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Após manifesto, UFPel assume compromisso com estudantes indígenas e quilombola para pagamento de bolsa permanência

Foto: Jô Folha/Diário Popular

O coletivo de estudantes indígenas e quilombolas da UFPel, organizado em ato de manifestação na manhã da última quarta feira (16/02) juntamente com o DCE UFPel marchou para o prédio da reitoria com brados de “Permanência, Já” e “Pelo indígena e quilombola, permanência agora” foi recebido nas dependências do gabinete da reitoria pela vice-reitora Úrsula Rosa da Silva e pelo pró-reitor de planejamento e desenvolvimento Paulo Roberto Ferreira Jr, ocasião na qual foram ouvidas as demandas dos estudantes, relatos de sobrevivência e resistência para permanecer na Universidade com um auxílio de R$ 500,00, o coletivo pedia um reajuste na bolsa, e ficou encaminhado que uma nova reunião aconteceria naquele mesmo dia às 19h para uma resposta aos estudantes.

Na reunião da noite, a gestão desta vez com a presença da reitora Isabela Andrade, comunicou que na ausência da Bolsa Permanência ofertada pelo do MEC, todos aqueles que ficarem sem o benefício federal, ganharão da UFPEL o auxílio no mesmo valor (R$ 900,00) e que o pagamento acontecerá a partir do mês de Abril. A reitora ainda reafirmou o compromisso em entender que os alunos indígenas e quilombolas são prioridade no que se refere à assistência estudantil e que se faz disponível ao coletivo sempre que necessário.

Fotos: CCS UFPel

Essa foi uma vitória do Coletivo que bravamente foi um busca de um direito básico, intransferível e de uma política reparatória assumida pela UFPEL. O Ministério da Educação aliado aos interesses políticos do Presidente da República trabalha arduamente para o boicote da comunidade Indígena e Quilombola nas universidades com um corte gigantesco na concessão dos auxílios do programa Bolsa Permanência no ano de 2022, e a UFPEL agora entra para o roll de instituições que assumem um compromisso que é do Governo Federal para que seja garantido o direto à educação, a permanência e a formação de alunos indígenas e quilombolas de todo o Brasil matriculados na Universidade.

Agora, o coletivo ficará atento, de sentinela, aguardando a demanda ser de fato concretizada. O Coletivo, que em breve será um Diretório Acadêmico reitera que sempre que for necessário atuará organizando manifestações, acampamentos e ocupações de espaços para que nossas vozes sejam ouvidas e ecoadas na comunidade acadêmica.

Publicado em 17/02/2022, na categoria Notícias.