Plebiscito Popular sobre as privatizações é realizado no RS

Por Victoria Dutra/Em Pauta

Do dia 16 a 24 de outubro, a banca do Plebiscito Popular esteve presente no calçadão de Pelotas. Foto: Victoria Fonseca

Consultar a população sobre as privatizações de estatais do Rio Grande do Sul. Este é o objetivo da banca montada no calçadão de Pelotas, desde o dia 16 de outubro e que permanece até o dia 24 do mesmo mês. O Plebiscito Popular é uma iniciativa de sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda. A consulta acontece em várias cidades do estado e a votação no plebiscito pode ser feita fisicamente, nas urnas, ou de forma virtual no site.

Após a aprovação da PEC 280, de autoria do deputado estadual Sérgio Turra (PP), que retira a obrigatoriedade de consultar plebiscito para iniciar privatizações de estatais, ações como a consulta que acontece agora, não tem valor legal, apenas político. 

Atualmente, está em tramitação a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) entre outras empresas públicas.

Em Pelotas, uma das organizadoras do plebiscito é Raquel de Oliveira, bancária do Banrisul. De acordo com ela, a consulta tem o propósito de dar voz à opinião da população. “Resolvemos fazer o plebiscito de uma forma social para a população ter um meio de responder ao governo e de refletir como quer que o seu estado funcione”, explica.

Membro do Sindicato dos Bancários, ela afirma que quando as empresas públicas estão prestando serviços de má qualidade, a causa é a administração ruim do governo. “Queremos saber se os gaúchos acham que o caminho para o desenvolvimento das estatais é privatizá-las ou se concordam que é o gestor que está administrando errado. Nosso intuito é também informar a população sobre situações como a privatização da CEEE-D, que foi vendida por apenas R$ 100 mil reais e nada foi arrecadado para os cofres públicos. Por isso, estamos aqui lutando para impedir que privatizem a nossa água, a nossa luz, nosso banco e entre outras estatais, para não acontecer o mesmo caso da CEEE. Quem paga a conta pelas privatizações é o povo”, afirma Raquel.

 

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