Segue abaixo a dica de um ótimo trabalho envolvendo um tema muito relevante e emergente: a relação entre a nanoteconologia e seus efeitos para os humanos. O livro foi organizado pelo tecnologista da Fundacentro Luís Renato Balbão Andrade e consta com a colaboração de diversos co-autores. Confira abaixo o texto de divulgação produzido pela própria Fundacentro, acesse o livro e desfrute.
O livro “Pequeno não quer dizer seguro – Nanotecnologias & Macroinquietações” é uma coletânea de textos, divididos em 13 capítulos, que nasceu no projeto da Fundacentro “Impactos da nanotecnologia na saúde dos trabalhadores e meio ambiente”. O objetivo foi traçar um panorama dessa questão sob variados pontos de vista e de maneira multidisciplinar. A obra está disponível gratuitamente para download na página da Biblioteca da instituição.
A publicação conta com mais de 40 autores, de diversas formações, que produziram 35 artigos. Eles refletem sobre as implicações das nanotecnologias no mundo do trabalho e na sociedade, abordando a ação sindical e governamental, o direito, a ética, a vigilância da saúde dos trabalhadores, a comunicação científica, o meio ambiente e a engenharia de segurança.
“Se as nanotecnologias caracterizam nossa época, há urgência em se compreender que pequeno não quer dizer seguro, mas poderia e deveria ser, e é esta compreensão que move nossas macroinquietações, pois entendemos que o progresso tecnológico deve servir a todos, e não apenas aos interesses de poucos”, aponta o livro.
Uma das questões tratadas é o princípio da precaução aplicado aos nanomateriais, pois há incertezas sobre os impactos deles em relação à segurança e à saúde humana. “Na prática, tal cenário implica que as abordagens quantitativas da higiene ocupacional tradicional sejam de pouco auxílio, pela dificuldade de determinação de o quê e como medir em relação à contaminação ambiental por nanopartículas”, explica Luís Renato Balbão Andrade, tecnologista da Fundacentro, que é um dos autores e também organizador do livro.
O princípio da precaução é uma das saídas a ser adotada ao apontar que “a ausência de ‘certeza científica absoluta’ sobre eventuais danos não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir estes mesmos danos”.
“Este princípio, de forma geral, parece adequado à gestão de riscos gerados pelas nanotecnologias, justamente em função das lacunas de conhecimento sobre o comportamento dos nanomateriais especificamente acerca de seus efeitos sobre a saúde e a segurança daqueles que os manipulam”, aponta o tecnologista da Fundacentro.
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