EM RITMO DE FUGA

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

Baby (Ansel Elgort) tem uma mania curiosa: precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar o cargo, principalmente depois que se vê apaixonado pela garçonete Debora (Lily James).

Já de cara somos apresentados, em plano sequência, à Baby, um jovem que escuta música em seu IPod o tempo todo. Ele é motorista de Doc, um articulador de assaltos.

E é ao som de Bellbottoms, de The Jon Spencer Blues Explosion, que Baby ajuda no assalto a um banco, onde aguarda o grupo, para logo depois acelerar muito e despistar a polícia. Escute enquanto continua lendo:

https://youtu.be/9uaXPzGswxk

 

Essas fugas fantásticas são de tirar o fôlego e muito bem dirigidas pelo inglês Edgar Wright, em seu primeiro filme realizado nos EUA. A trilha sonora encanta a qualquer um e embala o filme na maior parte do tempo. Afinal Baby prefere escutar música ao zumbido que permanece em seus ouvidos desde o acidente em que perdeu seus pais.

Além das canções famosas, Baby também cria sons a partir de gravações que faz durante seu dia. Ele grava quase tudo e depois insere em ritmos. E tudo está bem, até que ele se aproxima de Debora (Lilly James) e ao se apaixonar vai se afastando do mundo do crime.

Baby é um garoto bom, que pensa muito no bem estar do pai adotivo, não aceita matar pessoas e se envolveu muito cedo com Doc. E Ansel Elgort dá seu melhor para abrilhantar o personagem.

A situação também piora quando chega um novo integrante ao grupo, pois Doc não gosta de repetir sempre as mesmas pessoas. É Bats (Jamie Foxx) quem muda a estratégia com sua violência exagerada.

Entre as muitas curiosidades do filme é importante saber que Wright cronometrou os movimentos do personagem ao ritmo das músicas do filme, cujo roteiro começou a ser criado em 1995 e concluído em 2011. Incialmente a trilha contava com 10 músicas, mas ao terminar já haviam cerca de 30.

Baby Driver, título original, vale a pena pela trilha sonora, pelas inúmeras perseguições em Atlanta, pelo ineditismo de nossa interação com a música que Baby escuta, por alguns momentos de humor e pelo romance. É um misto que agrada. Em cartaz no Cineflix Pelotas, vale o ingresso.

Nota: 9

Link para o trailer

 

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