Duna: complexidade e imensidão

Parte Dois é maior que o primeiro filme em tudo. Adaptação do primeiro livro da saga Duna, de Frank Herbert, é concluída nos cinemas

Gabriel Medeiros / Em Pauta

Considerado um dos maiores livros da ficção científica mundial, Duna, de autoria de Frank Herbert, finalmente teve seu primeiro livro totalmente adaptado nas telas de cinema. Após o sucesso mundial do primeiro filme em 2021, o diretor e cineasta canadense Dennis Villeneuve seguiu para a conclusão final do primeiro volume de Duna, em 2024.

Com uma adaptação muito fiel ao livro escrito na década de 60, o diretor, desta vez, focou na imensidão e na exploração de diversos cenários que compõem o universo de Duna, algo que não foi devidamente aproveitado e explorado no primeiro filme, recebendo a crítica de muitos fãs da saga. Com o objetivo de concluir a primeira parte do filme, Villeneuve desenvolve um roteiro amarrado em relação ao livro, com cenas complexas que envolvem tudo aquilo pertencente a uma obra de ficção científica: ciência, política, dilemas e utopias. Entretanto, apesar do longa se passar em um futuro inimaginável, pelo menos por enquanto, o longa também aborda assuntos pertinentes que hoje perpetuam no cenário da política atual. Um desses assuntos trabalhados no livro e no filme é a busca pelo poder e influência política sobre determinado grupo ou região, o que leva consequências para todos que estão envolvidos na trama.

Nesse contexto de busca pelo poder, encontra-se Paul Atreides (Timothée Chalamet), predestinado através de uma profecia a ser líder do planeta Arrakis e dos fremen (arrakianos), ao qual é dominado e fortemente explorado pela Família dos Harkonnen e tem o apoio do Imperador Shaddam Corrino. Com diversas cenas impactantes, junto com a trilha sonora do renomado músico Hans Zimmer, o universo de Duna foi fielmente adaptado aos cinemas. Cenas de planos geral foram bastante exploradas nesse longa, sobretudo as cenas no planeta Arrakis, demonstrando a complexidade e a devida importância econômica do planeta, principalmente na comercialização das especiarias.

Além de trazer brilho nos olhos dos fãs da saga, Duna: Parte Dois também trouxe um elenco recheado de estrelas, entre elas Chani (Zendaya), uma jovem guerreira Fremen encarregada de guiar e proteger o messias, Paul Atreides, dos perigos de Arrakis. Outro nome bastante aclamado é o de Dave Bautista, conhecido por fazer o papel de Drax no Universo Marvel. No entanto, em Duna: Parte Dois o ator assume papel de Rabban, a Besta Harkonnen, sobrinho mais velho do Barão Harkonnen é escolhido para assumir o governo de Arrakis após o golpe contra a Casa Atreides, que matou o pai de Paul Atreides, o Duque Leto Atreides.

Com cenas de tirar o fôlego do espectador, a complexidade e a imensidão do universo de Duna é exaltada na parte dois, com cenários enriquecedores que mergulham e exploram, principalmente, a cultura, a esperança e a forte resistência dos Fremen em esperar o seu salvador, que os libertará da exploração dos Harkonnen. Explosões, guerra, vermes gigantes, magia e muita tensão esperam o espectador que pretende assistir a adaptação desta grandiosa obra de ficção científica, de Frank Herbert.

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