A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é um assunto bem interessante e até imprescindível para aquelas empresas que desejam buscar um equilíbrio entre uma boa performance sem descuidar-se do cuidado com seu trabalhadores. Para compreender este tema e tratá-lo, autores costumam dividi-lo em dimensões, dentre as quais, uma é a Segurança e Saúde nas Condições de Trabalho. A pergunta que fica é: como os profissionais que atuam diretamente na área de SST nas empresas estariam aptos a contribuir com a absorção da QVT nestes locais? A resposta não é tão simples ou óbvia. Pensando em responder a esta questão de pesquisa, a aluna Corintha da Trindade Dias Neta, da Engenharia de Produção, da UFPel, montou a pesquisa de seu Trabalho de Conclusão de Curso. O resultado de sua pesquisa mostrou algumas facetas bem interessante sobre os temas QVT e SST. Além disso, a sua proposta metodológica traz algumas características interessantes, que podem ser replicadas em outras pesquisas de mesmo formato. Clique no link e dê uma conferida no trabalho. Boa leitura e até o próximo post!
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Investigação sobre ações voltadas a qualidade de vida no trabalho e saúde e segurança do trabalho: Um estudo nas indústrias de alimentos na região de Pelotas
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“A indústria de alimentos concentra altos índices de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho no Brasil. Este setor tem sido tema recorrente de discussões por órgãos fiscalizadores referente as condições de trabalho, qualidade de vida e saúde e segurança no trabalho. Neste contexto o presente estudo tem por objetivo investigar a contribuição da segurança e saúde do trabalho na qualidade de vida no trabalho nas indústrias de alimentos na cidade de Pelotas/RS. Para isto, buscou-se material teórico para a compreensão do cenário estudado como também um estudo em campo com entrevistas com os profissionais da área de SST e análise do mesmo. Além disso, optou-se pela utilização do modelo de Walton para a realização das entrevistas. Os resultados indicaram que a maioria dos profissionais de SST tem conhecimento sobre o assunto e atuam principalmente no que se refere as condições dos ambientes de trabalho, tendo pouco envolvimento na organização do trabalho.”
Já está disponível a agenda de apresentações de trabalhos no 17ª Mostra da Produção Universitária – Extensão Universitária: Fazeres e Saberes Populares, dentro da programação geral do 17ª MPU. O evento ocorre na FURG, em Rio Grande paralelamente o CIC (Congresso de Iniciação Científica), similar ao que ocorre com o SIIEPE, na UFPel. Confira a programação e prepare-se para prestigiar seus colegas. Neste ano serão apresentados três trabalhos na área de Engenharias e Multidisciplinar, os quais contaram com envolvimento do LABSERG. Os trabalhos serão apresentados na segunda-feira (1º.out), e terça-feira (2.out), conforme programação abaixo.
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SALA: 1205 – Dia: 1º/10/2018 – Turno: Tarde – Grande Área: Engenharias – Área: Engenharias III – Inscrição 2064 – Implantação do CoErgo como instrumento para disseminação da Ergonomia nas empresas – Apresentador: Henrique Martim de Moura – Orientador: Luis Antonio das Santos Franz
SALA: 1205 – Dia: 1º/10/2018 – Turno: Tarde – Grande Área: Engenharias – Área: Engenharias III – Inscrição 2342 – Aplicação do método RULA no setor de montagem de rodas em uma fábrica de veículos elétricos – Apresentador: Mariana da Silva Leandro – Orientador: Luis Antonio das Santos Franz
SALA: 3104 – Dia: 2/10/2018 – Turno: Manhã – Grande Área: Multidisciplinar – Área: Multidisciplinar – Inscrição 2242 – Implantação do CoErgo como instrumento para disseminação da Ergonomia nas empresas – Apresentador: Joyce Abrantes Dias – Orientador: Luis Antonio das Santos Franz
A programação completa do evento pode ser acessada bastando clicar AQUI.
Na última sexta-feira (31.ago) o Prof Franz realizou uma palestra durante a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho) da empresa Bonsul Indústria e Comércio de Carnes e Derivados, em Pelotas. Foi abordado e discutido o tema Ergonomia e sua importância na rotina de trabalho da empresa. As imagens foram gentilmente cedidas pelo Engenheiro Elétrico e de Segurança no Trabalho, Fernando Morales Tavares.
Fica aqui um agradecimento especial à equipe da Bonsul que nos convidou para contribuir com sua SIPAT e em especial, ao Fernando Tavares, (HT Engenharia e Segurança do Trabalho). Para ver as fotos de palestras nesta e de outras SIPATs, clique AQUI. Durante aproximadamente uma hora e meia tecemos um bom diálogo com uma equipe de motivada e curiosa em conhecer a Ergonomia.
Nesta semana, tive acesso a uma pequena matéria em um site com o seguinte título: “Depressão na universidade: como a pressão acadêmica afeta a saúde mental“. Ao abrir o texto para ler, me deparei com o relato sobre a alta incidência de suicídios entre estudantes universitários e um relato (desabafo) em vídeo de um estudante de doutorado sobre sua experiência cotidiana de estudante desde a graduação.
Alguns pontos e uma breve reflexão me vieram em mente observando este pequeno conteúdo:
1º Minha (para não dizer NOSSA) cegueira quanto ao meu papel como professor no que se refere a detalhes essenciais para oferecer um cotidiano mais adequado ao estudante. Cotidianamente, nós professores vivemos imersos em um ambiente que nos empurra para que realizemos práticas que são extremamente nocivas aqueles que deveriam ser a razão maior de nosso papel profissional. Há muitas coisas perversas por trás da cortina que gerencia nosso sistema acadêmico do que possamos imaginar;
2º A reportagem nos lembra do quanto nos envolvemos com o discursos em que estar triste não deve ser encarado como algo natural e cotidiano em nossas vidas. Vale pensar no que o texto diz: “…Temos essa cultura da alegria, da felicidade, e não falamos sobre sentimentos ‘ruins’. Isso gera uma solidão enorme…“;
3º Como professores, atuamos durante os anos em que estamos em contato com os alunos moendo eles diariamente e de todas as formas. O que será que eles terão aprendido ao terminar a faculdade? Suponho que aprenderão a fazer com os outros exatamente aquilo que experimentaram durante toda sua graduação: “moer gente”.
Enfim, fica a dica para que leiam a reprodução da reportagem abaixo e uma aposta para que tenhamos a chance de conversar mais sobre este assunto antes que novas tragédias pessoais e familiares aconteçam com nossos alunos.
Boa leitura:
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Depressão na universidade: como a pressão acadêmica afeta a saúde mental – Casos recentes de suicídio em faculdades brasileiras levantam importância do debate acerca da saúde mental dos estudantes
Prazos apertados, múltiplas disciplinas, competitividade. Teses, citações, normas ABNT. Pressão em casa, pressão na sala de aula. Esgotamento físico e, principalmente, psicológico. Quadros de estresse e depressão têm sido recorrentes em estudantes brasileiros. A morte de uma aluna na Universidade de Brasília (UnB) na semana passada, e caso semelhante ocorrido na segunda-feira, 11, na Paraíba, lançaram luz sobre a necessidade de discutir a saúde mental de quem está dentro da sala de aula.
Os números se agravam à medida que o nível do diploma também avança. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, 15% dos estudantes de nível superior apresentam algum quadro depressivo. A média geral de quem não passa pelos dissabores da vida acadêmica é de 4%. Outro estudo, desta vez publicado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), apontou que 41% dos estudantes de medicina brasileiros sofrem do mesmo mal. Mais um levantamento, também feito pela USP, apontou que 1 em cada três alunos de pós-graduação sentem-se deprimidos ou ansiosos.
Conversar é preciso
Para a antropóloga Mirian Goldenberg, que esteve em Brasília recentemente como convidada do projeto Diálogos Contemporâneos, a vida universitária é feita de cobranças inesgotáveis. Mas nem todo suicídio que acontece dentro da faculdade tem completa ligação com o curso em si. Ele até pode servir como gatilho a quadros de ansiedade e depressão, mas esconde questões internas mais profundas.
“É uma combinação de fatores. Escolher determinados mundos que são muito competitivos e exigentes, muito comparativos, é difícil para quem não tem uma estrutura psicológica que aguente pressão. É um universo complicado – mas que não necessariamente leva ao suicídio”, avalia. “É preciso avaliar o conjunto da vida da pessoa”, sentencia.
Para a profissional, existe uma bolha cultural que impede a discussão de assuntos como esse no Brasil. “Temos essa cultura da alegria, da felicidade, e não falamos sobre sentimentos ‘ruins’. Isso gera uma solidão enorme. As pessoas não comentam e acham que são as únicas a passarem por situações negativas. É importante conversarmos a respeito”, afirma. É terapêutico e é o que falta. Sinto a ausência de interesse, atenção, carinho pelos outros. Mas não basta exigir, devems dar os mesmos valores em retribuição”, conclui Miriam.
Iniciativa nesse sentido já está acontecendo em Brasília. A Associação de pós-graduandos na UnB realiza encontros mensais com intuito de expurgar a pressão, compartilhar ideias e, principalmente, socializar. O último encontro aconteceu na quarta-feira, 13. Mais informações podem ser adquiridas por meio do contato apg.unb.2017@gmail.com.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados. Procure um profissional se você sente sintomas como desânimo, irritação constante, mudanças no sono e alterações repentinas no humor. O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias.
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