Ada bot: Dispositivo pelotense ajudará mulheres vítimas de violência psicológica

Chabot desenvolvido pelo projeto unificado da UFPel, Mais Juntas, atuará no combate à violência de gênero

Amanda Kuhn/Em Pauta

Na próxima quinta-feira (25), o projeto unificado da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Mais Juntas, lançará o Ada Bot: um chabot com o objetivo de indicar o nível de violência psicológica sofrido em um relacionamento. Criado para orientar mulheres sobre como buscar ajuda perante a este tipo de violência, o dispositivo estará disponível nos perfis do Instagram do Mais Juntas (https://www.instagram.com/maisjuntas.ufpel/) e da Maria Ada da Silva

(https://www.instagram.com/mariaadasilv/).a

Desenvolvido em oito etapas, o Ada bot foi produzido a partir da ‘Identificação do Vazio Institucional’ que precisava ser explorado, por meio da validação teórica (identificação e leitura de estudos nacionais e internacionais acerca da temática da violência de gênero), validação por Especialistas (perguntas feitas à profissionais que trabalham com vítimas de violência psicológica), categorização de gravidade (questões categorizadas pelos membros que constituem o Living Lab Mais Juntas), validação semântica (as perguntas e os termos foram validados com o público que provavelmente usará o chabot), validação junto a Usuárias (validação feita com potenciais usuárias por meio de uma dinâmica chamada Teatro Fórum), validação Estatística (futuramente, após algumas respostas, será feita a validação estatística do instrumento) e Inteligência Artificial (aplicação de inteligência artificial no chatbot por meio do acesso a dados de violência de gênero no Município de Pelotas).

A estudante de Engenharia de Petróleo na UFPel e integrante do projeto, Julia de Castro, compartilha as expectativas para o lançamento: “Que o chatbot alcance muitas mulheres e que seja bem acolhido por aqueles que souberem da sua existência. Além disso, esperamos que ele seja útil no momento de indicar o nível de violência psicológica em um relacionamento e orientar sobre a busca de ajuda frente a este tipo de violência”, conta.

Maria Ada da Silva

Derivada do Mais Juntas, a Maria Ada da Silva é uma tecnologia social sustentável de enfrentamento à violência de gênero. O perfil (Maria Ada da Silva (@mariaadasilv) • Instagram photos and videos) carrega o nome do meio de Ada, em referência a Ada Lovelace, matemática responsável pela criação do primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina.

A Maria usa a rede social para fazer publicações explicativas e informativas sobre a violência contra a mulher, além de apontar alternativas e formas de procurar ajuda em casos de violência.

Violência psicológica

A violência psicológica é uma das inúmeras formas de agressão que existem e é o primeiro estágio de qualquer outra violência, e muitas vezes, ela é invisível. O Ada bot atuará então, na identificação e orientação para mulheres vítimas da violência psicológica. “Segundo profissionais que atuam diretamente com o combate à violência de gênero, as mulheres que sofrem esse tipo de violência têm dificuldade e vergonha de falar sobre, e isso faz com que a violência psicológica aumente, se agrave e passe para outros tipos de violência…Então a identificação mais rápida poderá auxiliar essa mulher a sair do relacionamento antes que outro tipo de violência ocorra”, destaca Julia.

Lançamento

O quê? Lançamento do Ada Bot.

Quando? 25 de novembro.

Onde? Em formato online com transmissão ao vivo e de forma presencial, com local a ser divulgado na página do projeto. A divulgação oficial também será feita no Instagram.

Quem? O evento contará com a presença da prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, da reitora da UFPel, Isabela Andrade e da cantora Xana Gallo.

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