Projeto Hortas Urbanas é apresentado no Fórum Social de maio
Por Jessica Alves
No último dia 29 de maio, o projeto Fórum Social promoveu um encontro mensal, no auditório do Museu do Doce, apresentando o projeto de extensão Hortas Urbanas aos representantes da comunidade pelotense. A palestra de apresentação se deu em torno da história e objetivos que o projeto visa alcançar, mostrando para os presentes um trabalho que nasceu na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e que busca beneficiar a população e conscientizá-la sobre a importância e benefícios de uma alimentação saudável.
O Hortas Urbanas é um projeto de extensão da UFPel iniciado em 2017 na UBS General Osório, com objetivo de apoiar a organização de hortas no meio urbano a partir do plantio agroecológico, tendo em vista contribuir com a sustentabilidade ambiental. Além disso, ele envolve a saúde, alimentação saborosa, paisagem e sociabilidade, assim tornando o município inclusivo e sustentável utilizando tecnologias sociais, de baixo custo e que promovam bem-estar a todos os envolvidos.
“Não é mais possível viver no meio urbano sem um projeto de sustentabilidade que vise o bem da população, temos que viver nas cidades em equilíbrio com o nosso ser e com o ambiente, dando mais um passo frente a uma outra racionalidade. E para que isto aconteça, temos que mudar nossa forma de pensar a alimentação, saúde, a agricultura, a economia e a cidade”, explica a nota institucional sobre o projeto.
Segundo a professora do curso de geografia e coordenadora do projeto, Giovana Mendes de Oliveira, os participantes pretendem alcançar para a comunidade o selo Cidade Sustentável, onde as pessoas cultivam parte dos seus alimentos em hortas domésticas e comunitárias e têm uma relação de valorização da natureza, de cuidado próprio e de valorização da cidade e do campo. Assim, o Fórum Social, projeto extensionista, que desenvolve um espaço de natureza participativa visando assessorar e acompanhar ações que contribuam para uma melhoria da realidade social e o exercício da cidadania, fez uma parceria com o Hortas Urbanas, apresentando o projeto para representantes de bairros e associações da comunidade de Pelotas, visando fortificar a relação de troca de conhecimentos entre a universidade e os cidadãos, expandindo o ensino até a casa de cada morador.
“O cultivo de orgânicos na cidade precisa de tecnologia social desenvolvida, pois os insumos não são os mesmos que temos disponíveis. Temos que conquistar a população para que ela compre a ideia, e ela sempre compra, mas na hora de iniciar o projeto as coisas são diferentes, precisa de tempo, esforço, dedicação, criar o hábito de vir na horta e isto é mais difícil. E tem o dinheiro, trabalhamos com baixo custo, mas ele sempre é preciso”, conta Giovana.
A coordenadora também complementa que se precisa de muito diálogo com a comunidade, e isto leva tempo. A horta tem limites e possibilidades, e os integrantes trabalham para maximizar as possibilidades e minimizar com os limites. O projeto possui duas hortas em andamento e isso mostra que é possível.