Pokémon Go: a febre mundial

Por: Rafael Mirapalheta

Nas últimas semanas, pessoas ao redor do mundo passaram a sair de suas casas e andar pelas ruas de suas cidades em busca de um objetivo em comum: abastecer seus inventários com novos monstrinhos. É isso mesmo: Pokémon Go, o novo aplicativo da Nintendo em parceria com a empresa Niantic, foi lançado no dia 3 de agosto no Brasil e logo de cara passou a ser baixado em milhares de aparelhos celulares.

O jogo consiste em incentivar o jogador a sair para procurar novos Pokémons, já que o aplicativo utiliza e se baseia no GPS do celular para saber sua localização e apontar onde está cada um dos monstros. Também há as chamadas PokeStops, locais em que o jogador gira uma espécie de ‘’roleta’’ com algum monumento ou edifício para receber itens, e os ginásios, onde é possível batalhar contra Pokémons de outros jogadores para conquistá-los.

Também há uma conexão do aplicativo com a câmera dos aparelhos telefônicos, passando a sensação de que os bichinhos realmente estão presentes nos lugares, na vida real. É a chamada “realidade aumentada”. Com tantas conexões bem pensadas, o jogo atraiu não só ás crianças e os jovens, que tiveram o desenho como marco de suas infâncias, mas também adultos de diversas idades.

Aplicativo atrai público de todas as idades. Foto: Divulgação/Niantic
Aplicativo atrai público de todas as idades. Foto: Divulgação/Niantic

A febre foi tanta que, em poucas semanas, Pokémon Go alcançou recordes de downloads ao redor do mundo. Segundo o site Similar Web, pelo menos 43 minutos estão sendo gastos diariamente pelos usuários e o aplicativo já está sendo mais acessado que WhatsApp, Facebook e Instagram. Um verdadeiro fenômeno criado pela Nintendo.

É claro que todo o tipo de fenômeno acaba por inevitavelmente ter seus pontos negativos. Por usar muitas ferramentas integradas do celular, o aplicativo consome uma quantidade de bateria assustadora. No que se trata de caçar Pokémons, a ânsia é tanta que diversos jogadores acabam por se descuidar dos seus arredores na rua, correndo o risco de serem alvos de assaltos. Há também os que ousam jogar enquanto estão dirigindo, para se mover mais rápido no mapa do aplicativo.

Mas para aqueles que sabem utilizar da forma mais correta, Pokémon passa a ser uma experiência de entretenimento única. O estudante Gabriel Carvalho, de 18 anos, conta que o incentivo social do jogo é bastante atrativo. “Uma das coisas que eu mais gostei em Pokémon Go é que ele faz com que você saia de casa e encontre outras pessoas. Esse aspecto social faz com que a experiência transcenda a de um simples jogo, e se torne um programa para fazer com seus amigos, ou então que possibilita conhecer novas pessoas. Para mim, o aplicativo só apresenta aspectos positivos”, disse.

A tendência é que a popularidade do aplicativo siga decolando pelos próximos meses. E a possibilidade de novas atualizações serem feitas periodicamente dá uma projeção de vida útil ainda maior ao jogo. O que podemos ter certeza no momento é que 2016, com Pokémon Go, já entrou para a história de avanços tecnológicos com um aplicativo que integra diversas funções dos aparelhos com sucesso e transita numa linha tênue entre o virtual e o real. Será essa uma tendência cada vez mais explorada?

Fenômeno tem aspectos positivos e negativos. Foto: Divulgação/Niantic
Fenômeno tem aspectos positivos e negativos. Foto: Divulgação/Niantic

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