A primeira edição do evento aconteceu no início deste mês no Centro de Artes com diversas oficinas
Por Vitória Santos
Entre os dias 4 e 8 de dezembro, no Centro de Artes da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), os integrantes do PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Artes Visuais da UFPEL promoveram a primeira edição da Semana de Oficinas PET Artes, ou melhor, a SOPA. Conforme apresenta o site oficial do programa, o PET proporciona aos alunos a possibilidade de atividades complementares às realizadas nas salas de aulas. O objetivo é apoiar ações acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão.
A estudante Aryane Barbado, que fez parte da organização, contou que se surpreendeu com a quantidade de inscritos nessa edição: “Participaram alunos de todos os cursos, esperávamos somente o pessoal de Artes, mas havia inscritos dos cursos de Engenharia Ambiental, pós-graduações e muitos outros”, compartilhou.
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Uso de corantes vindos diretos da natureza contribui para arte mais ecológica Foto: Naíma Zee
A oficina de estamparia com frutas abriu a programação. Cerca de 15 pessoas reuniram-se no ateliê de pintura na manhã de segunda-feira. Allende de Castro Perini, que ministrou as atividades, destacou como a técnica pode reduzir os impactos ambientais de tintas químicas. “Quando termina, usando frutas, você pode descartar tudo na natureza, até enterrar, não há impacto residual negativo”, afirmou. Além disso, o ateliê ficou repleto de fragrâncias. O ministrante contou que separou elementos naturais como hibiscos e outras flores e deixou os participantes livres para adicionar outros orgânicos à paleta de cores. Esses, por sua vez, somaram itens como açafrão e casca de frutas aos trabalhos. As obras produzidas foram expostas no jardim do Centro de Artes (CA).
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Produções da oficina de estamparia com flores e frutas em exposição no jardim Foto: Pedro Navarro
Do lado de fora, outros alunos estavam envolvidos com as práticas de marcenaria na oficina ministrada por Aryane e Luka Vargas, onde madeiras reutilizadas ganharam novos destinos. No final da tarde, aconteceu o primeiro de três encontros da oficina de Escrita Encarnada, com André Dias Rodrigues, que encerrou as atividades do primeiro dia da SOPA.
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Na Oficina de Marcenaria foram ensinadas técnicas de reutilização da madeira Foto: Pedro Navarro
A quarta-feira começou com Lívea Carmo, na oficina de mini vasos, feita no ateliê de cerâmica. Ao mesmo tempo Yuki Zarate compartilhava conhecimentos valiosos para a confecção de portfólios. Durante as prévias da SOPA, Aryane contou sobre o desafio de planejar uma oficina sobre o tema que contemplasse também os alunos de outros cursos, já que inicialmente as práticas de portfólio seriam focadas em trabalhos artísticos.
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A arte do desenho contribui para a comunicação alternativa dos fanzines Foto: Pedro Navarro
No penúltimo dia da semana de programação, alunos se reuniram para a oficina de Filmes de Bolso, com Luiz Fernando Rodolfo. Outros espaços do CA foram ocupados pela SOPA, como o Jardim do prédio, que recebeu a oficina de animação com carvão na parede e o laboratório de fotografia, onde aconteceram as atividades de Cianotipia, técnica que permite impressões manuais em negativos monocromáticos. Já a sala do PET artes recebeu neste dia a oficina de fanzine, que trata, em definições gerais, da produção de revistas e publicações alternativas produzidas por fãs de determinado tema.
O dia final dos eventos começou com a atividade de animação com Adesivos e Grudes conduzida por Ícaro Castello. Durante a tarde, dobraduras simples criaram diversos modelos de aviões de papel na oficina ministrada por Francisco Franco. Na sala do PET Artes, vários alunos produziram aeromodelos para sair e testá-los nos espaços abertos da UFPEL.
Os organizadores se mostraram otimistas com a realização do evento e informaram que já estão pensando na programação para uma segunda edição. “Pensamos em expandir os espaços, talvez até uma oficina de barcos de papel para soltar no Quadrado [ponto turístico de Pelotas às margens do Canal São Gonçalo]”, comparou Francisco, que ensinou aviões de papel. A divulgação desta edição aconteceu por meio de cartazes colados por diferentes espaços da UFPEL e no Instagram.
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