Cláudia Celeste (1952-2018): a primeira atriz travesti a atuar em novelas brasileiras.

Era agosto de 1988 quando estreava na Rede Manchete a novela “Olho por Olho”. A trama ficou marcada na história do Brasil por ter sido a primeira vez em que uma travesti atuou do início ao fim em uma novela. Além de atuar, Cláudia era também cantora, dançarina, produtora e diretora.

Na música, criou com o marido Wagner Borges a banda Coisa que Incomoda. Na década de 70, fazia parte de espetáculos em casas de shows famosas do Rio de Janeiro em parceria com outras atrizes trans e travestis. Também competia em concursos de beleza, tendo ganhado títulos como o Miss Brasil Trans.

Celeste começou a explorar sua identidade de gênero enquanto estava servindo o Exército. Depois de servir, ela fez um curso e começou a trabalhar como cabeleireira em Copacabana, período no qual começou a transição.

Em 2022, quatro anos depois de sua morte, virou ilustração na página de buscas do Google, uma forma de homenagem à mulher que fez história no audiovisual brasileiro.