CLC 40 anos: entrevista com Carla Machado

Dedicação e compromisso: três décadas do trabalho de Carla Machado no Centro de Letras e Comunicação (CLC). Uma jornada sobre tempo, desafios e o legado na construção do presente e futuro da UFPel.

Por Gabrielle Brites / Em Pauta

Carla trabalha no CLC há sete anos. (Foto: Gabrielle Brittes)

Carla Carret Machado é natural de Pelotas, licenciada em Matemática pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Matemática e Linguagem pelo Programa de Pós-Graduação da UFPel e Mestre em Ciências – Área Educação Física, Ciências sociais e Humanas. A servidora técnico-admistrativa possui 30 anos de carreira no exercício de funções administrativas. Atualmente, Carla compõe o Centro de Letras e Comunicação (CLC), ocupando o cargo de Assistente em Administração, em uma trajetória que completa sete anos.

 

Confira a entrevista completa:

Em que ano iniciou a carreira na UFPel?

Trabalho na Comunicação do CLC há sete anos.

Como foi sua trajetória compondo em conjunto com o CLC?

Quando ingressei no CLC achei interessante essa parte das leituras, das poesias, do jornalismo e da comunicação. Como técnica, eu exerço um trabalho administrativo, fico mais envolvida com a burocracia. No entanto, eu observo e acho muito interessante e enriquecedor, esse conhecimento todo que é trabalhado aqui. Tanto na parte do Jornalismo, como na parte das Letras, com as diversas línguas, ensinadas, faladas. Com a inserção do Curso de Libras, que é mais um Curso novo que o Centro tem. Desde que eu ingressei aqui, foi muito enriquecedor para mim essa experiência foi muito enriquecedora.

Em sua trajetória profissional, quais foram os aspectos positivos e negativos de trabalhar em uma universidade pública?

Tenho muito mais aspectos positivos do que negativos. Eu me sinto uma pessoa extremamente comprometida com o trabalho, pensando no público que a gente atende e oferecendo essa contribuição para as pessoas, de um modo geral, para toda a comunidade, com os serviços de formação que a ente oferece, com o trabalho de formação que a gente também exerce enquanto técnico em conjunto com os professores, formando e também oferecendo outros serviços para a comunidade.

O que torna a atuação enriquecedora para você?

Eu participo das formaturas aqui no Centro de Letras, em conjunto com a direção, e é muito lindo formar pessoas e essa riqueza, essa diversidade de alunos em todas as classes sociais, em todas as cores e gêneros. E o CLC também tem isso, o que é muito enriquecedor, pois já trabalhei em outras unidades acadêmicas e administrativas em que não convivíamos com toda essa pluralidade. Eu me sinto extremamente feliz em poder estar aqui.

Em sua opinião, qual a importância do CLC para a comunidade como um todo?

Penso que o Centro de Letras e Comunicação é muito importante para a comunidade. Porque as pessoas que saem daqui, elas vão levar esse conhecimento para a comunidade. Eu conheço egressos nossos que são professores, jornalistas também que estão projetados, que exercem o trabalho em diversas áreas do Jornalismo, professores que lecionam em escolas públicas ou particulares.

Quais foram os desafios de trabalhar no ramo da comunicação?

Para mim, o desafio… Porque embora eu trabalhe na área da administração como técnica administrativa, eu sou licenciada em Matemática com pós-graduação em Matemática. Então, eu sou das Ciências Exatas, das ciências “duras”… Então, o lugar que eu me formei, embora seja também na UFPel, é de uma outra área, é muito mais fechado, as pessoas são mais fechadas e aqui eu vejo que não.

A comunicação, então, foi um pequeno desafio no começo?

Para mim foi um desafio estabelecer essa comunicação. Porque mesmo sendo uma professora de Matemática, eu não gosto de falar em público e aqui estou até desenvolvendo mais esse lado. Mas, foi um desafio para vencer essa barreira de me comunicar dentro da área da comunicação.

Em sua opinião, quais são as características do grupo que compõe o CLC da UFPel, assim como seus discentes?

Nós temos aqui um rico corpo docente, no sentido de pessoas humanas e com formação excelente, os técnicos também possuem uma formação excelente para desenvolver os trabalhos além dos alunos que são qualificados. Então o corpo docente, discente e técnico é excelente.

Atualmente, em sua opinião, quais os desafios enfrentados pelo Centro de Letras e Comunicação?

Trabalhando aqui dentro do CLC acredito que o maior desafio do Centro é não ter o espaço físico. Muitas vezes não temos salas para realizar uma reunião. Realizamos a festa dos 40 anos do CLC no pátio para conseguir abarcar mais pessoas por que não temos espaço físico. A nossa instalação é o corredor, que em termos de manutenção nos exige bastante devido à extensa passagem de pessoas, o que é normal, por ser um grande corredor.

Quais são suas expectativas para os cursos de comunicação?

Olha, eu gostaria que as gestões olhassem para o CLC . Eu, enquanto técnica, gostaria que a gestão da Universidade tivesse um olhar especial para nós, para termos melhorias em nossos espaços, com mais locais.

Carla é formada na área de Matemática e trabalha na área administrativa do CLC. (Foto: Gabrielle Brittes)

Os projetos de extensão, são fundamentais para o desenvolvimento e aprendizado dos alunos. Qual seria a importância deles para a sociedade e como poderia haver melhorias para as práticas aplicadas?

O CLC tem muita extensão que chega para a comunidade, com os esforços dos professores, dos técnicos e dos próprios alunos que trabalham nos Projetos de Extensão , por exemplo. Mas, uma forma de chegar seria a própria Universidade a Pró-Reitoria de Extensão fomentar mais visibilidade e mais abertura para a comunidade.

Em sua opinião, o Centro de Letras e Comunicação exerce também a inclusão social? Por quê?

Representa sim. Porque os alunos de todas as classes estão aqui dentro, abarcando esse conhecimento todo. Esse papel social do Centro de Letras e Comunicação, através de todas as ações de ensino, pesquisa e extensão. Além do próprio curso de Libras, temos alunos PCDs no qual auxiliamos para essa formação em busca do profissionalismo.

Qual sua opinião sobre os novos meios de comunicação?

As redes sociais se usadas de forma idônea, contribuiu muito pois com a internet a informação chega a mais pessoas. Então essa contribuição auxiliou para que o Centro conseguisse levar a informação através desses meios de comunicação e dessas novas tecnologias.

O que você almeja compondo o quadro do CLC?

Eu almejo que o CLC conseguisse, com suas instalações, abarcar cada vez mais pessoas e que possam cada vez mais fazer parte do CLC tendo uma estrutura melhor para formar e acolher mais pessoas, para que os alunos possam permanecer e não evadir.

Comentários

comments

Você pode gostar...