A menina que roubava livros

Por Graça Vignolo de Siqueira

 Sinopse:

“Liesel Meminger (Sophie Nélisse) é uma garota abandonada pela mãe comunista para que possa fugir do avanço nazista. No caminho para a nova casa, onde será adotada, Liesel vê a morte pela primeira vez, quando seu irmãozinho não resiste à viagem de trem. No enterro à beira da ferrovia, um dos coveiros deixa cair um manual da sua profissão e é prontamente resgatado pela menina. Ela não devolve tomando para si o pequeno volume, mesmo sem saber ler. É adotada então pelo casal alemão Hans (Geoffrey Rush) e Rosa (Emily Watson), em princípio pela pensão que receberiam.”

Comentário:

Confesso que não li o livro ainda por falta de oportunidade. Acredito que livros são sempre mais completos que os filmes, mas o bom de ver o filme primeiro é não me decepcionar com a escolha dos atores. Sophie Nélisse, atriz canadense de 13 anos, é excelente.

O drama é passado em período de guerra na Alemanha e Liesel aprenderá, aos poucos, o verdadeiro significado do nazismo. Seu amor pelos livros vai levá-la a “pegá-los emprestados” quando pode. Isso se torna mais comum a partir do momento em que ela conhece Max, um judeu abrigado na casa dos pais adotivos.

Max ficará muito doente e o que o salvará será a leitura diária que Liesel faz, mesmo sem saber se ele a escuta ou não. Ela também tem um amigo, Rudy, apaixonado por ela. Para Rudy, ela conta todos os seus segredos. E assim o tempo vai passando, a guerra vai chegando ao seu clímax.

Baseado no livro de Markus Zusak, que ainda faz sucesso entre os amantes de literatura, o drama tem cenas comoventes. Principalmente quando os adolescentes vão descobrindo a dor e o verdadeiro significado de uma guerra. Mas tem momentos mais leves que acabam dosando bem o filme.

Caso tenha lido o livro, provavelmente apreciará o filme. Alguns críticos o consideraram certinho demais. Mas, parece que a narrativa feita pela Morte não desagradou ninguém.  Toda a história é contada pela perspectiva da Morte, personagem com vontade e voz. O diretor Brian Percival é conhecido da televisão e iniciante no cinema e, a meu ver, não fugiu do esperado.

A Menina Que Roubava Livros é um ótimo entretenimento, para toda a família. Faz chorar e faz rir nas 2h11 min. Tem uma trilha sonora leve e que concorre ao Oscar deste ano em Melhor Trilha Sonora. Só por isso já seria obrigatório para os amantes do cinema.

Por ser um filme leve, doce, que fala da conquista diária da harmonia familiar, da importância da amizade e, principalmente, do amor à leitura e aos livros eu não poderia dar outra nota. É 10!

 

Imagem: divulgação

Imagem: divulgação

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