DCE e sindicatos reúnem-se com reitoria da UFPel para tratar do retorno presencial e outras demandas
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) participou, na última quinta-feira (20), de uma reunião, junto de membros das entidades representativas dos docentes e técnico-administrativos (ADUFPel e ASUFPel), com integrantes da reitoria, para tratar do retorno presencial em 1º de agosto. No encontro, ainda foram apresentadas algumas dúvidas e demandas das categorias.
Um planejamento transparente e construído de forma coletiva foi cobrado pela a diretora da ADUFPel, Celeste Pereira. Foi ressaltado ainda a importância da garantia de segurança para o retorno, visto o recente aumento no número de casos de Covid-19 na região.
A reitora Isabela Andrade ressaltou as medidas que a Universidade segue mantendo como a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os espaços da instituição. A respeito da exigência do passaporte vacinal, foi informado que o controle do registro seguirá ocorrendo via Cobalto e, portanto, para se matricular no semestre 2022/1 da UFPel, todos estudantes devem realizar o registro, o que também valerá para os servidores.
Demandas estudantis
O DCE da UFPel apresentou à gestão questionamentos relacionados represamento de disciplinas e como a instituição vem trabalhando pra dar conta de ofertar estas vagas no próximos semestres, bem como dispor de salas comportem aquelas disciplinas que tiverem grande procura. A reitoria informou que a Pró-Reitoria de Ensino (PRE) vem trabalhando junto às Unidades e Colegiados no sentido de coletar os dados e garantir uma ampla oferta para disciplinas represadas.
Sobre pontos referentes a assistência estudantil, os representantes do DCE levantaram preocupações quanto aos horários ofertados pelo transporte de apoio, bem como a alta demanda no Restaurante Universitário (RU) da Santa Cruz, já verificada neste período. A preocupação é de que com a volta das aulas presenciais em sua totalidade, em agosto, longas filas voltem a ocorrer tanto no transporte de apoio, em especial para o Campus do Capão do Leão, quando no almoço do RU da Santa Cruz. Foi enfatizado o quando as bolsas e a assistência estudantil se tornam ainda mais imprescindível neste momento de crise e alta da inflação. Além disso, foi cobrado que a reitoria reivindique junto à Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito de Pelotas o retorno das linhas Anglo/Cohabpel e Balsa/Centro retiradas durante a pandemia.
O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Roberto Ferreira, se comprometeu em dialogar com a Secretaria de Transporte e Trânsito e levar a reivindicação de retornos das linhas. Informou também que mantém contato com o Núcleo de Transporte da UFPel sobre o transporte de apoio e iria propor uma análise de ampliação nas linhas da manhã. Nesta semana, a linha Capão do Leão-Pelotas ganhou um novo horário, com um ônibus saindo do campus Capão do Leão às 11h da manhã em direção a Pelotas. Por fim, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Rosane Brandão informou que acompanha a situação do RU da Santa Cruz, mas afirmou acredita que com o retorno presencial a busca deve se diluir nos outros RUs da Universidade. O RU do Anglo deve ampliar sua capacidade e acabar com o sistema de agendamento em agosto. Informou ainda que as bolsas dos Programa de Auxílio Moradia e Programa de Auxílio Deslocamento receberão um aumento, ambas não recebiam reajuste desde o ano de 2013.
O DCE UFPel, gestão DCE é Pra Lutar, seguirá acompanhando estas e outras demandas estudantis ao longo deste semestre. Também se coloca a disposição de todas e todos estudantes que queriam trazer suas reivindicações. O que pode ser feito via e-mail: dce@ufpel.edu.br ou presencialmente na sede do DCE confira horários.
Orçamento da Universidade
Outro ponto questionado na reunião foi sobre o cenário orçamentário da instituição, que tem afetado diretamente o funcionamento da UFPel nos últimos anos e se agravado cada vez mais no governo Bolsonaro. Os sucessivos cortes, segundo Paulo Ferreira, levaram a UFPel a assumir um déficit de R$ 5 milhões no ano passado. Como o orçamento deste ano permanece o mesmo, 2022 já iniciou com uma carência bastante significativa. Ele explica que essa situação coloca em risco os contratos vigentes e funcionários terceirizados. Por conta disso, tem reduzido as equipes de motoristas e porteiros.