A vida e o cotidiano de Pelotas através da fotografia
Por Fabricio Lemos e Júlia Gonçalves
“Em cada humano uma história de Satolep”, esta é a filosofia do perfil @humanosdesatolep na plataforma Instagram. Com mais de 11 mil seguidores na rede social, o projeto vem ganhando cada vez mais apoio da comunidade.
Inspirado livremente no projeto Humans Of New York, o qual visava ressaltar por meio da fotografia a diversidade dos habitantes da cidade de Nova Iorque, o Humanos de Satolep foi fundado por Gustavo Mansur, em 2015, com o objetivo de mostrar os hábitos e peculiaridades dos personagens das ruas de Pelotas, tendo em vista o aumento da diversidade desta comunidade com a crescente chegada de estudantes por meio do Sisu e do Prouni, como apontou o criador da página em entrevista.
A equipe do projeto é composta por Gustavo Mansur, fotojornalista; Adenauer Yamin, professor na Universidade Católica de Pelotas e Gustavo Vara, também fotojornalista. Além disso, o perfil possui um caráter colaborativo, onde os próprios moradores da cidade podem contribuir através da utilização da Hashtag #humanosdesatolep para que dessa forma possam, também, narrar suas histórias.
A escolha do Instagram como a plataforma para difundir o projeto se deu ao fato da ferramenta possuir traços mais visuais e diretos, apresentando como resposta o imediatismo da interação e a adesão da comunidade à proposta do projeto. Porém, segundo o fundador, estas características não interferem na profundidade do que é dito ou mostrado: “Você vai encontrar ali, também, uma crítica social que atravessa as imagens compartilhadas. Há belas paisagens, há as belezas da cidade mas também há suas mazelas” diz Mansur.
Agora o projeto, com seus 3 anos de criação, ganha espaço durante o evento nacional da Primavera dos Museus, o qual tem a intenção de valorizar estes patrimônios culturais brasileiros a fim de também serem conhecidos pela população. O evento ocorrerá no dia 17 de setembro, às 18h. Nele o Museu Nacional do Doce, em Pelotas, ficará repleto das histórias dos Humanos de Satolep por intermédio da sua primeira mostra fotográfica com uma diversidade de fotos, entre elas profissionais e amadoras, as quais contemplam o projeto fotográfico. A entrada é franca e a comunidade é bem vinda para usufruir das suas próprias histórias e cultura.