Dentre os Grupos de Estudos/Pesquisa coordenados por docentes do PPGFIL com atividade regular, encontram-se os seguintes:
Grupo de Estudos sobre Filosofia Medieval.
Vigente desde maio de 2003, o Grupo de Estudos sobre Filosofia Medieval, tem como intenção, possibilitar aos alunos de graduação ou pós-graduação, a possibilidade de aprofundamento em determinados temas, problemas ou autores medievais. No entanto, sendo um projeto de extensão universitária, o grupo sempre teve em conta, algumas peculiaridades: não é uma atividade dedicada exclusivamente aos alunos do curso de Filosofia. Alunos de outros cursos da universidade participam e, mais ainda, as atividades estão à disposição da comunidade em geral, mesmo fora do âmbito universitário. E, de fato, a comunidade nunca deixou de se fazer presente.
Sendo um instrumento de estudo e de divulgação das pesquisas sobre filosofia medieval, o grupo, embora não tenha como objetivo precípuo a formação de pesquisadores, esta, no entanto, acaba por ser uma consequência, uma vez que um número de significativo de estudantes que passam pelo grupo acabam por direcionar suas pesquisas, ainda na graduação e, sobretudo, na pós-graduação, para temas de filosofia medieval.
O grupo de estudos, com suas reuniões semanais, vem sendo, há mais de vinte anos, um espaço muito especial de reflexão em torno de questões filosóficas relevantes do medievo: fé e razão, as relações entre poder temporal e espiritual, o problema dos universais, questões metafísicas, provas da existência de Deus, ética e virtude, são alguns dos muitos temas estudados.
É sempre com renovada satisfação que temos visto, sobretudo no início das atividades de cada ano, um significativo número de pessoas, a maioria constituída por jovens estudantes, procurar o grupo de estudos. Nem todos continuam acompanhando os trabalhos; é certo que alguns buscam apenas a legítima oportunidade de realizar uma atividade extracurricular que possa ser acrescentada ao histórico escolar; outros frequentam o grupo movidos pela curiosidade; outros ainda, envoltos no entusiasmo dos primeiros passos, ainda incertos, na vida acadêmica. Todos eles, no entanto, têm a oportunidade de conhecer melhor o trabalho filosófico da idade média.
Prof. Dr. Manoel Vasconcellos
Certificado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq:
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/813840
Grupo de Estudos Nietzsche UFPel
O Grupo de Estudos Nietzsche UFPel foi criado em 2003 como um projeto de extensão universitária dedicado a “reunir alunos e estudiosos da comunidade interessados em discutir questões relevantes do pensamento de Nietzsche, da filosofia e da cultura atual”. Sob a coordenação do professor Clademir Araldi, o Grupo iniciou suas atividades pela leitura de Humano, demasiado humano e pela recepção da edição itinerante do “XIV Encontros Nietzsche (homenagem a Gerd Bornheim)”, organizado pelo Grupo de Estudos Nietzsche da Universidade de São Paulo (GEN), que teve lugar na UFPel entre 26 e 28 de junho de 2003.
Consolidando-se em 2004 com a análise da obra Para além de bem e mal e pela organização do “XVI Encontros Nietzsche”, sediado em Pelotas entre os dias 14 e 16 de Junho, a partir de agosto de 2009 o Grupo passa a ser coordenado pelos professores Clademir Araldi e Luís Rubira. Destaca-se, neste novo ciclo, a realização do “XXVII Encontros Nietzsche (Brasil – França – Itália)”, realizado entre setembro e outubro de 2009, o qual contou com a presença de Céline Denat, Marco Brusotti, Patrick Wotling e Scarlett Marton.
Realizando anualmente com a comunidade em geral a exegese e o debate das obras do filósofo alemão, o GEN-UFPel contribuiu para a formação de mais de duas dezenas de mestres e doutores no âmbito do PPG em Filosofia da UFPel. Mantendo intercâmbio permanente com pesquisadores e grupos de pesquisa nacionais e estrangeiros (dentre os quais destacamos o GIRN e o HiperNietzsche), no ano de 2024 o Grupo Nietzsche UFPel realizou os Encontros Nietzsche Mercosul, reunindo 25 palestrantes oriundos da Argentina, do Chile, do Peru, do Uruguai e de diversas universidades de nosso país.
Prof. Dr. Luís Rubira
Certificado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq:
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/385591
Grupo de pesquisa Estética e Crítica da Modernidade
O grupo de pesquisa “Estética e Crítica da Modernidade”, criado em 2003, pretende investigar a ruptura no pensamento filosófico da modernidade ocorrida no século XIX, com o pensamento de Nietzsche. Além da crítica de Nietzsche à modernidade (nos seus vários âmbitos: moral, metafísica, cultura, arte, política, ciência), são investigados também os desdobramentos e repercussões dessa perspectiva de análise em filósofos como M. Heidegger e M. Foucault. Partindo da análise da crítica da moral de Nietzsche, e de sua abordagem naturalista dos fenômenos morais, abordamos a nova compreensão da modernidade que se instaura com a pretensão de estabelecer novos modelos de subjetividade, a partir da criação de valores, de novos tipos de homem e de novas formas de vida. Julgamos necessário aprofundar a discussão acerca do significado da filosofia nietzschiana, tanto no que se refere à crítica genealógica da filosofia tradicional (moral e metafísica), como em sua vertente criativo-construtiva.
Prof. Dr. Clademir Araldi
Certificado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq:
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/26396
Grupo de Estudos Hannah Arendt (GEHAr)
O Grupo de Estudos Hannah Arendt iniciou as leituras e as discussões dos textos da autora em outubro de 2009. Dele, além da coordenadora, Profa Sônia Schio participaram alunos da Graduação, do Mestrado em Filosofia da UFPel (iniciado em 2008) e pessoas da comunidade. Esse “ensaio” de pesquisa foi programado para a duração de 3 meses, ou seja, até dezembro daquele ano de 2009. Entretanto, ao final do período, os participantes decidiram que ele seria continuado em 2010, com horário no vespertino, isto é, entre as aulas da tarde e as da noite. Também foi escolhida a obra a ler comentada. Ele foi registrado na Pró-Reitoria de Extensão, momento em que os participantes começaram a receber certificação. Os próprios participantes elaboram os cartazes convidando os colegas.
A partir de 2013, os encontros passaram a ocorrer no turno da manhã. Em 2019, houve a comemoração dos “10 anos”. Em 2020, com a pandemia, as reuniões passaram a ser remotas (via Skype). Os artigos, oriundos do evento, atrasaram e foram publicados em 2023, na Dissertatio do PPGFil da UFPel. Em 2024, comemorou-se os “15 anos” ininterruptos do Grupo.
Os encontros, atualmente, são mistos: presenciais e remotos, pois desde 2021, há a participação de pessoas de outras cidades do RS e do Brasil. Nesses anos foram lidas variadas obras: Origens do Totalitarismo, A condição Humana, Entre o Passado e o futuro, Compreender, Pensar sem Corrimão, Eichmann em Jerusalém – os artigos, em completude, as obras, sempre que possível. Além destes, os artigos elaborados pelos componentes do GEHAr ou outros de interesses nas temáticas abordadas.
Profa. Dra. Sônia Maria Schio (Por ocasião dos 15 anos do GEHAr da UFPel)
Certificado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq:
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/786890
Grupo de Estudos Ecopolíticas e o Sul Global
O Grupo de Estudos Ecopolíticas e o Sul Global foi criado em 2023, procurando dar resposta às demandas de discentes e às suas preocupações com a questão ecológica e suas implicações para o Sul Global.
O objetivo do grupo é repensar o sentido das relações atuais entre ser humano, mundo e Terra, profundamente marcadas pelos processos de alienação, destruição e excesso cujo índice é a crise ecológica, assim contribuindo para o debate atual sobre os problemas sociopolíticos decorrentes da crise ecológica, por meio da produção de saberes que têm como ênfase de estudo as teorias críticas realizadas no Sul Global.
O Grupo de Estudos Ecopolíticas e Sul Global assume como premissa de trabalho o fato de a questão ecológica se ter tornado numa questão política transversal e de primeira ordem, de tal forma que toda a política se transformou numa Ecopolítica.
Assume também a perspectiva de que a melhor prática ecopolítica deve começar por um processo de descentramento crítico relativamente às perspectivas dominantes, sejam do ponto de vista político, econômico, cultural ou outros.
O recorte temático da ecopolítica poderá auxiliar não apenas na seleção do material de estudo, mas também na investigação da crise ecológica, assunto adjacente à crítica da colonialidade.
Essa problematização enquanto fio condutor permite que, para além das discussões sobre o problema, também seja possível verificar a elaboração de soluções ou, pelo menos, indicar caminhos possíveis.
(a) Privilegiar o estudo de autores/as e obras do Sul Global, sem exclusão de contributos relevantes provenientes no Norte Global;
(b) Adotar uma abordagem interdisciplinar e plural que terá como eixos a questão da colonialidade, a crítica da sociedade contemporânea, a análise filosófica das estruturas ontológicas e políticas que estão na sua origem;
(c) Considerar propostas éticas e políticas para uma habitação equilibrada e sustentável da Terra.
O Grupo de Estudos Ecopolíticas e Sul Global reúne uma vez por semana, em horário definido no início de cada semestre e devidamente publicitado nos espaços da universidade e nas redes sociais.
Prof. Dr. Nuno Castanheira
Registro no Portal Institucional da UFPel:
