GREEN BOOK – O GUIA
Por Graça Vignolo de Siqueira
Sinopse:
“Tony Lip (Viggo Mortensen), um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca fechar as portas. Logo é chamado pelo pianista Don Shirley (Mahershala Ali) que deseja contratá-lo para que o acompanhe em uma turnê. Enquanto os dois se chocam no início, um vínculo finalmente cresce à medida que eles viajam.”
Quando vi que Green Book- o Guia estava em cartaz no Cineflix, não pensei duas vezes para assisti-lo. Afinal está listado para as premiações do Oscar 2019.
Período de segregação racial nos EUA, o filme tem esse título em função do Guia para Motoristas afro-americanos. Quando um homem negro viajava não tinha permissão para parar em qualquer hotel ou restaurante. Havia um livro que indicava os locais que recebiam pessoas “coloridas”, definição da época.
Assim que conhecemos Tony em seu trabalho e no lar, já percebemos o quão racista ele é. Inclusive jogando fora os copos usados por dois encanadores em sua casa.
Assim que o local em que trabalha fecha temporariamente, ele é chamado para uma entrevista de emprego para motorista particular de um doutor. Ao chegar ao local se depara com o ambiente requintado e fica surpreso quando vê que o doutor é preto (também denominação de época).
Mas Tony precisa de dinheiro para sustentar a família e aceita, com a certeza que não será nada fácil. Seu irmão se diverte com a situação e aposta que “em um mês você dará um soco nesse doutor”.
Além disso, o pianista escolheu os Estados do Sul, onde tudo se complica em se tratando de racismo. Então é pegar a estrada e preparar-se para as surpresas da turnê.
Green Book- O Guia é realmente surpreendente. Seja você um ativista ou não. Seja você racista ou não. É uma verdadeira aula de comportamento. Não um soco no estômago, mas uma sutil bofetada.
Concorrente ao Oscar 2019 a cinco estatuetas, inclusive a de Melhor Filme, deixa como mensagem as transformações pelas quais passamos, se nos permitirmos.
Baseado em fatos reais, recomendo.