300 – A Ascensão do Império

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“Após o rei Dario, pai de Xerxes (Rodrigo Santoro), morrer pela flecha de  Themistocles (SullivanStapleton), Artemisia (Eva Green) inicia sua vingança em direção à Grécia. Os 300 espartanos e Leônidas combatem  o Deus-Rei Xerxes e são aniquilados. Então, os exércitos do resto da Grécia se unem para uma batalha contra Artemísia.”

Sangue, muito sangue. Os efeitos em 3D servem apenas para dar profundidade ao filme. Na realidade, o 3D me pareceu desnecessário. Quem assistiu ao primeiro 300, verá nesse o histórico do acontecimento. A morte do rei persa Dario, pai de Xerxes, que queria expandir seu domínio sobre  a Grécia;  a vingança que Artemísia tanto almeja para honrar seus pais, que foram sacrificados por gregos e o desejo de matar Themistocles, a quem respeitava como articulador, são alguns dos motivos que levam esses heróis a lutarem até a morte por uma causa: a democracia.

Embora o diretor agora seja outro, o eterno efeito especial “matrix” continua nessa sequência, que teve a primeira ideia de título: “Xerxes”. Para não perderem o público que adora sequências, optaram por manter “300” no título. Aliás, a trama não é uma sequência, pois se passa no período paralelo ao do primeiro filme.

Rodrigo Santoro e Lena Headey, a rainha Gorgo, mantiveram seus papéis depois dos seis anos da primeira produção. Rodrigo chegou novamente aos 80 kg e levava cerca de quatro horas e meia sua preparação para o personagem. Com 12 piercings, o corpo todo raspado, ainda recebia três camadas de cor para chegar ao tom dourado. Sem esquecer que sua preparação começava às 4h.

A maior parte da trama se passa no confronto da frota naval ateniense, liderada por Themistocles, contra a força naval persa de Artemísia. O filme tem muitas cenas com sangue e cabeças cortadas. Também tem algumas cenas de sexo violentas e por isso é proibido para menores de 18 anos. Mas, mesmo assim, tem visual de videogame e acaba atraindo os mais jovens. E talvez até apreciem as cenas em slowmotion.

A violência segue contínua tal qual  os quadrinhos de  Frank Miller, que deram origem a 300, e pode agradar aos fãs do gênero. Eu, particularmente, fui ao cinema para ver a atuação do brasileiro Santoro, que tão bem nos representa fora do país. Embora num papel ainda secundário, ele brilha numa atuação difícil, onde atuou todo o tempo sozinho e contracenando apenas com uma bolinha de tênis que estava espetada  na ponta de um bastão movida de um lado para o outro.

Bem feito, com excesso de violência e sangue, eu recomendo para quem goste do gênero. Nota 8,5.

 

300-A-Ascensao-de-um-Imperio

 

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