Açougueiros paralisaram na quarta, a categoria quer mudanças.
No último dia 28, comerciantes de carnes de Pelotas e de grande parte do Estado fizeram uma mobilização para mudanças no decreto 53304.
Por Fernando Vargas
Açougueiros e consumidores não aceitam as mudanças e se dizem prejudicados desde que o decreto 53304 foi publicado pelo Governo do Estado. A nova determinação, do final do ano passado, proíbe a venda de carne fracionada e propõe novas regras para o armazenamento nos estabelecimentos.
O decreto, também classifica os estabelecimentos dessa categoria em dois tipos: os que possuem local específico para porcionar, fatiar e embalar as carnes, dentro das boas práticas, e também, os que vendem produtos já inspecionados e que podem realizar pouquíssimas alterações de acordo com o pedido do cliente. Para Maicon, comerciante do ramo, ‘’o impacto dessa medida tem trazido prejuízos’’. Segundo ele, um declínio de até 40% pode ser encontrado em suas vendas.
Se antes o consumidor poderia levar a almôndega, o croquete e a chuleta para casa, com a mudança nada que for manipulado poderá ser vendido nesses estabelecimentos. A tradicional carne moída, por exemplo, para levar o produto para casa só se for moído na hora, ou se a carne estiver embalada e refrigerada em um prazo de no máximo um dia.
Todo esse problema fez com que os açougueiros paralisassem na última quarta- feira (28). Aproximadamente 100 deles embarcaram para Porto Alegre onde na Assembleia Legislativa realizar uma mobilização pelo fim do decreto 53304. Por isso, quem procurou as casas de carnes no dia encontrou as portas completamente fechadas.
Essa luta, no mês de maio também foi tema de discussão em uma audiência pública no Plenário Bernardo Olavo de Souza. Para o vereador Anderson Garcia do PTB, ‘’o tema precisa ser discutido, precisa achar uma saída para flexibilização do decreto ou para a retirada dele’’.
Diante das pressões de vários órgãos e setores públicos, na última segunda-feira (26), a secretaria estadual da saúde, aumentou em mais um ano o prazo de adaptação dos varejistas, mas o que o setor quer realmente é seguir a atividade como era antes do decreto.