Jovens universitários e seus empreendimentos na faculdade
Por Milene Lages
Dificuldades financeiras, busca pela renda extra e pela independência monetária são fatores que influenciam o jovem estudante procurar comercializar seus serviços. Na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) os produtos oferecidos pelos estudantes são vários e vão desde a categoria de doces até a fotografia. Com a criação de um negócio próprio, o jovem pode deixar o seu empreendimento do jeito que sempre quis.
Um exemplo disso é a estudante de hotelaria, Maria Eduarda Grimaldi, de 21 anos. Ela começou seu negócio com doces artesanais em 2017, comercializando para os colegas de sala, a fim de conseguir pagar seu curso de inglês. Com este dinheiro de suas vendas, Maria Eduarda conseguiu ainda pagar um intercâmbio. Com isso, decidiu que irá cursar gastronomia no ano que vem para entrar na profissão que sempre gostou.
O estudante de terapia ocupacional, Renan Eslabão Bartel de 18 anos, ficou conhecido pela venda de coxinhas, por um valor acessível e com uma boa quantidade de produto. O intuito do começo das vendas era a necessidade de se manter na cidade e na universidade devido as despesas que o aluno possuía.
A estudante de jornalismo de 20 anos, Ana Julia Ferreira Nachtigal, é fotógrafa e é conhecida por suas belas fotos compartilhadas nas redes sociais. Com a influência da mãe que também é fotógrafa, começou a se interessar pela fotografia e acabou se apaixonando. Hoje realiza este trabalho, com muito amor pela profissão.
Trazendo um pouco de Minas Gerais aqui para o sul, a estudante de Arquitetura e Urbanismo, Joanna Ayres de 32 anos, vende pães de queijos artesanais com os queijos que traz de sua cidade natal. Começou o negócio, devido a dificuldade financeira para se manter em Pelotas. Os colegas de sala foram seus primeiros clientes, logo após, expandiu a clientela e iniciou a participação em eventos e agora vende também os produtos congelados.
Adoçando as noites do curso de jornalismo, a aluna Brígida Sodré de 19 anos, comercializa doces, sua mãe lhe ensinou a como fazê-los e hoje, as duas produzem. Na busca de uma renda extra começou a vendê-los, após conseguir um estágio, enfrentou dificuldades para conseguir manter todas as atividades, mas não podia desperdiçar sua clientela. Assim, continuou o negócio por amor ao que realiza.
O casal, Jaqueline Barros de 21 anos, estudante de Medicina Veterinária e Camila Mascarenhas, de 23 anos, aluna do curso de jornalismo começaram seu negócio na 1ª feira vegana que ocorreu em Pelotas, buscando uma renda extra e claro, por prazer. Os produtos que irão ser oferecidos por elas varia de acordo com o mês, podendo ser adicionados novos ou retirados, mudando de acordo com a estação em que as hortaliças frutificam.
O meio de comunicação mais utilizado por todos os universitários citados são as redes sócias, que auxiliam na divulgação dos produtos. Outro fator importante é a indicação dos amigos para que os empreendimentos alcancem mais pessoas interessadas no produto que está sendo ofertado.
Alguns entrevistados, relataram a falta de tempo em conseguir conciliar a faculdade e o negócio, já que levam seus produtos para a aula e tem que estudar para as provas. Além disso, ressaltaram que muitas vezes há dificuldade em cursar muitas cadeiras e não terem tempo para se dedicar às vendas, já que precisam do dinheiro.