aproveitaram para retornar às suas casas e verificar os estragos e reforçar as proteções, mas alguns habitantes da zona vermelha confundiram o recuo com uma falsa impressão de segurança. É válido relembrar que o fenômeno da falsa diminuição também ocorreu na manhã da semana passada, na quinta-feira (9), e à noite a laguna avançou com força e velocidade para os bairros. A prefeitura continua com dificuldades para medir o nível da Lagoa, e a divulgação para o público continua suspensa.

Em outras regiões, como nas Doquinhas e no Quadrado, o São Gonçalo invadiu as casas localizadas nas beiras, e apesar da diminuição e estabilidade do nível, a velocidade com que o canal retornava era rápida o bastante para causar correntezas.

No dia 16 de maio o nível do Canal São Gonçalo bateu o recorde histórico da enchente de 1941 e chegou a marca de 2,92 metros.

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