Brasil joga bem, mas entrega vitória certa nos minutos finais
Por Luís Artur Janes Silva
Nesta quinta (21), o Xavante voltou a atuar pela Série B do Campeonato Brasileiro. Após a derrota para o São Bento, o rubro-negro enfrentou o Atlético-GO no Bento Freitas. Válido pela penúltima rodada da Segundona Nacional, o duelo marcou a despedida do Brasil diante de seus torcedores nesta temporada. Já garantida na Série B para 2020, a equipe da Baixada teve uma atuação segura na maior parte do jogo, chegando a abrir vantagem de dois gols, mas acabou entregando o resultado nos minutos finais do encontro. O empate de 2 a 2 frustrou as esperanças de uma vitória rubro-negra no Bento Freitas e deixou os goianos com boas chances de garantir o acesso à Série A na próxima temporada.
O JOGO
Na primeira etapa, o Brasil abriu o marcador logo aos 4 minutos de jogo. O Xavante contra-atacou e a bola chegou aos pés de Eduardo Person, que chutou da entrada da área. O arqueiro Kozlinski deu rebote e Murilo Rangel completou para o gol, quase aos trancos e barrancos, mas também impedido, peculiaridade que não foi notada pela arbitragem.
O time goiano, que desde o início do jogo passava mais tempo com a bola nos pés, chegou com perigo aos seis minutos do primeiro tempo. Pedro Raul chutou à queima-roupa, mas Carlos Eduardo (que seria o grande destaque do Xavante na partida) mandou para escanteio. Adotando uma postura de espera e tentando jogar no erro do adversário, o Brasil passou a ceder espaços às movimentações do Atlético-GO.
Aos 13 minutos, o time de Goiânia teve a sua melhor chance de gol no primeiro tempo. Um pênalti que foi batido pelo lateral Nicolas e que acabou defendido por Carlos Eduardo. Acuado, o rubro-negro não conseguia surpreender a defesa atleticana e acabou passando sufoco. Aos 22 minutos, Person falhou e a bola sobrou para Aylon, que puxou o contra-ataque pelo lado esquerdo e, quando chegou próximo a área do Brasil, cruzou para Pedro Raul, que chutou a bola desviada e para fora. Aos 31 minutos, Pedro Raul passou a bola para Jorginho, que chutou rasteiro para segura defesa de Carlos Eduardo.
O Brasil voltou a atacar no final da primeira etapa, após jogada de combinação, que terminou com Guilherme Queiroz encostando a bola para Murilo Rangel, que arrematou colocado, mas o balão acabou saindo por cima da meta goiana. Finalmente, aos 50 minutos, os jogadores do Atlético tramaram e a bola sobrou para Pedro Bambu, que recebeu na entrada da área, chutou forte e rasteiro, mas Carlos Eduardo fez outra grande defesa.
No segundo tempo, o Brasil iniciou muito recuado e foi sufocado pelo Atlético. Sem saída de bola, o rubro-negro precisou ser paciente para brecar as ofensivas do time goiano. Aos 10 minutos, Matheuzinho chutou colocado e a bola passou raspando o ângulo superior direito do gol defendido por Carlos Eduardo. O drama xavante durou quinze minutos. Após este intervalo de tempo, os comandados do técnico Bolívar adiantaram suas linhas e passaram a incomodar a defesa goiana.
Aos 20 minutos, Queiroz e Rangel tabelaram e a bola sobrou para Ari Moura, que concluiu rasteiro. O balão passou raspando o poste direito da meta defendida por Kozlinski. O Brasil passou a atacar o Atlético-GO depois que o técnico Eduardo Barroca colocou jogadores mais ofensivos, enfraquecendo a contenção no meio campo do time goiano.
Aos 27 minutos, Eduardo Person fez grande lançamento que chegou em Ari Moura, que passou para o lateral Ednei. Após cruzamento rasteiro, o contestado Juba apenas encostou para o gol, marcando o segundo tento xavante e, praticamente, encaminhando o triunfo pelotense. Seis minutos depois, o perigoso Pedro Raul obrigou Carlos Eduardo a operar mais um de seus milagres. No lance seguinte, foi a vez do Brasil chegar com perigo. Ari Moura lançou Guilherme Queiroz, que teve a chance de matar o jogo. Queiroz chutou, mas o goleiro atleticano mandou para escanteio.
Quando a partida se encaminhava para o final e a vitória parecia sorrir para o Brasil, a reviravolta aconteceu. Com dois gols de vantagem, o rubro-negro da Baixada deveria ter esfriado o clima da partida, mas preferiu deixar o jogo vivo e pagou um preço alto por esta atitude. Quando o cronômetro marcava 44 minutos, Mike chutou dentro da área do Brasil e permitiu que Carlos Eduardo brilhasse.
Dois minutos depois (46), Mike cruzou, a bola passou por Rodrigo Rodrigues e sobrou para Pedro Raul, que encobriu Carlos Eduardo com um leve toque. O Atlético descontava. Mais um minuto e o time goiano obteve um escanteio, que foi cobrado com maestria. A bola caiu nos pés de Moraes, que chutou de primeira e garantiu a igualdade no placar. Festa atleticana, que comemora a possibilidade de fazer parte da Série A de 2020 e decepção xavante. O atordoado Brasil quase cedeu a virada aos 50 minutos, após Pedro Raul (o melhor jogador da partida) cabecear e colocar a bola no travessão.
Após o empate com sabor amargo, o Brasil ocupa a 13ª posição na tabela de classificação da Série B, somando 44 pontos. Mas, em compensação, o Xavante completou o quinto jogo de jejum no Nacional. Pior que isso, nas últimas cinco partidas que fez no Bento Freitas, o rubro-negro não venceu, colecionando quatro empates. O próximo jogo do time da Baixada, que marcará sua despedida do campeonato, acontecerá na terça-feira (26), às 19h, quando o Brasil enfrentará a Ponte Preta, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.