Diversidade artística na Feira Nacional do Doce

Já no seu segundo fim de semana, evento seguirá até o dia 18 de junho        

Por Stéfane Costa 

     

Apresentações no palco Cidade do Doce ocorrem desde o último final de semana               Fotos: Stéfane Costa

 

Trazendo a magia do mundo das crianças e a importância das lembranças, a 29ª edição da Feira Nacional do Doce (Fenadoce), cujo tema é Doce Sabor da Infância, se prepara para mais um fim de semana de atrações. As atividades disponíveis no pavilhão de eventos vão muito além da rica tradição doceira da cidade, passando por áreas de produtos como roupas, acessórios, espaços de tecnologia, agricultura e, claro, cultura.

Neste ano, a edição conta com apresentações nos palcos da Cidade do Doce, Estância Princesa do Sul e na Praça de Alimentação, o Palco Principal. As atrações contemplam danças típicas, executadas pelos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) da região, além de artistas locais que performam o melhor da Música Popular Brasileira (MPB), samba, pagode, e muito mais.

O evento, que seguirá até o dia 18 de junho, conta com atividades para todas as idades e gostos. Neste fim de semana, dias 10 e 11, haverá apresentações diversas nos três palcos montados pelo centro de eventos. A abertura do Palco Cidade do Doce neste sábado será conduzida por Diego Schneider, e encerrada pelo Grupo Só pra Variar, trazendo o melhor do pagode.

 

O palco principal tem contado com a participação das escolas de dança da região

 

Para os ecléticos de plantão, shows diversos acontecerão no palco principal, além das apresentações tradicionalistas no pavilhão de variedades, onde está localizado o palco da Estância Princesa do Sul. 

Todas as atividades podem ser conferidas de forma gratuita após entrada no evento. O ingresso para a feira varia de R$ 16, de segunda à quarta-feira, e R$ 18 de quinta a domingo, com possibilidade de meia entrada para estudantes, doadores de sangue, idosos e outros. Além da tradicional venda nas bilheterias do centro de eventos, neste ano, também é possível adquirir o ingresso de forma online, através do site minhaentrada.com.br. 

Confira a programação da Fenadoce Cultural no próximo fim de semana

Sábado (10)

Palco Cidade do Doce

15h – Diego Schneider

16h30 – Brenda Valim e Júnior Solano

18h – Ju Vargas e Flávio Ribeiro

19h30 – Bruno Chaves

21h – Grupo Só pra Variar

Palco Principal (Praça de Alimentação)

12h – Conservatório Elacir Schneider

13h30 – Coral Associação Escola Louis Braille

15h – Coletivo de Dança Pelotas

19h – Ro Bjerk e Ricardo Fragoso

20h30 – Grupo Sambavox

Palco Estância Princesa do Sul

14h30 – Sérgio Terres Viana

15h30 – Gilberto Gomes

16h30 – Joãozinho Missioneiro

17h30 – CTG Sinuelo do Sul

18h30 – Os Carreteiros

19h30 – General Loco y Sus Calaveras

Domingo (11)

Palco Cidade do Doce

13h30 – Rafael Freitag

15h – Ivan Vargas

16h30 – Pagode do Gustavo

18h – Duo Nuno e Pardal

19h30 – Samba de Raiz

21h – Taty e Fábio

 Palco Estância Princesa do Sul

14h – CTG Unidos da Querência

16h – Grupo Pampeanos

17h30 – CTG Negrinho do Pastoreio

19h – Trovador e Repentista Alemão Preto

20h – CTG Raízes do Sul

 

Grande público tem prestigiado as  apresentações que ocorrem no espaço da Praça de Alimentação

 

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Estudante de Jornalismo da UFPel lança livro de poesias

“Poesia para Curar! é resultado de suas vivências e da luta contra a depressão      

Por Stéfane Costa 

 

Maria Clara escreve desde os 15 anos e descobriu a poesia como o meio natural de expressar seus sentimentos

     

A escritora e estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Maria Clara Morais Sousa realizou um de seus maiores sonhos, lançar um livro. Dividida em fases intituladas como dor, confusão, esperança e agradecimento, a obra “Poesia para curar” é uma coletânea de poesias escritas pela jovem que descreve seus piores momentos, superações e, sobretudo, sua luta contra a depressão. Como o título já diz, as poesias são apresentadas neste livro como sua forma mais íntima de expressão, e, assim, ajudaram a curar as suas cicatrizes.

Maria Clara conta que escreve desde os 15 anos, e entrou na poesia de maneira natural, como um meio de expressar o que sentia. “Eu sempre escrevi, mas quando se tratava de escrever sobre os meus sentimentos, só saía em versos. Eu não sei exatamente por que eu escolhi a poesia. Eu sinto mais que meu coração e minha alma escolheram a poesia”, afirma.

 

A autora define seu trabalho como “uma escrita da alma”

 

Ela comenta que sua escrita poética tem inspiração direta nas pautas feministas abordadas por autoras como Rupi Kaur, Bruna Vieira e Amanda Lovelace, além de Riane Leão. Para a autora, sua poesia é uma forma de expressão que vem de dentro, sendo como ela define “uma poesia de alma”. “Eu não sei exatamente definir a minha poesia, eu sei que é uma poesia sem rima, é muito difícil eu fazer uma poesia com rima porque não vem naturalmente pra mim e eu gosto de fazer o que é natural pra minha escrita. Eu acho que eu definiria como uma escrita de alma, assim, uma poesia emotiva, tudo que escrevo eu vou vendo no meu coração, o que eu estou sentindo e como eu estou sentindo”, descreve.

Ainda sobre suas inspirações e processo de escrita, Maria Clara revela que normalmente apenas deixa as palavras fluírem, uma vez que se deixa guiar pela emoção. “Têm alguns textos que são de inspiração, e tem uns de escrita fluída, os que são de inspiração normalmente eu busco em uma música, uma frase, alguma coisa, e eu meio que monto um mini roteiro na minha cabeça e vou escrevendo. E outros eu só deixo fluir mesmo e vou escrevendo, tem textos que, sinceramente, eu me forcei a acabar porque já estava tão extenso, mas tinha mais coisas para falar”, detalha.

 

O livro pode ser adquirido através da internet

 

Para seus próximos passos como escritora, ela conta que pretende voltar a se dedicar na escrita de ficção. “Foi o que eu comecei escrevendo. Na infância eu só escrevia ficção, eu tenho muitas ideias, mas é difícil deixar isso concreto. Então, eu estou fazendo um curso de escrita criativa na ficção e esse é o meu primeiro passo”, revela. Maria Clara salienta, no entanto, que também mantém seu olhar constantemente voltado para a poesia. “Eu já tenho na minha cabeça a ideia do segundo livro de poesias, só que isso vai ficar um pouco mais para adiante porque eu gosto de ter um tempo grande para escrever”, explica.

Poesia para curar está disponível no site da Editora Viseu e na Amazon, tanto a versão física quanto o ebook para Kindle.

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“Mulheres, mitos e deusas” retoma a narrativa feminina sobre a história

Em seu livro, a autora Martha Robles analisa histórias de grandes mulheres através dos tempos e as estruturas de poder entre os sexos   

Por Hillary Orestes     

“Mulheres, mitos e deusas” é uma obra da autora e socióloga mexicana Martha Robles publicada em 1966, mas que só ganhou tradução para o português recentemente, em 2019. A obra explora a figura feminina através dos tempos, em uma coletânea de histórias de figuras mitológicas e de mulheres reais, cujas histórias e obras transcenderam o tempo.

A autora utiliza uma linguagem clara e acessível para abordar tópicos complexos, o que torna a leitura do livro agradável e envolvente. Ela apresenta exemplos de deusas e heroínas de diferentes mitologias, como a deusa egípcia Ísis e a deusa grega Afrodite e analisa como esses arquétipos foram usados para transmitir valores culturais e morais, reforçando uma sociedade machista.

Durante a leitura, é possível entender como foi construída a visão da sociedade em torno da mulher e do seu papel social. Mais do que isso, a obra traz diferentes perspectivas sobre muitas das histórias que já conhecemos. Além disso, é uma ótima opção para os leitores que gostam de mitologia, com algumas histórias pouco conhecidas pelo público em geral.

E se engana o leitor que pensa que o livro é voltado apenas às mulheres. Já no início da leitura, em uma nota à edição brasileira, Martha diz que a obra éEscrita por uma mulher, sobre mulheres e sua adjacência na história; mas não se dirige somente a elas. Narra e discute a grande aventura humana sob a ótica particular do olhar feminino.”

 

 Leitura enriquecedora tratando das mitologias e do papel das mulheres na história e cultura          Imagem: Hillary Orestes

 

O livro é dividido em sessões: começando com as origens, a autora traz uma série de figuras mitológicas, como Lilith, Eva, Ísis e Afrodite. Na sessão “Da tragédia à história”, são retratadas mulheres como Circe, Medeia, Cassandra, Cleópatra e Hipátia de Alexandria, figuras conhecidas das mitologias e histórias grega e romana.

Outra parte do livro é voltada para mulheres cujas histórias estão relacionadas a narrativas românticas, como Dalila, Sherazade e Isolda. Enquanto na sessão seguinte, Martha se dedica ao mítico e encantado mundo das fadas, trazendo histórias sobre a Dama do Lago e Cinderela, por exemplo.

A coletânea não se limita a personalidades fictícias. A sessão “Rainha” traz nomes como de Catarina de Médici, Elizabeth I e Cristina da Suécia. E é, através delas, que a autora relata algumas histórias reais de mulheres poderosas.  Logo depois, a autora passa pelo sagrado e pela religiosidade através de Melinche, da Virgem Maria e das “Nossas senhoras” das Mercês, de Guadalupe, de São João, de Zapopan e da Saúde, além de figuras como Teresa de Jesus e Sóror Juana Inés de la Cruz.

Por último e não menos importante, a última sessão de Mulheres, mitos e deusas é voltada para grandes nomes de ativistas e escritoras, trazendo autoras como Virginia Woolf, Simone de Beauvoir e Djuna Barnes.

Em geral, “Mulheres, mitos e deusas” é uma leitura enriquecedora para quem está interessado em mitologia e no papel das mulheres na história e cultura. O livro traz uma perspectiva importante e bem fundamentada sobre as relações entre gênero e mitologia e pode servir como uma inspiração para mulheres que buscam se conectar com as raízes espirituais de sua cultura.”

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“Sofá na Rua”: Pelotas como um polo multicultural

Evento acontece há 10 anos e promove diversidade de atividades com arte, música, dança e esportes       

Por Caio Nogueira        

Programação com entrada grátis e livre para todos os públicos é organizada de forma coletiva      Foto: Jackeline Nunes

 

A cidade de Pelotas conta com uma ampla diversidade de pessoas e de manifestações culturais, com influências de outras regiões do Brasil e da América Latina. Diante disso, o coletivo “Sofá na Rua” consegue mostrar todas as peculiaridades das diversas formas de expressar cultura na cidade. O evento, totalmente gratuito, organizado de forma coletiva e livre para todos os públicos, acontece no Porto de Pelotas há 10 anos e contempla toda a ancestralidade, musicalidade e outras formas de expressar cultura que ocorrem na região. Entre as principais atrações estão: shows, práticas culturais específicas, venda de produtos, esportes e danças.

 

Evento dá espaço à diversidade cultural que coexiste na cidade  de Pelotas           Foto: Cibele Gil

 

O nome “Sofá na Rua” não é à toa, na rua José do Patrocínio, onde é realizado o evento, fica um sofá, que simboliza o conforto e a inclusão do local. O “Sofá na Rua” ocorre, geralmente, entre a parte da tarde e o anoitecer, com a data divulgada em suas redes sociais (Facebook  e Instagram) alguns dias antes.

 

Coletivo divulga data de realização dos eventos por suas redes sociais       Foto: Jackeline Nunes

 

Segundo a produtora do coletivo, Isadora Passeggio, o “Sofá na Rua” estimula a cadeia da cultura regional ao dar espaço a diversos segmentos culturais e fazedores de cultura na cidade. “O coletivo tomou proporções de movimento cultural, pois cria lastro de conexões com agentes do setor cultural e da economia alternativa do País, espalhando-se em rede por diversos municípios do território brasileiro, sendo Pelotas a matriz dessa iniciativa”. Ela enfatiza: “Como consequência das práticas culturais, o evento movimenta a rede de consumo local, de empreendedores de economia familiar”.

Sobre os últimos anos, Isadora reitera a dificuldade de se trabalhar com cultura no Brasil: “Viemos de um governo em que o ministério foi extinto e todos os agentes culturais passaram por momentos bastante complexos”. Quando perguntada sobre a maior virtude do “Sofá na Rua”, ela responde: “Acredito ser o diálogo direto com seu público, existe uma troca cultural muito horizontal, que fortalece o movimento e fez com que o Sofá chegasse aos seus quase 11 anos de trabalhos contínuos e se expandisse para outras cidades. Trabalhamos de forma criativa e solidária, o Sofá não possui um dono, os integrantes do coletivo não são os mesmos desde o início, o que possibilitou diferentes olhares e experiências dentro do movimento”.

 

Esportes também estão integrados à programação do Sofá na Rua     Foto: Gustavo Fonseca

 

Sobre a continuidade de um processo de profissionalização do evento e sobre a importância das bandeiras que ele levanta, um dos integrantes Valdir Robe Júnior, produtor cultural e ativista, diz: “O coletivo nos últimos anos vem conseguindo se profissionalizar no sentido de receber pelo trabalho, através de editais culturais e parcerias. E vem se mostrando importante também para que artistas com trabalhos autorais possam se apresentar para um público que, em muitas vezes, passou de 3 mil pessoas. Acreditamos que, sim, podemos fortalecer outros movimentos, no sentido de nos entendermos como muito mais que um evento, e sim um coletivo e movimento cultural, com pautas que acreditamos. Nesse sentido, estamos em permanentes conexões, permitindo trocas que fortalecem ambos. Não somos partidários, mas temos campo político, na defesa dos direitos humanos, do movimento negro, e de pautas LGBTQIA. O coletivo exercita uma democracia direta, é um aprendizado constante, se há divergência, vota-se e a maioria decide. Perdemos integrantes que foram para outra cidade, por exemplo, e o coletivo se renova e permanece construindo e avançando”.

Um dos objetivos do coletivo é, cada vez mais, aprimorar suas produções, por isso, para as próximas edições, promete uma organização cada vez maior, trazendo em debate a importância da valorização da cultura brasileira com todos os seus ricos e belos detalhes e particularidades.

 

O Sofá na Rua se consolidou como um eapaço de integração cultural na cidade        Foto: Jackeline Nunes

 

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Escritor de São Lourenço do Sul dá voz às histórias de seu fusca em livro

“As Aventura do Fusca Amadinho” foi escrito em primeira pessoa e evidencia vivências do autor com família e amigos      

Por Larissa Schneid Bueno    

Livro será lançado em junho, no mês que é celebrado o Dia Mundial do Fusca 
Fotos: Divulgação

 

Em São Lourenço do Sul, um amor diferenciado proporcionou a construção de um livro com as histórias de um fusca. O agente de turismo Rodrigo Seelfeld, também escritor e autor do livro “As Aventuras do Fusca Amadinho”, foi a figura oculta responsável por eternizar os momentos que viveu com sua família em seu primeiro carro, de 52 anos.

A iniciativa de criar o primeiro livro, escrito solitariamente por Rodrigo, surgiu após a sua participação nas oficinas literárias do Centro de Escritores Lourencianos (CEL), ministradas pela professora Cleia Dröse.

Lá, Rodrigo conheceu um mundo de oportunidades, de leitura, de dedicação e de conhecimento, e aprendeu a escrever contos com base em todas as regras, características e detalhes necessários. E foi após um exercício, cujo objetivo era fazer com que os participantes trouxessem para o mundo o que achavam de mais interessante, que Seelfeld decidiu começar a história da sua obra.

“O livro tem uma peculiaridade. Ele é um livro de bolso e diferente: vem na primeira pessoa. Então é como se o fusca estivesse escrevendo a própria história. Desde o dia em que ele chegou à nossa família, a relação dele comigo, com a minha esposa Aline, com a minha filha Maria Flor, com os nossos amigos, o conflito que tinha com uma kombi que comprei e, por fim, uma declaração de amor, o amor enlatado que eu faço a ele”, disse Rodrigo.

A construção de todas as histórias do fusca, que podem ser lidas por crianças e adultos, levou cerca de três meses para ficar pronta, visto que correções precisaram ser feitas, além de complementações textuais, imagens e formatação gráfica.

Ao falar sobre o andamento da escrita, Rodrigo conta que o maior desafio encontrado no processo foi trazer todos os elementos que caracterizam a relação do fusca com ele e sua família, e informou que a previsão de lançamento é para o mês de junho.

“Foi o primeiro carro que a gente teve, já andamos bastante com ele aqui em São Lourenço, na zona rural e temos várias histórias, então o maior desafio foi colocar todas elas e trazer também como uma forma de diversão para esse livro. A previsão de lançamento é em junho, porque neste mês a gente comemora, no dia 22, o Dia Mundial do Fusca, então vamos lançar o livro no início ou no meio do mês de junho. Ele já está na impressão”, frisa.

 

Agente de turismo, escritor e autor, Rodrigo Seelfeld, é a figura oculta que eterniza as histórias de seu fusca

 

Além de evidenciar a história do fusca com as pessoas, o livro também mostra a simplicidade através de um novo despertar para a vida. Mesmo enferrujado, com detalhes na lataria que precisam ser reparados, o fusca que não estava andando há tempos é acolhido por uma família, mostrando sua vulnerabilidade por meio das cicatrizes que adquiriu com o tempo, assim como acontece com os seres humanos.

“É um ato de resistência contra esse mundo moderno, em que tudo pode ser substituído, alterado, trocado. Então, acho que isso é simbólico. Imaginem um fusca escrevendo a sua própria história, coloquem-se no lugar dele, carregando pessoas para cima e para baixo, e depois sendo acolhido por uma família, após muito tempo parado. Além da visão do fusca, o leitor terá a sensação de simplicidade nas coisas simples da vida. A experiência é mostrar que vale a pena acreditar nos seus sonhos e em novas oportunidades. Eu sou apenas um escritor fantasma por trás do fusca, transformando todos os sentimentos dele em escrita”, destaca.

O livro poderá ser adquirido diretamente com o autor ou no site da editora Pragmatha, a qual apoia a obra com o CEL, e, em data a ser definida, a história também será lançada na versão e-book para venda.

“Vamos convidar muitas pessoas para estar conosco para que, após a leitura, conversar sobre o impacto que o livro quer causar. Não podemos desistir dos nossos sonhos, mesmo com toda a dificuldade da vida, com todo dia a dia. Todos nós temos histórias lindas de vida, de ficção, porque a literatura é aberta, é um mundo em que a gente viaja. O impacto literário que o livro traz é uma viagem interna, é como eu me colocaria no lugar de um fusca escrevendo”, finaliza.

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“Alias Grace”: o estereótipo da inocência feminina

Drama histórico, com uma pitada de suspense, instiga e questiona as relações de poder na sociedade     

Por Hillary Orestes       

 

Cinéfilo ou não, você já assistiu ou ao menos ouviu falar de “The Handmaid ‘s Tale” (“O Conto da Aia”) uma adaptação da obra homônima da escritora canadense Margaret Atwood que ganhou fama pelo mundo distópico criado pela autora. Aborda temas como o extremismo religioso, o feminismo e a perversidade de um mundo dominado pelos homens. Mas esta não é a única obra de Margaret adaptada para as telas.

“Alias Grace” é uma série derivada da obra homônima de Atwood de 1996, que é baseada em fatos reais. Lançada em 2017 e dirigida por Sarah Polley, a produção de seis capítulos é uma boa opção para os espectadores que buscam conteúdos mais curtos para “maratonar” em um único dia. O título está disponível na plataforma de streaming Netflix.

A trama se passa entre 1940 e 1943 e gira em torno de Grace Marks, uma imigrante irlandesa que se muda para o Canadá e, três anos depois de sua chegada, é condenada por um duplo assassinato: de Thomas Kinnear, dono da fazenda em que trabalhava e suspeita da morte de Nancy Montgomery, governanta da casa. Junto com ela, James McDermott, outro funcionário da casa, é condenado à forca pelo mesmo crime.

A moça jura ter sido acusada injustamente e alega não ter memória alguma do acontecido, enquanto McDermott insiste até seu último suspiro que Grace foi, não só a mandante dos crimes, como também a executora.

Enquanto McDermott sofre a pena máxima, Grace recebe uma sentença de 30 anos de cadeia e cumpre a pena entre uma penitenciária e centros psiquiátricos. Ao longo dos episódios, o espectador fica dividido entre a possibilidade da protagonista ter sido falsamente incriminada ou se de fato ela teria se envolvido no crime.

Grace ganha a simpatia de alguns membros da sociedade local, que montam um comitê para ajudá-la a provar sua inocência e reverter a pena sofrida pela moça.  O grupo contrata um médico, Dr. Simon Jordan, que, 15 anos após a condenação, investiga nas memórias de Grace, alguma pista que possa provar que a moça não estava envolvida nos crimes.

 

Sarah Gadon interpreta Grace Marks, em performance que revela mulher complexa e misteriosa     Foto: Divulgação

 

Durante as sessões com Jordan, a moça revive sua trajetória desde a chegada no Canadá, até o dia do crime, relatando uma série de abusos e violências sofridas por ela ao longo da vida.

O mistério em torno da inocência de Grace faz da obra uma instigante busca pela verdade, enquanto incita o próprio telespectador a se questionar sobre como a sociedade da época, em um sistema feito para punir e reprimir as mulheres, que as violenta e as usa, na verdade, não é o verdadeiro culpado. 

A série é notável pela sua cinematografia e excelentes atuações. Sarah Gadon, que interpreta Grace Marks, entrega uma performance incrível como uma mulher complexa e misteriosa, que é simultaneamente uma vítima e uma possível assassina.

Também se destaca por sua abordagem inteligente e sutil da questão do gênero e do poder, bem como por sua exploração da psicologia humana e da natureza da verdade.

Na obra, Margaret traz dois pontos importantes sobre as nuances do feminino: a primeira expõe a fragilidade e a exploração do corpo da mulher, que não é protegido ou cuidado pela sociedade, de modo que Grace é, incontáveis vezes, abusada por diferentes figuras de poder dentro destes espaços.

A segunda expõe outra nuance, menos conhecida e menos vista: a força da mulher e sua capacidade de lidar e gerenciar as situações, mesmo que isto implique em utilizar métodos questionáveis.

Um exemplo disso é quando Grace manipula o júri, que é constituído inteiramente por homens, para escapar da sentença de morte. Atua com pureza e inocência, de modo que, em uma visão masculina, seria impossível que tal criatura dotada de tanta bondade, pudesse ser capaz, por vontade própria, cometer atos tão horríveis.

No geral, Alias Grace é uma série envolvente e bem-feita, que oferece muito para os fãs de dramas históricos e psicológicos. Apesar de um enredo um pouco mais arrastado em alguns momentos, a série é um exemplo notável de adaptação de literatura para a tela e vale a pena conferir para quem procura uma história intrigante e bem contada.

Veja o trailer:

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“Next In Fashion”: de volta nas passarelas do streaming

Reality show promove competição entre novos talentos da moda americana         

Por Thierri Cunha       

Ao longo de 10 episódios, a segunda temporada de “Next In Fashion”, no serviço de streaming Netflix, teve comando dos apresentadores Tan France, designer de moda, e Gigi Hadid, modelo. É, num cenário de competição, que os 12 participantes da temporada foram colocados para lançar suas ideias e concorrer entre si por meio de provas com temas pré-designados.

Com o intuito de descobrir o mais novo nome do mundo da moda, os participantes têm suas criações avaliadas e julgadas por grandes personalidades do universo da moda, como Donatella Versace, Isabel Marant, Olivier Rousteing, Candice Swanepoel e Emma Chamberlain.

Embora possa parecer fácil, os 12 nomes selecionados já precisaram fazer looks que representassem a mãe-terra e que fossem feitos a partir de materiais reciclados. Deveriam remeter à infância em roupas que fossem usáveis no MET Gala, o mais importante evento solene do mundo da moda, comandado pela revista Vogue estadunidense.

 

Tan France, Gigi Hadid e participantes da segunda temporada de “Next In Fashion”          Foto: Divulgação

 

Dentre os nomes competidores, é possível notar o melhor desenvolvimento ao longo dos episódios de Nigel, designer que tem como sua marca e assinatura o streetwear, roupas mais associadas ao bairro Brooklyn em Nova Iorque que é formado, em grande parte, pela população negra da cidade. O estilo é caracterizado por roupas largas, uso de jeans, sempre trazendo uma abordagem do lado urbano. O estilista, por sua vez, queridinho da temporada, desenvolve as peças com excelência, dentro das propostas apresentadas, mas sempre adaptando também para o seu estilo pessoal, adicionando uma camada de upcycling, outra tendência em ascensão no mundo da moda, que prevê o reaproveitamento das peças para a criação de novas.

Ao longo dos episódios, o programa vai tendo um desenrolar que prende o espectador de maneira que se sente sempre instigado a assistir o próximo capítulo. A linguagem também é de fácil acesso, sempre próxima do nosso dia a dia, com gírias e termos, principalmente para os ligados no mundo da moda, que já são reconhecidas e entendidas.

A série pode servir como uma excelente porta de entrada para os que gostam de moda, mas não sabem por onde começar, visto que, no desenvolvimento dos episódios, conseguimos entender melhor sobre conceitos, corte, costura, modelagem, olhar técnico e importância de manter-se fiel a si mesmo em termos de criação.

A trajetória do apresentador e designer de moda Tan France na mídia começou em “Queer Eye”, série também da Netflix. Junto de um time de outros apresentadores, eles são responsáveis por transformar a vida e rotina dos participantes selecionados. No programa, France é encarregado de ser o especialista em moda, assim como no reality show. O apresentador e estilista anglo-americano, de ascendência paquistanesa, conta com mais de 3,8 milhões de seguidores em seu perfil do Instagram e uma biografia publicada.

Já a modelo Gigi Hadid acumula mais de 78 milhões de seguidores em suas redes sociais e um currículo vasto de desfiles de moda feitos. Ela iniciou sua carreira cedo, aos dois anos de idade já estrelava campanhas da marca estadunidense Guess. Mas retornou às passarelas para valer em 2011. Desde então, desfilou para as grandes grifes, como Jean Paul Gaultier, Chanel, Versace, Balmain e Jacquemus.

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Documentário “Juízo” expõe fragilidades de sistema falho e desigual para adolescentes em conflito com a lei

Filme de 2008 viralizou nas redes após entrar em catálogo no streaming       

Por Beatriz Gomes       

 

Pôster de divulgação da produção cinematográfica            Imagem: Reprodução/JustWatch

 

Se você é usuário da internet e, em especial, de aplicativos de vídeos como o “TikTok”, é possível que já tenha se deparado com alguma cena do documentário “Juízo” na sua timeline. Lançado em 2008, o filme documental dirigido por Maria Augusta Ramos e produzido por Diler Trindade, acompanha o processo de julgamento de jovens acusados de cometer crimes na cidade do Rio de Janeiro e retrata a realidade dos sistemas judiciário e carcerário no Brasil, revelando suas falhas, a falta de recursos e a falta de treinamento adequado para lidar com jovens infratores. A cineasta já dirigiu outros filmes como “Justiça”, “Futuro Junho”, “Morro dos Prazeres” e “O Processo”, todos de cunho político e social. 

Uma vez que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe o uso de imagens de menores de 18 anos, a fim de preservar suas identidades, os casos apresentados no documentário são retratados por meio de jovens pertencentes a três comunidades do Rio de Janeiro que compartilham das mesmas condições de risco social. No entanto, todas as outras personagens desempenham seus verdadeiros papéis.

Recentemente adicionado ao catálogo de conteúdo da Netflix, “Juízo” passou a viralizar nos últimos meses. Nas redes, diversos trechos vêm sendo publicados, gerando comoção e debates. As cenas mais comentadas e mais assistidas são justamente as das audiências que julgam o futuro dos menores em questão, principalmente, nas quais a juíza Luciana Fiala aparece. Polêmica e controversa, a forma de tratamento dada por ela aos menores divide opiniões: enquanto uns aclamam o que consideram ser uma abordagem mais “rígida”, outros rechaçam e apontam falta de ética, excessos e preconceito.

 

A juíza Luciana Fiala durante audiência em cena que viralizou       Foto: Reprodução/Netflix

Fiala mantém um tom firme, direto e, por vezes, intransigente em sua comunicação com os adolescentes, sempre passando por uma sessão de “sermão” com “conselhos” direcionados aos julgados. Utilizando uma linguagem mais próxima ao coloquial e aparentando pouca paciência e irritabilidade, por vezes, a juíza parece não levar em consideração a realidade e contexto social em que os menores estão inseridos, apresentando uma abordagem que soa simplista para situações tão complexas. É bom lembrar que, neste caso, estamos falando de uma maioria de jovens que acaba na criminalidade, pois são oriundos de famílias desestruturadas e em vulnerabilidade socioeconômica. Será mesmo que utilizar o grito e a ironia são as melhores escolhas para lidar com casos como estes?

Além das cenas viralizadas das audiências, outros momentos são cruciais para compreender em totalidade o trabalho de Ramos. A diretora explora muito bem as instalações precárias (que são reais) do extinto Instituto Padre Severino, reformatório tradicional conhecidíssimo no Rio de Janeiro, retratando os adolescentes vivenciando situações rotineiras naquelas estruturas, trazendo o espectador para dentro daquela realidade. A diretora não costuma utilizar o recurso da trilha sonora nestas sequências, fato que, combinado com os poucos cortes que faz, torna de certa forma angustiante acompanhar tais cenas, momento em que o espectador é obrigado a adentrar aquele universo, nem que seja por um momento. Ramos busca humanizar. São diálogos despretensiosos entre os adolescentes, encontros com familiares em dias de visita, conduções feitas por funcionários da DEGASE (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), etc.

Fato é que durante o documentário entramos em contato com duras vivências e, através do olhar de Maria Augusta Ramos, fica perceptível que todos ali fazem parte de um sistema quebrado por dentro que tende apenas a punir, ao invés de ressocializar, perpetuando assim um ciclo de violência e exclusão.

 

Cotidiano das instituições socioeducativas  é retratado no filme       Foto: Reprodução/Netflix

 

Ao expor as limitações desse sistema, a obra nos convida a repensar que sociedade estamos construindo. Parece clichê, mas o óbvio precisa ser dito, pois o óbvio não tem sido feito: para além da punição, é necessário revisitarmos as políticas públicas brasileiras relacionadas à juventude em conflito com a lei, bem como as medidas socioeducativas propostas, a fim de construir uma sociedade mais justa e igualitária. Em tempo, deve-se antecipar que “Juízo” termina sem nos dar essa solução. E, se você tem algum coração, por aí, com certeza, irá chegar ao final do documentário se sentindo impotente. Depois disso, o que assistiu vai levar a muitas reflexões.

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Grace Gianoukas abrilhantará Teatro Municipal de Rio Grande com “Nasci Pra Ser Dercy”

A atriz apresentará o espetáculo pela primeira vez na sua cidade natal entre os dias 12 e 14 de maio         

Por Joanna Manhago e Tais Carolina         

 

         Homenagem com muito humor  terá três noites no palco rio-grandino          Fotos: Divulgação

Mais uma vez Rio Grande vai receber uma peça teatral protagonizada por uma artista que é um orgulho do município. Grace Gianoukas, que é natural da cidade mais antiga do estado. Ela volta até a Noiva do Mar para apresentar o espetáculo “Nasci Pra Ser Dercy” nos dias 12 e 13 de maio, às 20h; e 14 de maio, às 19h, no Teatro Municipal (avenida Major Carlos Pinto, 312).

Esta é a terceira vez, em menos de dois anos, que a artista se apresenta em Rio Grande, depois de um grande período sem eventos no teatro. A primeira vez foi em agosto de 2022, com o espetáculo “Grace Em Revista”, que trata sobre a trajetória da artista ao longo dos 40 anos de carreira. A segunda oportunidade foi promovida pelo produtor local, Guilherme Rajão, que organizou a apresentação do mesmo espetáculo em novembro do ano passado.

Rajão também é o responsável pela apresentação da peça “Nasci Pra Ser Dercy”, que acontecerá em maio de 2023. Ele comenta que “Grace é um sucesso único, além de ser um orgulho da cidade” e que sempre vale a pena trazer suas peças teatrais para Rio Grande.

“O espetáculo, a atuação e o profissionalismo da Grace já seriam suficientes para ter ela se apresentando em Rio Grande, mas o fato dela ser natural da cidade, ser carismática e ter carinho pela nossa cidade faz com que a gente sinta mais vontade de assistir suas performances. Na primeira vez que promovi o show dela, mais de 600 pessoas foram até o teatro, e, até o momento, as vendas para a peça de maio estão muito positivas”.

 

Natural de Rio Grande, a atriz Grace Gianoukas destaca-se por suas atuações  e profissionalismo

 

A cidade do Rio Grande não tem a cultura de frequentar peças teatrais, porém, nos últimos meses, isso vem mudando. O atual diretor do Teatro Municipal, Bira Lopes, explica que está sendo necessário reinventar o que é promovido pelo setor na cidade. Ele relembrou os trabalhos desenvolvidos pela antiga diretora, Alzira Paiva, e como isso auxiliou no crescimento do consumo desta arte. “A saudosa Alzira, antes de morrer, deixou um legado, dar vida para o nosso teatro. Mesmo em meio a pandemia, ela induziu a comunidade do Rio Grande a valorizar as produções locais que se apresentavam na cidade, ainda de forma remota. Isso incentivou os produtores locais a investirem nesta arte e agora podemos ver diversas sessões lotadas com espetáculos locais, regionais e nacionais”, registra.

 

Grace interpreta personagem Vera, que tem sonho de ser nova Dercy

 

Detalhes da peça teatral

O espetáculo “Nasci Pra Ser Dercy” estreou em 2012 e já foi apresentado em diversas cidades brasileiras. É uma homenagem bem-humorada e carinhosa a uma das maiores artistas do Brasil, Dercy Gonçalves, e tem sido muito elogiada pela crítica e pelo público em geral. O texto e a direção são de Kiko Rieser, mas a produção conta com nomes de Miguel Falabella (voz off), André Kirmayr (assistência de direção), Mau Macedo (trilha sonora) e outros importantes nomes do teatro brasileiro.

No espetáculo, Grace Gianoukas interpreta uma personagem – chamada Vera – que tem o sonho de ser a nova Dercy Gonçalves, e conta a história de sua vida e carreira de uma forma divertida e emocionante. A peça é recheada de humor, improviso e interação com a plateia, além de contar com números musicais e cenas engraçadas que lembram a irreverência da atriz Dercy Gonçalves.

 

Irreverência da atriz inspiradora é revivida na personagem teatral

 

O diretor de produção de Grace, Paulo Marcel Almeida contou como surgiu a proposta de produzir o espetáculo: “A ideia da peça “Nasci Pra Ser Dercy” surgiu a partir de uma brincadeira entre Grace e alguns amigos. Durante uma conversa, eles começaram a imaginar como seria se ela se transformasse na Dercy Gonçalves. A partir daí, Grace começou a estudar a vida e a obra de Dercy Gonçalves, assistindo a entrevistas, filmes e programas de televisão em que a atriz participou. Ela também se inspirou em sua própria trajetória como artista e comediante, para criar uma personagem que fosse ao mesmo tempo divertida, emocionante e autêntica”.

Dercy Gonçalves (1907-2008) foi uma humorista, atriz, autora, diretora e produtora teatral e cantora. Passou pelo circo, foi uma estrela do teatro de revista na década de 1930 e começou a atuar em filmes na década de 1940. Na televisão, iniciou a carreira nos anos 1960, sendo que o seu programa de auditório teve a produção finalizada devido a problemas com a censura, na época da ditadura militar. É uma das atrizes com maior tempo de carreira na história mundial, totalizando 86 anos. Sua biografia, “Dercy de Cabo a Rabo” (1994), foi escrita por Maria Adelaide Amaral. “Dercy de Verdade” (2012) foi o título dado à minissérie sobre a vida da atriz, que também foi escrita por Maria Adelaide Amaral e teve direção de Jorge Fernando. Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom humor e emprego constante de “palavrões”, foi uma das maiores expoentes do teatro de improviso no Brasil.

 

Grace Gianoukas tem exercido papel de destaque no humorismo brasileiro

 

Tópicos da carreira de Grace

Grace Gianoukas ganhou fama na televisão por interpretar Eva em “Rá-Tim-Bum”, na TV Cultura, de 1990 a 1994. Em 2020, interpretou Ermê na telenovela “Salve-se Quem Puder” da TV Globo, pela qual foi indicada duas vezes ao Melhores do Ano de Melhor Atriz Coadjuvante: em 2020 e 2021.

Depois de participar em montagens teatrais em Porto Alegre, como “Acre vai à Rússia”, ela transfere-se em 1984 para São Paulo, onde escreveu vários textos para teatro, como a comédia “Não Quero Droga Nenhuma”, que ficou cinco anos em cartaz. Após atuar em diversos espetáculos, como “O Amigo da Onça”, de Chico Caruso, com direção de Paulo Betti, e “O Pequeno Mago”, do grupo XPTO, criou um dos projetos que renovou o humorismo brasileiro a partir do início dos anos 2000: “Terça Insana”, incentivando novos atores e autores de humor. Em 2016, Grace ganhou notoriedade nacional ao interpretar a vilã cômica Teodora Abdala na novela “Haja Coração”

 

O texto e a direção são de Kiko Rieser, a assistência de direção de André Kirmayr, a trilha sonora de Mau Macedo e a a direção de produção de Paulo Marcel Almeida

Serviço

– Duração: Em média 80 minutos

– Classificação: 16 anos.

– Data: dias 12, 13 e 14 de maio

– Horário: Sexta-feira e sábado às 20h, no domingo às 19h

 Os ingressos custam entre  R$ 50,00 e R$ 120,00, conforme a legislação vigente para meia-entrada, podem ser adquiridos on-line por este link, ou na bilheteria física, sem taxa de serviço, na avenida Major Carlos Pinto, 312

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Exposição de autorretratos “Lendo-se” até sexta-feira

Estudantes de arte apresentam trabalhos que refletem sobre a questão da leitura e seu papel de mudança         

Por Elena Abreu e Rayla Ribeiro       

 

                 “De que forma as leituras que fazemos definem quem nós somos?”         foi uma das questões propostas para os estudantes de arte na mostra

 

O Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas, por meio do Projeto de Extensão Produção Cultural, realiza até a próxima sexta-feira a exposição “Lendo-se”, que conta com as obras resultantes da proposta de trabalho final das disciplinas de Desenho da Figura Humana realizadas no primeiro e segundo semestre de 2022. A concepção da exposição é da professora Nádia Senna e a coordenação é das professoras Laura Cattani e Juliana Angeli.

Nesta terça-feira (dia 25 de abril), ocorreu a inauguração da exposição. Está aberta à visitação, da 13h30min às 18h, até dia 28 de abril na Casa de Vivências Culturais Rendez-Vous (rua Dona Mariana n°1, Pelotas).

O tema proposto aos acadêmicos foi “Pessoas que leem são perigosas”, “Qual o perigo que o conhecimento representa?”, “De que forma as leituras que fazemos definem quem nós somos?”, “A quem interessa manter a população ignorante?”, e “De que forma a arte pode desafiar isso?”.

A ideia parte da proposta de criar autorretratos por livre criação ou inspirados por obras de qualquer época, de artistas consagrados, pouco conhecidos e/ou contemporâneos. Apresenta um total de 64 obras produzidas pelos estudantes de arte para essa exposição, contando com diversas técnicas artísticas e utilizando como suporte o papel.

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