O Grêmio está fora da final da Copa do Brasil
Contra o Flamengo, o tricolor não conseguiu marcar e deixou o sonho do hexa para o próximo ano
Por Andressa Siemionko Lacerda / Agência Em Pauta
O Flamengo vai enfrentar o São Paulo na final da Copa do Brasil, em duelo Rio-SP. Foto: Gilvan de Souza | Flamengo.
A tarefa não era fácil! O Grêmio enfrentou o Flamengo e precisava reverter o placar de 2 a 0 para sair com a classificação na Copa do Brasil. Em um Maracanã pulsando, com 65.310 torcedores, o clube gaúcho foi eliminado depois de várias chances de gol no primeiro tempo.
O atual campeão soube segurar a pressão dos gremistas e decidiu o jogo em uma cobrança de pênalti polêmica marcada pelo árbitro Braulio da Silva Machado, após Rodrigo Ely disputar uma bola aérea. O tricolor não conseguiu marcar nenhuma vez e o placar agregado terminou em 3 a 0 para os cariocas.
O jogo
Precisando do resultado, o Grêmio fez um bom primeiro tempo. Após tabela com Suárez, Bitello foi o primeiro a levar perigo, mas parou no goleiro Matheus Cunha que fechou o gol rubro-negro. Depois disso, Rodrigo Ely quase marcou, mas errou a direção do gol.
Já o Flamengo, exigiu duas grandes defesas do goleiro tricolor Gabriel Grando. Em duas tentativas, com Bruno Henrique e Arrascaeta, os rubro-negros deixaram de marcar graças à defesa de Grando. O primeiro tempo acabou sem gols e a tensão dos gremistas aumentava para o tempo complementar, já que o clube precisava do resultado.
No segundo tempo, o Grêmio começou com boas chances novamente, dessa vez, com Suárez e Ferreira. Em 15 minutos, os gaúchos tinham criado três chances de gol, entre elas, uma na trave. Depois disso, Renato resolveu mexer no meio-campo gremista, substituindo Cristaldo, Carballo e Bitello, por João Pedro Galvão, Pepê e Lucas Besozzi, respectivamente.
Renato Portaluppi orientando os jogadores. Crédito: Lucas Uebel | Grêmio
O rendimento caiu com as substituições e logo, a penalidade polêmica foi marcada a favor do clube carioca. Arrascaeta não perdoou e marcou para o Flamengo. O Grêmio, ainda teve um gol impedido, marcado pelo zagueiro Rodrigo Ely. Com o resultado, o Grêmio entra em uma sequência de sete mata-matas sem vencer o Flamengo. A última vez que o resultado positivo veio foi na Copa do Brasil em 1997.
Na saída de campo, o jogador Bruno Alves reclamou da falta de critério da arbitragem. Na coletiva de imprensa, Renato e o presidente do Grêmio, Alberto Guerra fizeram reclamações sobre o lance do pênalti. De acordo com os gremistas, um lance semelhante ocorreu no jogo das quartas de final da mesma competição e a penalidade não foi assinalada.
Renato, ainda, lamentou não ter marcado na Arena. “Num todo, o Grêmio jogou de igual pra igual de novo. Queria ver quantos vêm aqui e jogam de igual pra igual. As lições que tiramos desses 180 minutos contra o Flamengo é que o Grêmio deixou de ter uma vantagem em Porto Alegre“.
Final da Copa do Brasil
Flamengo tinha dois gols de vantagem no placar e levou a decisão para o Maracanã. Foto: Marcelo Cortes | Flamengo
A classificação não só garantiu a vaga na final para os cariocas, mas também o valor de, no mínimo, 30 milhões. A final vai ser decidida entre paulistas e cariocas. De um lado, Flamengo e de outro São Paulo, que eliminou o Corinthians em uma virada no Pacaembu.
As partidas estão marcadas para os dias 17 e 24 de setembro. Enquanto o Flamengo defende o título em busca do pentacampeonato da competição, o São Paulo, tenta o título inédito.
Para os gremistas, foco no Brasileirão
Os meses restantes de 2023 serão de dedicação ao Brasileirão. Atualmente, o Grêmio é vice-líder da competição com 33 pontos. O clube pode conquistar vaga na Libertadores do próximo ano, voltando novamente, a jogar a maior competição da América, depois do retorno da Série B e a reformulação do time.
Escalações:
Grêmio: Gabriel Grando; João Pedro, Rodrigo Ely, Bruno Alves e Reinaldo; Villasanti e Carballo (João Pedro Galvão, 16’/2°T); Bitello (Besozzi, 17’/2°T), Cristaldo (Pepê, 17’/2°T) e Ferreira (Iturbe, 32’/2°T); Suárez. Técnico: Renato Portaluppi
Flamengo: Matheus Cunha; Varela (Matheuzinho, 36’/1°T), Fabrício Bruno, Léo Pereira e Filipe Luís; Erick Pulgar (31’/2°T), Victor Hugo (Thiago Maia, 16’/2°T), Arrascaeta e Gerson; Bruno Henrique (Pedro, 31’/2°T) e Gabigol (Luiz Araújo, 16’/2°T). Técnico: Jorge Sampaoli
