Museu Gruppelli retoma suas atividades com várias atrações

Após um período de reformas, reabertura acontece no dia 10 de novembro   

Por Amanda Leitzke e Chaiane Römer     

 

Com mais de 2000 objetos, instituição conta história dos modos de vida e trabalho do homem e da mulher do campo Foto: Divulgação

 

O Museu Gruppelli, localizado na Colônia Maciel, sétimo distrito de Pelotas, retoma suas atividades no domingo, dia 10 de novembro, a partir das 13h30min, após passar por reformas internas e externas. A programação de reabertura conta com apresentações musicais, lançamento de livros, mostra fotográfica e audiovisual, distribuição de pipoca, brinquedos infláveis gratuitos, exposição de flores, mateada, exposição de joias e outras programações.

O Museu Gruppelli foi fundado no dia 30 de outubro de 1998 por incentivo da comunidade local, com o interesse em preservar a história, memória e identidade da região colonial de Pelotas. Em uma frente liderada pela professora Neiva Vieira, pelo fotógrafo Neco Tavares e a família Gruppelli, conseguiram, aos poucos, reunir os objetos que hoje fazem parte do acervo.

Atualmente, o Museu Gruppelli possui dois mil objetos que contam a história da região e dos modos de vida e trabalho do homem e da mulher do campo, a maioria voltada ao trabalho rural. O acervo é configurado e organizado por meio de diferentes cenários, como a barbearia, gabinete dentário, armazém, trabalho rural, cozinha, costura, exposição temporária, vinícola, exposição sobre a enchente e a hospedaria.

O Museu Gruppelli se encontrava fechado por nove meses devido às obras que precisavam ser feitas no local. Sobre a reestruturação, Maurício Pinheiro, museólogo voluntário do museu, fala que o espaço “estava necessitando de uma reforma no telhado devido às ações do tempo degradarem o madeiramento, causando muitas goteiras. Isso afetou o acervo bastante, então em 2022 inscrevemos um projeto no Procultura de Pelotas e fomos um dos selecionados”. Com isso, eles puderam recuperar o telhado, trazendo mais segurança às pessoas e ao acervo, e também construíram uma rampa de acessibilidade e uma escada ao piso superior, proporcionando melhor acesso e transitabilidade aos visitantes.

Quando questionado sobre a importância do museu e da história que ele carrega e exibe para seus visitantes, Maurício Pinheiro afirma que “o Museu Gruppelli tem uma importância muito grande para a região. Foi o primeiro museu rural da cidade, tem uma grande relevância por ser precursor na ideia de preservar o patrimônio rural, que com o passar do tempo estava se perdendo”. Também conta que foi por causa da criação do museu que as pessoas começaram a perceber a importância da sua história e de preservar os objetos antigos que possuem para que as próximas gerações possam também ver a sua história e se enxergarem dentro do museu.

 

Em exposição vários objetos ligados ao cotidiano rural ao longo do tempo    Foto: Alvaro Pouey

 

Excepcionalmente, no dia da reabertura, o horário de visitação do museu começa a partir das 13h30min, mas o horário de funcionamento normal é das 10h até às 15h30min, somente aos domingos.

O evento seria realizado no dia 22 de setembro, mas por conta da enchente causada pelas fortes chuvas do mês passado que atingiram o local, a reabertura acabou sendo adiada para o dia 10 de novembro. Depois do trabalho exemplar da equipe do museu, o espaço, novamente, já se encontra em perfeito estado para que todos possam visitar e aprender mais sobre a cultura local.

Confira o cronograma do evento de reabertura:

 

Divulgado pelas redes sociais do Museu Gruppelli

Acompanhe as atividades do museu pelo Facebook e pelo Instagram.

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“Flores para Algernon”: Quanto pesa o conhecimento em uma sociedade desigual?

Através da ficção científica, obra faz uma crítica às ideologias capacitistas e preconceituosas      

 Por Ricardo Bandar       

 

 

Em seu romance de estreia, Daniel Keyes trabalha o preconceito e a vida de uma pessoa com deficiência intelectual em uma sociedade hostil. O livro “Flores para Algernon”, primeiramente publicado no ano de 1966, conta a história de Charlie Gordon: um homem de 32 anos de idade com um retardo mental grave. Ele vive seus dias trabalhando em uma padaria e escrevendo relatos em seu diário, até o momento em que passa a fazer parte de um experimento inédito de aumento de QI.

A obra aborda uma questão muitas vezes invisibilizada na sociedade, o capacitismo, neste exemplo específico, relacionado às pessoas com deficiência intelectual. O escritor traz situações degradantes pelas quais o protagonista vive no dia a dia, como “piadas” que o tratam como inferior, a falta de confiança das pessoas nas suas capacidades, a baixa paciência com os seus erros e a inexistência de respeito por ele.

A crítica social presente no livro é notável. A jornada de Charlie demonstra como a sociedade, inúmeras vezes, tende a marginalizar e desumanizar as pessoas com deficiência. Afinal, antes da cirurgia que iria aumentar o seu QI, ele é tratado como uma “coisa”, um objeto de piada e desprezo. A cada interação dele com outra pessoa, é revelado o preconceito enraizado nas atitudes dos indivíduos ao seu redor. O capacitismo é a discriminação e o preconceito contra pessoas com deficiência. O tema central enfatiza que a valorização de um ser humano, muitas vezes, depende de sua capacidade intelectual.

Conforme Charlie se torna mais inteligente, as suas relações mudam, mas também se complicam. Tornam-se evidentes para o protagonista as relações e interações baseadas em superficialidade que antes aceitava, bem como a fragilidade da felicidade ligada à aceitação social. Tudo isso resulta em questões importantes sobre o que realmente significa ser “normal” em uma sociedade incapaz de compreender o valor da empatia e da humanidade, em vez da mera conformidade às normas sociais e à valorização das coisas superficiais.

Dessa forma, “Flores para Algernon” é um convite à reflexão sobre como as pessoas com deficiência são tratadas, provocando uma nova interpretação sobre a humanidade. E evidencia como as concepções de inteligência e valor humano podem ser limitadas. A obra não apenas denuncia o capacitismo, mas também apresenta uma visão mais inclusiva e empática. O livro ressalta que a verdadeira dignidade e valor de uma pessoa não estão atrelados à sua capacidade de ser “normal” aos olhos da sociedade.

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Museu de Ciências Naturais: 54 anos proporcionando lazer e cultura

Instituição contribui para uma melhor conscientização ambiental e proporciona maior acesso à pesquisa científica      

Por Júlia Koenig       

 

Instituição buscar inovar formas de acesso ao acervo pela comunidade           Fotos: Divulgação

 

O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter, localizado na praça Coronel Pedro Osório, número 1, no Centro Histórico de Pelotas, faz parte da rota turística da cidade e oferece informação e lazer a população pelotense de forma gratuita.

O museu conta com cerca de 5540 exemplares de espécies taxidermizados, entre elas 540 aves e 4500 insetos. Em sua grande maioria de peças, o acervo reúne animais cuja taxidermia foi realizada por Carlos Ritter, mas há ainda espécies doadas por amigos do naturalista. E também animais taxidermizados por estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

A UFPel trabalha junto ao Museu de Ciências Naturais para manter preservado o acervo de Carlos Ritter e garantir o acesso da população a esse material, entre os cursos que trabalham junto ao museu estão Biologia, Museologia e Veterinária.

Hoje as visitas ao museu ocorrem com entrada franca, de segunda a sábado, das 13h às 18h. Durante o tour, os visitantes têm acesso ao acervo exposto e recebem a orientação de um guia, com uma explanação geral sobre a história do museu e curiosidades quanto ao acervo e às espécies expostas.

Arthur Tavares, estudante de Biologia e guia turístico do museu, revelou o interesse da equipe da instituição em facilitar o acesso das redes de ensino ao acervo através de uma espécie de museu itinerante. “Hoje em dia, a gente tem trabalhado junto com as secretarias municipais de cultura e educação, principalmente, do Capão e aqui de Pelotas, para levar o Museu para dentro das escolas usando espécies taxidermizadas que estão sendo preparadas de forma que possam ser tocadas, até por uma questão de inclusão”.

Segundo o guia, a maior dificuldade para ampliar o projeto é conseguir o apoio das autoridades públicas. “Esse projeto do Museu Itinerante não está finalizado. A ideia era fazer algo em conjunto com a Prefeitura, mas está difícil a comunicação, a Secretaria Municipal de Educação até deu respostas, mas a Prefeitura tem deixado muito ao vento”.  

 

Museu funciona em prédio de valor histórico no Centro de Pelotas

 

Quem foi Carlos Ritter

Carlos Ritter foi um renomado taxidermista brasileiro, conhecido por seu trabalho meticuloso na preservação e montagem de animais, principalmente espécies da fauna brasileira. Atuando no século XX, ele se destacou por sua habilidade técnica e por sua abordagem científica, contribuindo para o conhecimento da biodiversidade do país.

Ritter trabalhou em estreita colaboração com zoológicos e instituições científicas, e sua paixão pela natureza e pela educação ambiental refletia-se em sua prática. Seu acervo, que inclui uma vasta coleção de espécimes taxidermizados, é considerado um importante patrimônio histórico e científico. Ritter não apenas preservou a fauna, mas também buscou conscientizar sobre a importância da conservação ambiental. Sua obra é frequentemente estudada por biólogos e especialistas em zoologia, servindo como um recurso valioso para a pesquisa e a educação sobre a rica biodiversidade brasileira.

O horário de funcionamento do Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter  é de segunda à sábado, das 13h às 18h.

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“Contra a Parede” traz dilemas éticos do jornalismo

Filme mostra desafios que profissionais da imprensa encontram entre diversos interesses e a responsabilidade de informar a sociedade   

Por Antonio Berndt   

     

           

A ética no jornalismo é o foco principal do filme “Contra a Parede”. O personagem central, Cacá (Antônio Fagundes), se depara com um dilema entre suas crenças pessoais e sua atuação profissional, tendo que decidir se irá preservar a imparcialidade e a integridade ou se cederá às pressões externas que podem pôr em risco sua carreira e a própria democracia. A relação próxima de Cacá com os candidatos provoca reflexões sobre a capacidade de um jornalista em manter-se objetivo e imparcial quando há um envolvimento emocional com suas fontes.

“Conta a Parede” tem o enredo que explora a ética e a corrupção, situado alguns meses antes de nebulosas eleições presidenciais, em que os grandes partidos PMB e PG veem seu espaço reduzido para dar lugar a uma terceira alternativa. Não é complicado interpretar os sinais, assim como reconhecer o país retratado no filme como o Brasil contemporâneo. Uma significativa parcela da sociedade percebe a nação atolada na corrupção em todas as esferas, sem políticos dignos de confiança, um país em que nada parece funcionar.

A trama acompanha um jornalista em sua jornada em busca da verdade, confrontando-se com um intenso dilema entre suas responsabilidades profissionais e suas crenças pessoais. A história levanta questões relevantes sobre a manipulação de informações e os obstáculos que os profissionais da imprensa enfrentam diante de pressões externas e interesses políticos. A batalha do protagonista para preservar a ética jornalística espelha a realidade de diversos jornalistas no Brasil, especialmente em épocas de polarização e desinformação.

Esse ambiente transforma “Contra a Parede” em uma obra instigante e contemporânea, explorando questões de ética, poder e o papel do jornalismo em um período crucial para a democracia. A dificuldade entre o anseio por uma aposentadoria digna e a urgência de optar pelo bem coletivo cria um terreno fértil para a reflexão acerca da integridade profissional e as consequências de nossas escolhas.

Essa história pode também tocar o público, uma vez que muitos podem se ver refletidos nas batalhas internas que Cacá enfrenta, o que o transforma em um personagem intrigante e envolvente. Ademais, as questões abordadas no filme podem estimular debates sobre o papel dos meios de comunicação na moldagem da opinião pública e na dinâmica democrática.

Para finalizar, “Contra a Parede” traz um convite à reflexão sobre a integridade e a responsabilidade no jornalismo, especialmente num contexto político altamente polarizado e em tempos de desinformação. A trama de Cacá Viana nos lembra que a credibilidade do jornalismo é um pilar da democracia e que as decisões éticas dos jornalistas podem ter um impacto profundo não só nas suas carreiras, mas também na sociedade como um todo.

 

        Personagem de Antônio Fagundes simboliza presença do jornalismo no cotidiano             Foto: Divulgação 

 

Ficha técnica:

Gênero: Drama

Direção: Paulo Pons

Produção: Antônio Fagundes

Narração: Marília Gabriela

Elenco: Antônio Fagundes, Caio Blat, Edson Celulari, Emilio de Mello, Marcos Caruso, Adriana Bengonzi, Alexandra Martins, Amanda Costa, Brenda Ligia, Bruno Fagundes, Caco Ciocler, Clarissa Drebtchinsky, Clarisse Abujamra, Flávia Damiani, Ilana Kaplan, Marcio Ferraz e Paulo Ernesto

Música: Paulo Pons e Bernardo Adeodato

Cinematografia: Thiago Lima Silva

Companhia(s) produtora(s):Fafilmes e Pax Filmes

Distribuição: Rede Globo

Lançamento: 11 de agosto de 2018

Idioma: Português

Duração: 93 min.

Ano: 2018

País: Brasil

Classificação: 14 anos

Onde assistir: Globoplay, Youtube

 

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Espetáculo ‘Ecos de Nós’ reflete sobre as relações modernas nesta sexta

Inspirado nas interações humanas na atualidade, o espetáculo com entrada franca é produzido pela aluna Joana Botelho do curso de Licenciatura em Dança da UFPel     

Por Bruna Farias e Renata Ávila       

O espetáculo de dança “Ecos de Nós”, produção autoral da discente do curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Joana Botelho, promete trazer reflexões em torno da fragilidade e escassez dos sentimentos nas relações modernas. A apresentação será gratuita no Auditório Antônio Edgar Nogueira do Colégio Pelotense, no dia 18 de outubro, sexta-feira, às 19h.

Com 15 coreografias, compostas por movimentos contemporâneos e a técnica do Jazz, o espetáculo explora os sentimentos de solidão e passagem do tempo, que tornam o afeto e contato físico entre as pessoas escassos. “O objetivo do nosso trabalho é de conscientizar o público acerca de como as relações têm se tornado rasas e monótonas em consequência dos dias corridos e infinitos”, conta a diretora da montagem, Joana Botelho.

 

Pôster de divulgação do espetáculo “Ecos de Nós”        Divulgação/Joana Botelho

 

A produção e criação do espetáculo pelos alunos começa na disciplina de Montagem de Espetáculo I, mas apenas é colocada em prática e apresentada para a comunidade em Montagem de Espetáculo II. Conforme a professora orientadora do projeto, Eleonora Santos, a cadeira é fundamental para os discentes do curso em sua futura profissão. “A gente acredita que o nosso egresso tem que ser estimulado para quando estiver na escola como professor, informando e trazendo conhecimento aos estudantes a partir da Dança”, diz.  Ele deve ser “um potencial estimulador da produção artística na escola, e a montagem de um espetáculo é um grande agente para gerar esse pensamento”, explica a orientadora.

 

A diretora do espetáculo, Joana Botelho, conversa com os bailarinos antes do ensaio iniciar   Foto: Bruna Farias

 

No ensaio geral, era visível a animação e dedicação dos 23 bailarinos envolvidos no projeto. Alguns dos dançarinos são alunos do curso de Dança, já outros são amigos e bailarinos convidados por Joana. Estudante do curso de Nutrição, Daiana Thurow conta que ficou muito feliz com o convite da amiga para participar da obra. “A coreografia “Medo” tem sido minha preferida. A ideia de que o medo prende e acorrenta, mas que pode ser superado, conversa muito com a minha própria visão e dificuldades sobre esse sentimento. Poder colocar em expressões e movimentos algo que é tão paralisante se torna ainda mais mágico e profundo para mim”.

 

Por meio dos movimentos é possível refletir sobre as relações humanas na modernidade    Foto: Renata Ávila

 

Para outros bailarinos, o espetáculo é uma forma de sair da rotina do dia a dia, como é o caso da professora e fundadora da companhia de dança Grupo Mariana Espilman. “Aqui eu sou só bailarina, entende? Ao mesmo tempo que eu consigo estar no palco com as meninas, que são minhas alunas, eu consigo resgatar essa coisa antiga que eu tinha de quando eu era bailarina, tá sendo uma experiência ótima”, relata Mariana. Já, para a dançarina Eduarda Bilhalba, um dos grandes diferenciais da montagem é a direção cuidadosa da estudante. “Eu sinto muita gratidão por estar participando desse espetáculo com a Joana, porque ela é uma pessoa e coreógrafa incrível, ela torna tudo mais leve e isso é muito bom”.

“É sempre bom se apresentar, principalmente com amigos nossos. O espetáculo é muito bonito e sentimental, queremos fazer uma baita apresentação para todo mundo que for assistir”, conta a bailarina Larissa Borges, que convida toda a comunidade a prestigiar o espetáculo. Mais informações sobre a apresentação de ‘Ecos de Nós’ e demais produções dos alunos de Dança da UFPel podem ser encontradas nas redes sociais do curso @cad_danca.ufpel.

 

Evento: Espetáculo ‘Ecos de Nós’

Dia: 18 de outubro de 2024

Horário: 19h

Local: Auditório Antônio Edgar Nogueira (Colégio Pelotense), avenida Bento Gonçalves, nº 4357-4395

Entrada gratuita

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Mostra fotográfica traz registros inéditos do prédio da Prefeitura do Rio Grande

Exposição tem visitação gratuita e acontece na Galeria de Exposição Permanente      

Por Victória Silva       

  

Exposição narra 200 anos de história do sobrado em que funciona Prefeitura do Rio Grande    Foto: Victória Silva

 

Com foco na valorização do patrimônio cultural do município do Rio Grande, a exposição “Da Casa Nobre ao Paço Municipal: 200 anos de Narrativas” retrata, por meio de fotos inéditas, a história do prédio que sedia o Executivo da cidade mais antiga do Estado. Desde 13 de dezembro de 1982, o valor da edificação foi reconhecido com o registro no Livro do Tombo Histórico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE). A mostra fotográfica acontece na Galeria de Exposição Permanente, no piso térreo do Paço Municipal do Rio Grande (rua General Neto, 44).

 

Curadoria foi realizada pela equipe da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini Foto: Divulgação

 

Aberta à visitação desde agosto e incluída na programação da Semana do Patrimônio 2024, entre os dias 20 e 30 de agosto, a exposição se estende até fevereiro de 2025. Até lá, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, o público terá acesso a registros visuais selecionados pela equipe da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini. Poderá ser contemplada a transformação do prédio ao longo do tempo, bem como dos arredores. A visitação é gratuita.

 

A atração conta com fotografias inéditas do interior do prédio                     Foto: Victória Silva

 

Segundo a diretora da fototeca, a historiadora Gianne Zanella Atallah, a curadoria buscou documentar alguns momentos pontuais do sobrado enquanto espaço construído, não apenas como um imóvel da Prefeitura. “A intenção da exposição é fazer com que a comunidade se sinta pertencente a este espaço. São 200 anos de narrativas. Muitas pessoas passaram por aqui, tiveram suas atividades aqui dentro, tivemos moradores e um clube de divertimento, que era uma sociedade carnavalesca. Então, são muitas entradas e saídas”, explica ela. “A fotografia tem várias interpretações, então, muitas vezes, uma única fotografia conta muito sobre vários momentos”, completa.

 

Detalhes do cotidiano rio-grandino no passado são lembrados em cada imagem      Foto: Divulgação

 

Para a estudante Nathália Santos, a mostra cumpriu com o seu propósito. “Foi muito interessante visualizar, como rio-grandina, através dos arquivos, a mudança de hábitos e vestuário. Observei uma pequena parte da evolução da minha cidade através do prédio que simboliza sua democracia”.

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Programa Orquestra Jovem do Sesc com inscrições abertas até dia 9 de outubro

Pelotas foi a cidade escolhida como sede de projeto que busca estimular o desenvolvimento artístico de adolescentes        

Por Fernanda Farinha        

 

Chance com bolsas para cursos de contrabaixo, viola, violino e violoncelo     Foto: Divulgação/@paulorossifoto

 

O programa Orquestra Jovem do Sesc é uma inovação no Rio Grande do Sul, sendo o primeiro projeto de orquestra voltado para adolescentes no Estado. As inscrições vão até o dia 9 de outubro, para jovens entre 15 a 18 anos, através do site, o programa também oferecerá bolsas de estudos para alunos selecionados.

Nacionalmente, o Sesc é pioneiro nesse tipo de projeto, a instituição forma bandas de música e orquestra desde 2004. Atualmente, as orquestras jovens do Sesc estão presentes em diversos estados do país, e agora também no Rio Grande do Sul.

O Festival Internacional Sesc de Música, realizado em Pelotas, tradicionalmente recebe membros das orquestras jovens. Segundo Luciana Stello, gerente de Cultura do Sesc/RS, a possibilidade de trazer esse programa para o sul foi vista durante as suas realizações. “Presenciamos, de perto, como este projeto tem o potencial de transformar vidas através da música e da inclusão social. Então, ter essa iniciativa também em prática no Rio Grande do Sul era um sonho pensado já há algum tempo, que estamos concretizando neste ano,” contou. As aulas serão realizadas na Unidade do Sesc de Pelotas, a cidade foi escolhida como sede do projeto pela sua vocação para música e pelo sucesso que o Festival Internacional faz no município.

Os jovens poderão escolher entre os cursos de contrabaixo, viola, violino e violoncelo. As aulas serão realizadas presencialmente em três dias da semana e iniciam em janeiro de 2025. Uma novidade é a oferta de bolsas de estudos, um fato inédito entre as orquestras jovens do Sesc no Brasil. Luciana ressalta a importância dessa ajuda financeira para os alunos: “Partiu de nosso entendimento, no Sesc/RS, da necessidade de valorizar esses jovens alunos e evitar a evasão do curso entre participantes que, por motivos socioeconômicos, teriam que migrar para o mercado de trabalho e ficariam sem tempo para a formação”. Além da bolsa no valor de 600 reais, os estudantes também terão custeados o transporte e o lanche, permitindo com que se dediquem à formação e ao desenvolvimento do seu talento.

A música clássica e as orquestras ainda são, de certa forma, vistas como inacessíveis para muitos públicos. Projetos como os do Sesc têm um papel muito importante na popularização dessa arte. Luciana evidencia que a Orquestra Jovem do Sesc busca tornar a música de concerto acessível a todas as camadas da sociedade, no lugar de deixá-la erroneamente atrelada à elite, tendo em conta seus instrumentos e formações de alto custo. A formação de uma Orquestra Jovem, soma-se às inúmeras contribuições do Festival Sesc de Música à comunidade pelotense, um legado que colabora com a democratização da música de concerto.

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Os fantasmas ainda se divertem

O retorno triunfal do fantasma mais irreverente do cinema     

Por Pedro Bittencourt de Oliveira     

 

Michael Keaton interpreta o personagem protagonista            Fotos: Divulgação

 

Após mais de três décadas, o excêntrico Beetlejuice está de volta às telonas. Dirigido novamente por Tim Burton, “Beetlejuice 2” traz a tão esperada sequência de um dos maiores clássicos de comédia sombria do cinema. O filme chega com a missão de revitalizar o espírito caótico do original e conquistar uma nova geração,enquanto celebra o legado deixado pelo primeiro longa de 1988.

A nova vida de “Beetlejuice”

“Beetlejuice 2” carrega o desafio de dar continuidade a uma história que se tornou icônica. O personagem principal, interpretado por Michael Keaton, retorna com a mesma energia irreverente e anárquica que o consagrou no primeiro filme. Keaton, mais uma vez, encarna o bio-exorcista que transita entre o mundo dos mortos e dos vivos, desta vez com novos desafios e, claro, novos humanos para atormentar.

A trama envolve a personagem de Lydia Deetz, interpretada por Winona Ryder, agora adulta. Ela enfrenta questões familiares enquanto tenta proteger sua filha, papel de Jenna Ortega, das travessuras de Beetlejuice. A continuação não apenas amplia o universo apresentado no primeiro filme, mas também introduz uma nova geração de personagens, mantendo a essência humorística e sombria que fez de“Beetlejuice” um clássico.

Conexões com o passado e novos ares

Se o primeiro filme se destacou por sua originalidade e estética única, “Beetlejuice 2″ segue o mesmo caminho, mas com uma narrativa renovada e visualmente atualizada. Enquanto o estilo gótico de Tim Burton continua a definir o tom da produção, o diretor consegue trazer frescor ao universo de Beetlejuice ao incorporar temas mais contemporâneos e expandir o cenário fantasioso.

Com a adição de novos membros ao elenco, como Jenna Ortega, que tem ganhado destaque em papéis de terror e fantasia, e veteranos como Willem Dafoe e Justin Theroux, o filme garante uma dinâmica interessante entre os novos e os antigos personagens. Ortega, em particular, é um dos pontos altos da continuação, dando vida à filha de Lydia e estabelecendo um paralelo entre o comportamento irreverente de sua personagem e o de sua mãe no original.

 

Jenna Ortega soma no elenco fazendo o papel da filha de Lydia

 

Tim Burton: o maestro do macabro continua a brilhar

Tim Burton, novamente à frente da franquia, mostra que sua visão criativa ainda é tão vívida quanto nos anos 1980. Desde o lançamento do primeiro “Beetlejuice”, Burton se consolidou como um dos diretores mais originais de Hollywood, e o retorno ao universo que ele ajudou a criar é uma celebração de sua carreira e de seu estilo inimitável.

Com “Beetlejuice 2”, ele expande sua estética característica, utilizando a tecnologia moderna para aprimorar os efeitos especiais que, no original, eram propositalmente rudimentares, mas cativantes. O equilíbrio entre o digital e o prático mantém a atmosfera única do primeiro filme, ao mesmo tempo em que faz jus às exigências visuais do público contemporâneo.

Expectativa e nostalgia

“Beetlejuice 2” não é apenas uma continuação; é um evento cinematográfico que une nostalgia e inovação. Os fãs do primeiro filme encontrarão muitos easter eggs e referências ao original, enquanto o novo público terá a chance de descobrir o humor disruptivo e a estética gótica que definem o trabalho de Burton.

A expectativa estava alta, especialmente para ver como a interação entre os personagens clássicos e os novos seria conduzida. Com Michael Keaton retomando o papel de sua vida e a adição de um elenco jovem e talentoso, “Beetlejuice 2” supera as expectativas e se concretiza como um filme de ótimas atuações e narrativa divertida e envolvente.

Conclusão: Beetlejuice está de volta, e melhor do que nunca

“Beetlejuice 2” consegue capturar a essência do que fez do primeiro filme um clássico, ao mesmo tempo em que explora novas possibilidades narrativas. Com um elenco talentoso e a direção visionária de Tim Burton, esta sequência tem tudo para se tornar um novo marco no cinema de fantasia e comédia. O retorno do bio-exorcista mais amado do cinema faz não apenas rir, mas também nos lembrar por que “Beetlejuice” se tornou uma referência no imaginário cultural.

Ficha Técnica:
– Título Original: “Beetlejuice Beetlejuice”
– Direção: Tim Burton
– Elenco: Michael Keaton, Winona Ryder, Jenna Ortega, Catherine O’Hara, Willem Dafoe, Justin Theroux
– Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar
– Gênero: Comédia, Fantasia, Terror
– Produção: Plan B Entertainment, The Geffen Company
– Distribuição: Warner Bros. Pictures
– Duração: 104 minutos
– Data de Lançamento: 5 de setembro de 2024
– Onde assistir: Lançado nos cinemas, plataformas de streaming ainda a serem confirmadas.

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Exposição do Museu Leopoldo Gotuzzo traz olhar sobre natureza 

Mostra fez parte da programação da Primavera dos Museus e continua aberta à visitação      

Por Vanessa Oliveira        

 

O Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG), vinculado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), inaugurou a exposição “Olhar Peregrino: Percursos de Gotuzzo através da paisagem”, no dia 17 de setembro. A realização fez parte da programação da Primavera dos Museus, ocorrida na última semana de setembro. mas teve seus eventos paralelos adiados devido à suspensão das atividades acadêmicas e administrativas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em decorrência das condições climáticas adversas. As novas datas para os eventos adiados serão divulgadas em breve. A mostra pode ser visitada até abril de 2025. 

 

Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo fica na Praça 7 de julho, 180, em frente ao Mercado Municipal de Pelotas

 

A mostra apresenta as pinturas de paisagem criadas pelo artista Leopoldo Gotuzzo durante suas viagens por diversas regiões do Brasil e da Europa, realizadas  entre os anos de 1918 e 1942.  Gotuzzo viajava constantemente para visitar museus, estudar a arte e expor suas obras. A exposição revela suas rotas trazendo sua visão única e artística, sendo assim, ficou conhecido pela imprensa como o “peregrino das artes”.

 

Olhar do pintor sobre diversos lugares chega até nós

 

Sob a curadoria de Ana Carla de Brito, professora do curso de Licenciatura em Artes Visuais na UFPel e pesquisadora em teoria e história da arte, a exposição promete ser uma  jornada visual através dos trabalhos de paisagem do renomado artista Leopoldo Gotuzzo.

Ana Brito enfatiza a importância das paisagens na obra de Gotuzzo, notando que, embora ele seja conhecido por seus nus e retratos, foi um prolífico pintor de paisagens, frequentemente inspirado pelos lugares que passava. As obras selecionadas para a exposição, segundo Brito, foram cuidadosamente escolhidas para ilustrar os diversos percursos que o artista fez ao longo de sua carreira, particularmente entre 1918 e 1942.

 

Curadora da exposição Ana Carla de Brito explica como exposição foi pensada e organizada

 

A curadora utilizou uma variedade de documentos disponíveis no MALG, incluindo críticas de arte, notícias de jornais, manuscritos do artista e cartas para identificar as obras que estão sendo exibidas, planejando uma exposição que expressasse tanto os caminhos geográficos quanto a trajetória artística do autor.

Brito também destacou a relevância histórica das doações de Gotuzzo à Escola de Belas Artes de Pelotas, sugerindo um impacto significativo na formação de estudantes da região. A curadora expressou um desejo contínuo de envolver o público e a equipe didático-pedagógica do museu em conversas que exploram a relação entre arte, paisagem e sustentabilidade ambiental.

 

Sensibilidade das pinturas hoje se encontra com questões ambientais

 

“A exposição não é apenas uma retrospectiva do trabalho de Gotuzzo, mas uma tentativa de promover uma maior conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente e do olhar cuidadoso para as interações com ele,” diz Ana Carla. Ela espera que as pinturas de Gotuzzo inspirem uma apreciação renovada pela beleza natural e pela importância de práticas sustentáveis.

O MALG, é acessível à comunidade e opera sem fins lucrativos. O museu possui um acervo de 4.000 itens, organizado em oito coleções, incluindo acervos como o da extinta Escola de Belas Artes de Pelotas, além das coleções de Leopoldo Gotuzzo, Faustino Trápaga e João Gomes de Mello Filho

Para mais informações sobre a exposição ou outras atividades relacionadas, os interessados devem acompanhar as redes sociais do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo e também pelo telefone (53) 3248-4318. O MALG funciona de terça a sábado, das 12h às 18h. Os espaços expositivos fecham pontualmente às 18h30.

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Por que os filmes de terror estão com medo de assustar?

“Longlegs: Vínculo Mortal” faz parte da crise de identidade que o gênero de horror vem sofrendo    

Por Gabriel Veríssimo

     

Nicolas Cage personifica um serial killer no filme dirigido por Osgood Perkins       Fotos: Divulgação

 

O filme “Longlegs: Vínculo Mortal”, dirigido por Osgood Perkins, tem se destacado como uma das obras mais comentadas do cinema de horror deste ano. A trama gira em torno de uma agente do FBI (interpretada por Maika Monroe), convocada para reabrir um caso arquivado de um serial killer (vivido por Nicolas Cage). Lançado mundialmente em 12 de julho, o longa já ultrapassou a marca de US$100 milhões em bilheteria.

Esses números são notáveis, especialmente considerando que “Longlegs” competiu nas salas de cinema com grandes lançamentos como “Deadpool vs Wolverine” e “É Assim que Acaba” durante julho e agosto. Um dos fatores que pode ter contribuído para esse sucesso é o forte marketing, que desde 2023 promove o lançamento como “um dos filmes de terror mais assustadores de todos os tempos”.

Não é surpreendente que os fãs do gênero tenham demonstrado grande interesse por “Longlegs”, especialmente considerando a escassez de filmes de terror que realmente se propõem a assustar o público. No entanto, surge a pergunta: “Longlegs” é realmente tão assustador quanto promete?

A resposta correta seria: depende. O medo é uma experiência subjetiva; o que aterroriza alguns pode não causar o mesmo efeito em outros. Porém, vamos analisar essa questão de uma perspectiva histórica. Assim como qualquer forma de arte, o cinema evolui em termos de linguagem e técnica ao longo do tempo. Podemos comparar o cinema atual, por exemplo, com os primeiros filmes, mudos e em preto e branco, que se limitavam a cenários em movimento com uma câmera fixa. Hoje, cenas são criadas inteiramente através de efeitos visuais de computação gráfica.

No caso específico do cinema de horror, essa evolução também é evidente. O gênero tem se tornado cada vez mais eficaz em criar experiências assustadoras e realistas para o espectador. Podemos observar essa mudança comparando os clássicos do expressionismo alemão, como “O Gabinete do Dr. Caligari” e “Nosferatu” – filmes mais lentos, com atuações teatrais e longos planos – com produções contemporâneas como “A Bruxa de Blair” e “Atividade Paranormal”. Estes últimos, no estilo *found footage*, utilizam câmeras digitais amadoras para transmitir uma sensação de maior realismo.

 

Trama gira em torno de uma agente do FBI (Maika Monroe), que investiga caso de assassino em série

 

Terror próximo ao cotidiano

Essa evolução no cinema de horror também reflete uma mudança na forma como o medo é apresentado. Enquanto filmes mais antigos buscavam criar uma atmosfera de estranheza e suspense por meio de uma estética visual e narrativa mais teatral, as produções do final da década de 1990 e início dos anos 2000 tendiam a utilizar novas técnicas para aproximar o terror da realidade cotidiana do espectador. No entanto, em meio a essa transformação, surgem obras como “Longlegs”, que desviam para outros gêneros, mostrando que o foco atual do horror não é a frontalidade.

Voltando à pergunta inicial: “Longlegs” é realmente assustador? A resposta é não, pois o filme não se propõe a isso. Embora possua uma atmosfera de tensão muito bem desenvolvida no primeiro ato, ela é descartada no decorrer da história.

“Longlegs” se transforma no seu decorrer, adotando um tom mais voltado ao drama psicológico e ao thriller policial, abandonando a frontalidade e o medo explícito característicos do gênero.

Esse distanciamento da estética do terror tem se tornado uma tendência nos últimos anos, marcada por uma espécie de crise de identidade do gênero. Filmes de horror que parecem ter medo de assustar são cada vez mais comuns. Obras como “Midsommar”, “X”, “Pearl”, e outros filmes de estúdios como a “A24”, exemplificam essa nova fase, em que o terror é frequentemente misturado com drama psicológico. Estes filmes oferecem uma narrativa mais densa e lenta, voltada para as histórias de traumas e situações semelhantes, mas ao fazer isso, deixam de lado o impacto direto que muitos espectadores associam ao terror.

Essa tendência pode ser vista como uma tentativa dos estúdios de moldar um novo padrão de gosto entre o público, onde o terror se aproxima cada vez mais do drama psicológico, afastando-se de suas raízes mais gráficas e assustadoras. Com isso, o gênero vai se transformando e buscando novas formas de manter a relevância, ao mesmo tempo em que se afasta da sua essência original, construída ao longo de décadas.

Essa mudança pode estar ligada ao desejo de elevar o gênero de terror nas grandes premiações. Ao incorporar elementos de drama psicológico e se afastar da frontalidade, esses filmes buscam reconhecimento crítico, almejando ser vistos como algo mais “elevado” do que o terror tradicionalmente é. Essa busca por legitimidade no mundo cinematográfico se torna problemática, pois acaba desvalorizando ainda mais o terror como gênero, transmitindo a ideia equivocada de que essa tendência representa uma evolução ou, até mesmo, a salvação do terror, o que definitivamente não corresponde à realidade.

 

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