SETE HOMENS E UM DESTINO

Por: Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“Refilmagem do clássico faroeste Sete Homens e um Destino (1960) conta a história de um pequeno vilarejo que sofre com os constantes ataques de um bando de pistoleiros, comandados por Bogue (Peter Sarsgaard). Seus habitantes não tomam qualquer atitude, até que Emma Cullen (Haley Bennet) uma viúva revoltada com os saques, deseja justiça e pede auxílio ao pistoleiro Sam Chisolm (Denzel Washington), que reúne um grupo de especialistas para contra-atacar os bandidos.”

Ah! Eu sei. Você já viu esse filme? Ou não gosta de western? Bem, o famoso diretor japonês Akira Kurosawa amava filmes desse gênero, então resolveu fazer algo que chegasse próximo do cinema americano criando Os Sete Samurais (1954), com 3h28. Arrasou.

De certa forma, era uma homenagem ao cinema americano. Mas os estúdios hollywoodianos, que adoram refilmagens, resolveram copiar a ideia e lançaram The Magnificent Seven – Sete Homens e um Destino (1960), dirigido por John Sturges. Também arrasaram.

E como nada se cria e tudo se copia, a refilmagem da refilmagem chegou aos nossos dias. E em sua primeira semana ficou em primeiro lugar nos EUA, segundo o site especializado “Box Office Mojo”.

A trama continua sendo a mesma. Um grupo de homens, liderados por um caçador oficial de recompensas, resolve ajudar um pequeno povoado que está sendo devastado por um tirano e seus homens.

Bogue não só quer roubar os habitantes daquelas terras, como mata quem atravessa seu caminho. E um deles é o bonitão Mattew Cullen (Matt Bomer), que de cara já deixa uma viúva.

Antoine Fuqua dirige Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D’Onofrio (muito gordo), Byung-Hun Lee, Martin Sensmeier e o mexicano Manuel Garcia Rulfo com mãos fortes e extrai de cada um deles ótima atuação.

Diferente dos anteriores na diversidade, esse tem um negro, um índio, um oriental e um mexicano entre os outros quatro caucasianos. Além disso, no anterior os habitantes eram mexicanos e o vilão americano. Desta vez todos são americanos.

Mas o mais atual deste remake é a figura de quem busca vingança. Só a viúva Emma se atreve a procurar por justiça. É… Os tempos estão mudando. De resto a trama é bem parecida, as cenas com planos abertos são exuberantes e lembram muito os áureos tempos dos westerns.

Em alguns momentos fica cansativo e sonolento, mas no geral compensa. O alívio cômico, mais uma vez, é obra de Chris Pratt. Para quem gosta as cenas de tiroteio estão lá. Muito parecidas com o original americano.

Nos créditos a grande homenagem fica por conta da canção de Elmer Bernstein, Main Title and Calvera-The Magnificent Seven., que nos faz permanecer mais um pouco na sala 1 do Cineflix do Shopping Pelotas só para admirá-la.

O filme foi visto no 41º Toronto International Film Festival, neste mês.

Nota 8,5.

Trailer

 

Música tema

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