Confira como foi a Noite dos Museus 2022
Evento abre de forma gratuita museus de Porto Alegre durante uma madrugada
Por Letícia Vieira
Mesmo com o frio que assola Porto Alegre nos últimos dias, mais de 180 mil pessoas saíram em grupos durante a noite de sábado, 21/05, para participar da Noite dos Museus 2022.
O evento clássico da cidade, produzido pelo Instituto Noite dos Museus, traz a iniciativa de espaços culturais abrirem suas portas para o público madrugada adentro e de forma gratuita, visando incentivar o contato da população porto alegrense com a arte, música e literatura.
Em 2022, a programação retornou ao formato presencial após um ano de pausa e uma edição online. Havia 20 espaços culturais espalhados pela cidade.
Miguel Gasparinni, 21 anos, comenta: “Nunca participei do evento, sempre tive compromissos no dia, mas estou com altas expectativas e espero que seja uma experiência intensa, ser impactado por tantas obras em pouco tempo. O receio é de faltar tempo para ir a tudo, mas pretendo aproveitar a companhia dos amigos e o trajeto que montamos. A atmosfera da cidade esta me empolgando.”
Não conseguir visitar todas as 20 atrações durante a noite foi uma realidade para muitos participantes, com tantas pessoas nas ruas, as filas chegaram a durar mais de 1h para se ter acesso ao interior de um único museu. A alternativa encontrada por muitos foi aproveitar o estande de bebida parceira da edição, Blue Moon, atitude que infelizmente acabou gerando muito lixo após o evento.
Além dos museus, a edição deste ano contou com apresentações musicais no palco montado no centro da Praça da Alfândega, que foi eleita pela produção do evento como o ponto central de atividades. Barraquinhas de lanches como cachorro-quente, quentão, pipoca e bebidas alcoólicas também enfeitavam os caminhos da praça.
Por ser um evento noturno, das 19h as 01h, a segurança da região, realizada pelo 9º BPM, foi reforçada, várias viaturas faziam patrulhamento, duplas de brigadianos se encontravam em cada rua e uma ambulância estava estacionada ao lado do Farol Santander. Outro ponto positivo do evento foram seus recursos em prol da acessibilidade, várias atrações contavam com interprete de libras e meio de locomoção para cadeirantes.
Alguns museus fecharam mais cedo por se encontrarem em áreas residenciais, como o museu Júlio de Castilhos, informação que não foi divulgada pela direção do evento. Mas, apesar dos pesares, o sentimento geral no fim da noite foi o mesmo de Pedro Novaski: “Muito bom o evento, primeira vez que eu venho. Sou de Osório e queria vir desde 2019… Dois anos de espera depois e foi muito incrível.”