A brasileira concorre pela categoria de Melhor Atriz e o filme aos prêmios de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional na maior cerimônia de premiação de cinema mundial
Por Carolina Soares

Fernanda Torres atua de forma ímpar no papel de Eunice Paiva Foto: Divulgação
O anúncio feito na quinta-feira, dia 23 de janeiro, indica que Fernanda disputa o prêmio de Melhor Atriz do Oscar 2025 com Cynthia Erivo (“Wicked”), Karla Sofía Gascón (“Emilia Pérez”), Mikey Madison (“Anora”) e Demi Moore (“A Substância”). Ela concorre na categoria 26 anos após indicação de sua mãe, a atriz Fernanda Montenegro.
O filme “Ainda Estou Aqui” também foi indicado nas categorias de Melhor Filme, prêmio histórico para o Brasil, e Melhor Filme Internacional. A cerimônia da 97ª edição do Oscar está marcada para 2 de março em Los Angeles, nos Estados Unidos. No Brasil, os canais de televisão por assinatura TNT e Max farão a transmissão ao vivo.
A atriz já havia feito história, quando ganhou o prêmio do Globo de Ouro, na categoria de Melhor Atriz em Filme Dramático e o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama no Satellite Awards, prêmio concedido pela Academia de Imprensa Internacional, que reúne profissionais de mídia dos Estados Unidos.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Fernanda Torres expressou sua gratidão pela generosidade de Walter Salles e prestou uma emocionante homenagem a Eunice e Marcelo Paiva (autor do livro em que o filme foi baseado). “Isso significa muito para a história e para a cultura brasileira”, destacou. Walter Salles, em entrevista, complementou afirmando que a campanha para o Oscar está sendo impulsionada pelos diversos festivais nos quais o filme tem participado.

Em cena marcante do filme, Eunice diz a todos que sorriam para a foto, apesar do drama vivido por eles na ditadura militar Foto: Alile Dara Onawale/Divulgação
Em uma obra magistralmente dirigida e protagonizada, a narrativa, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, mergulha profundamente na vida de sua mãe Eunice, explorando suas lutas e resiliência em meio à perda e ao trauma causados pelo regime autoritário.
A história destaca a força e a determinação de Eunice Paiva em sua busca por justiça e verdade, refletindo a tenacidade de muitas mulheres durante aquele período sombrio da história brasileira.
Além de ser um retrato íntimo e emocional de uma família devastada pela ditadura, o filme também serve como um lembrete da importância da memória e da luta contra o esquecimento.
Leia mais sobre o filme “Ainda Estou Aqui” no Arte no Sul.
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