Suponha que um deficiente visual, o qual utiliza uma bengala tátil durante suas caminhadas, esteja locomovendo-se em uma calçada quando de repente, a sua frente, encontra uma placa pendurada na altura de seu rosto, ou uma haste de ferro que sustenta um toldo. Será que ele conseguirá perceber este obstáculo e desviar dele, evitando se machucar? Provavelmente, não. Este problema é recorrente, e foi pensando nele que a aluna Karine da Silva Dummer, da Engenharia de Controle e Automação, da UFPel, montou a pesquisa de seu Trabalho de Conclusão de Curso. O resultado de sua pesquisa foi bem legal e inclusive, culminou na construção de um protótipo, que gera sinais sonoros similares aqueles usados em sensores de ré de nossos carros. Enfim, um trabalho bem interessante e que vale à pena ser lido. Boa leitura e até o próximo post!
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Bengala eletrônica para deficientes visuais: contribuição à locomoção nos centros urbanos
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A total independência da pessoa com deficiência visual ainda é comprometida, principalmente, devido à falta de acessibilidade nos centros urbanos. Um dos problemas ocasionados pela falta de acessibilidade diz respeito à dificuldade de locomoção nos centros urbanos. Existem algumas ferramentas que visam auxiliar na locomoção da pessoa com deficiência visual, como a bengala longa. No entanto, a bengala longa se torna ineficiente em relação a alguns obstáculos em altura, localizados acima da linha da cintura do usuário. O objetivo deste trabalho é implementar um sistema que permita a identificação dos obstáculos que não são detectados pela bengala convencional. Adicionalmente, espera-se obter um sistema de baixo custo. Para isso, buscou-se apoio na fundamentação teórica a respeito dos principais temas envolvidos. Dessa forma, implementou-se uma ferramenta que manteve a estrutural formal da bengala longa, mas com capacidade de emitir alertas sonoros e de vibração em relação aos obstáculos em altura detectados através de um sensor ultrassônico. A partir de testes experimentais realizados com a ferramenta de estudo, obteve-se resultados satisfatórios, principalmente para obstáculos localizados entre 0,70 metro e 1,80 metro de altura. Além disso, obteve-se êxito em relação a se obter uma ferramenta de baixo custo.
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