As vozes escondidas da cultura em Cidade Invisível

Jornalista cria projeto de jornalismo cultural independente com o intuito de propagar a cultura brasileira

por Amanda Freitas Kuhn/ Em Pauta

Cultura que transforma: Essas são as três palavras que definem o Cidade Invisível. Criado e idealizado pelo pelotense de coração e repórter, Leon Sanguiné, o CD nasce da vontade de fomentar o cenário cultural e artístico, abordando a cultura e a arte local, regional, nacional e internacional. O projeto independente de jornalismo cultural criou forma em agosto deste ano e já conta com mais de 20 reportagens.

Jornalista há 8 anos, Leon é editor-chefe do Cidade Invisível. Foto: Eduarda Jacobs

Até o momento, o Cidade Invisível é um “exército de um homem só”, como explica o repórter. Leon é o responsável por todas as etapas: produção, edição e divulgação nas redes sociais do projeto. Além do site (https://cidadeinvisivel.art.br/), também há o Instagram (https://www.instagram.com/cinvisivel_/).

Com um público fiel, a iniciativa está criando raízes on-line: “O retorno do público tem sido muito bom. De verdade. Claro que a gente ainda não tem um alcance gigante, mas já estamos começando a criar um público fiel e acredito que ele vá aumentar essa semana. Para isso, estamos planejando para os próximos dias entrevistas com artistas não só de Pelotas e do Rio Grande do Sul, mas também de outros pontos do Brasil, como de São Paulo e da Bahia, além do Distrito Federal”, compartilha Sanguiné.

Para o idealizador do portal, a cultura é transformadora: “O valor da arte está em transformar imediatamente o dia, a semana, a vida da pessoa que com ela tem contato. E isso pode acontecer das mais diversas maneiras. Pode ser simplesmente deixando a tarde de alguém mais agradável, fazendo refletir sobre a própria existência ou ao mudar paradigmas, abordando temas espinhosos e necessários da sociedade. Colocar no papel todo o sentimento do mundo é mais do que terapêutico, é uma necessidade para muita gente. E transformar essa necessidade em uma obra bonita, e que vai impactar a vida de outra pessoa que vai se identificar com essa produção, é absolutamente revolucionário”, afirma.

Origem

Com forte presença on-line, o projeto já conta com um público fiel nas redes sociais.

Apaixonado por cultura e pelo jornalismo cultural desde sempre, Leon explica que o projeto é uma oportunidade de manter a paixão viva: “O Cidade Invisível é isso também: uma forma de manter viva essa chama que nasceu dentro de mim e nunca morreu…Com o portal, eu também tenho a possibilidade de produzir conteúdo exatamente do jeito que eu sempre quis, estabelecer os meus próprios padrões de escrita, abordagem, do que de fato é notícia”, diz.

Cidade Invisível

Nosso foco é desbravar o império cultural brasileiro” destaca Leon.

O nome do projeto é inspirado no livro As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino, obra em que o viajante Marco Polo descreve a Kublai Khan as cidades conquistadas pela Dinastia Yuan. Devido à imensidão do império mongol, o Grande Khan não conhecia todos os seus lugares, e então contratou Marco Polo para relatá-las.

“A nossa ideia é essa: divulgar ao grande público tudo o que é feito de cultura no país dele mesmo e ajudar a fomentar discussões necessárias dentro do cenário da indústria criativa nacional”, destaca Leon.

Desafio financeiro

Por ser um veículo de jornalismo cultural independente, o projeto conta com a contribuição de leitores, com planos a partir de 1 real. “Ao máximo possível, não pretendo ter patrocínios de empresas no site – matérias pagas, então, jamais. Para isso, o portal depende muito, profundamente, dos apoiadores. Eles têm chegado junto nesses primeiros dias. Para ser um apoiador, basta acessar apoia.se/cidadeinvisivel e escolher qualquer um dos planos mensais a partir de R$ 1. Existem recompensas para todos eles também”, salienta o jornalista.

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