A importância da música no desenvolvimento cerebral
Por Yasmin Benedetti
Estudos comprovam que estudar música desde cedo ajuda no desenvolvimento cerebral das crianças. Durante conferência anual da Sociedade pela Neurociência em San Diego (EUA), 2013, foram apresentados estudos confirmando que aprender um instrumento pode aumentar a capacidade de concentração e raciocínio na infância.
A prática da música aguça a percepção e segundo Platão é o instrumento educacional mais potente. “A música é o meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere- lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação”, diz Platão. Ela proporciona disciplina, persistência, perseverança, paciência, sensibilidade e estimula a convivência em grupo e sociedade. Harmonia, consonância, musicalidade, o mundo musical proporciona estrutura emocional e psicológica para lidar com os problemas, pois estimula o cérebro a resolver os conflitos de forma rápida, buscando a troca de informações.
Confira o depoimento de alguns músicos a respeito:
Bruno Añaña, 27, começou a aprender música em 2000 com apenas doze anos. Na época, ele apenas queria saber tocar suas músicas favoritas, mas logo virou um vício. “Hoje, não consigo me ver longe da música, seja tocando guitarra, trabalhando com bandas, sonorizando eventos…. A música passa a ser um estilo de vida e os que tentam abandonar falham, e logo voltam”, ressalta. Atualmente, Bruno atua no mercado musical tocando guitarra, violão bateria, teclado, baixo e, também, é vocalista da banda Postmortem.
Fernando Gering Veiga, 26, estudante do programa Oficinas Culturais do SESI, acredita que a música contribua no desenvolvimento social da criança, ajudando na questão da timidez, respeito e trabalho em equipe, pois a prática musical, muitas vezes, é feita em conjunto. “Funciona, também, como uma ótima válvula de escape para o estresse”, destaca.
Gabrielly Matchin Ueda, 19, estudante de música-composição pela UFPel, começou sua experiência na música aos dez anos com o violão. No início, Gabrielly utilizava a música como um “calmante para a alma”, mas desde então nunca mais parou. Com desânimo, ela ressalta que não existe ensino musical nas escolas públicas no geral, mas que por mais desafiador que fosse o amor pela música era maior. Gabrielly considera importante a aprendizagem de um instrumento na infância, “pois a música é um tipo de estudo que nunca acaba. Podemos passar vinte, trinta anos estudando música, tanto na parte prática quanto na parte teórica, que ainda assim nos faltará muita coisa para aprendermos”. Atualmente, ela compõe trilhas para curta e teatros, e é instrumentista de violão, baixo, clarinete, ukulele, bateria, teclado, piano, guitarra, cítarra e outros.
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