Estande do IFSul marca presença na 31ª Fenadoce com Feira de Ciências

A Feira de Ciências do Instituto Federal Sul Rio Grandense (IFSul), na 31ª Fenadoce, foi desenvolvida por diversos cursos com os alunos e docentes ao longo do ano letivo. A visitação no estande acontece de segunda à sexta, das 14h às 22h, e aos sábados e domingos, das 10h da manhã até as 22h.

Por Vanessa Centeno Ferreira

Você vai conhecer os projetos dos jovens acadêmicos, que foram apresentados na segunda-feira (21), em uma escala de apresentação. A Feira de Ciências reflete como eles têm aprimorado seus conhecimentos com a prática de suas ideias, que visam levar benefícios ao meio ambiente, redução de custos com matérias primas que seriam descartadas, auxílio à pessoas deficientes e invenções que auxiliam na vida cotidiana, como o agitador magnético e o glitter comestível. Temos também um projeto para a engenharia civil, feito por alunos de Mestrado, que produziram uma argamassa substituindo o cimento da composição por resíduos do arroz, o pó do arroz. Em um mundo onde hoje existem várias distrações e entretenimentos para os jovens, alguns optam em estudar e ter responsabilidades sem renunciar sua juventude.

Segundo a técnica administrativa, Cristiane Fonseca, o IFSul Câmpus Pelotas tem divulgado os projetos acadêmicos há quinze anos. Já na Fenadoce, todos os anos se reúnem os técnicos administrativos, docentes e a reitoria para apresentar os trabalhos desenvolvidos, divulgar os cursos técnicos e de graduação. A equipe se desloca cada dia com dois técnicos administrativos ou docentes, com aproximadamente sete alunos de cursos diferentes. Trabalhando em escala, todos os cursos têm a oportunidade de fazer sua divulgação e apresentar seus projetos.

Agitador Magnético DIY

A aluna Izamara Barbosa Pinto cursa o primeiro semestre de Engenharia Química, e esteve presente na Feira de Ciências com o projeto Agitador Magnético DIY. Desenvolvido junto com outros cursos de Eletrotécnica e Design, Izamara explica que o agitador magnético é um equipamento útil para misturar líquidos de forma prática, transformando energia elétrica em magnética. Foi idealizado a partir de materiais reutilizáveis, no intuito de incentivar a criatividade e a cultura maker. O protótipo mais simples é feito com pote de plástico, papelão, fonte de 5 volts, ímã retirado de disco rígido (HD) e cooler de computador. Foram idealizados outros modelos utilizando vidro, cano de PVC, botão liga-desliga, lâmpadas de LED e potenciômetro para o controle da velocidade de agitação. Conforme a estudante, os protótipos desenvolvidos são perfeitos para aprender ciência de forma divertida, incentivando a experimentação, a inovação e o aprendizado prático. 

Estudante Izamara Barbosa Pinto, com o projeto de agitador magnético. Foto: Vanessa Centeno Ferreira

Glitter Comestível

Camile Moreira (16) é estudante do curso Técnico em Química e está no terceiro semestre, junto à sua colega Juliana Rosa Gabone (17). Junto ao curso, desenvolveram um glitter biodegradável com amido de milho e pétalas de rosas. As pétalas de rosas foram escolhidas por serem comestíveis, e por possuírem fatores antienvelhecimento e hidratantes para a pele. “Foi realizado todo o processo de produção, desde o desenvolvimento do corante, que foi feito com as pétalas de rosas assadas na estufa e trituradas para virarem um pózinho. Depois é adicionada no amido de milho com água para criar a base do glliter, então ela fica descansando na geladeira durante três dias até que fique firme, e depois de triturado temos o glitter pronto. Ele pode ser ingerido e ser aplicado em diversas regiões do corpo, porque não faz mal à pele” salientou a colega Juliana.

Estudantes Camile Moreira e Juliana Rosa Gabone com o projeto de glitter comestível. Foto: Vanessa Centeno Ferreira

Prótese de Perna Mecânica

Richard Goulart é estudante do curso de Mecânica, atualmente cursando o segundo semestre. Para ele, é importante estar presente na Fenadoce para divulgar e atrair alunos para o curso, pois segundo ele, a área não é muito escolhida pelos estudantes, mas é importante estar presente e expor o que a mecânica pode proporcionar. Richard apresentou uma prótese de perna mecânica desenvolvida para pessoas com deficiência física. O estudante escolheu cursar mecânica inspirado pela profissão de seu pai, que trabalha com eletricidade e instalações de ar-condicionado. Ele relata que não era sua primeira opção, mas que hoje se identifica com a escolha.

Estudante Richard Goulart, com o projeto de prótese de perna mecânica. Foto: Vanessa Centeno Ferreira

Cimento feito com resíduos de pó de arroz

Já o aluno Timóteo Casarin Pereira faz o curso Técnico em Química e é bolsista, atualmente no quinto semestre. O projeto divulgado por ele foi desenvolvido por uma aluna do Mestrado em Engenharia e Ciências Ambientais, onde trabalhou-se com resíduos da indústria arrozeira para trazer à indústria cimentária. Os alunos produziram uma argamassa, substituindo o cimento da composição por resíduos do arroz, o pó do arroz e o lodo da lavagem. A finalidade é que esses resíduos, que anteriormente seriam pagos para serem descartados, sejam usados com uma função mais ecológica e econônimca, com a ideia de substituir o cimento com o pó do arroz. Timóteo confirma que a resistência mecânica do cimento feito com arroz não é igual ao feito com cimento, porém os resultados são positivos, e no futuro pode ser mais usado como alternativa.

Estudante Timóteo Casarin Pereira com o projeto de cimento feito com resíduos do pó de arroz. Foto: Vanessa Centeno Ferreira

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